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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Noticias: Alonso admite que 2026 poderá ser o seu último ano


O espanhol Fernando Alonso admite que a temporada de 2026 poderá ser a última na Formula 1. Nessa temporada, ele terá 45 anos e passará 20 sobre a conquista do seu segundo título. Mas também será a temporada onde os novos regulamentos irão ser implementados. E ele, que é piloto da Aston Martin, terá o seu contrato terminado nessa temporada, com Adrian Newey a desenhar o seu chassis. Logo, tem de mostrar serviço, para saber se ainda é capaz de ser competitivo e ganhar.

Numa entrevista à BBC nesta semana, começa a afirmar, sobre se lutará pelo título: 

"Porque não? Sei que 2026 é provavelmente a minha única oportunidade, porque 2025 é extremamente difícil, mas continuo a sonhar. A Fórmula 1 é para sonhadores, provavelmente, porque tudo pode acontecer. Vamos ver".

Para além disso, Alonso sente-se animado com a chegada de Adrian Newey à equipa, e acha que num chassis desenhado por ele, poderá ter a sua última grande chance de um terceiro título na categoria máxima. 

"As expectativas serão altas porque é um carro novo, mudança de regulamento, carro feito por Adrian. Provavelmente - ou pelo menos para começar - será a minha última temporada na Fórmula 1. Porque o meu contrato termina no final de 2026. É tempo de apresentar resultados e o tempo da verdade. As expectativas são elevadas", concluiu.

domingo, 27 de outubro de 2024

Youtube Formula 1 Vídeo: Reyond the Grid, com Fernando Alonso

Fernando Alonso chega ao seu 400º Grande Prémio, sendo o piloto com mais tempo na história da Formula 1. Com 43 anos, e depois de ter chegado à Formula 1 aos 19, é o piloto mais velho do pelotão, com três dos atuais pilotos a nem sequer terem nascido quando ele se estreou em março de 2001, pela Minardi. 

E mesmo com 400 Grandes Prémios ao colo, o piloto de Oviedo pretende continuar porque está motivado nesse sentido. E ele fala disso na sua mais recente presença do podcast "Beyond the Grid".

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

A imagem do dia



Fernando Alonso alcança este fim de semana, no México, uma marca que é inédita na Formula 1: 400 Grandes Prémios. É o primeiro piloto a alcançá-lo. E mais: o seu primeiro Grande Prémio aconteceu em março de 2001, há 23 anos. Nessa altura, por exemplo, as Torres Gémeas ainda estavam de pé, Timor-Leste ainda não era independente e ainda faltava pouco menos de um ano para termos o Euro. Ou seja, o piloto de 19 anos deve ter feito algumas transações em pesetas - pagar o táxi ou o jantar - no caminho para a Austrália. 

Ele se estreou com mais três pilotos: o colombiano Juan Pablo Montoya, o finlandês Kimi Raikkonen, e o brasileiro Enrique Bernoldi. E correu contra gente como Jean Alesi, que começara a correr na Formula 1 no verão de... 1989. 

Claro, aos 19 anos, era o piloto mais novo do pelotão. Agora está a caminho dos 44 anos, e é o mais velho. Com os recordes todos de longevidade - apesar da interrupção entre 2019 e 2020, onde foi ganhar as 24 Horas de Le Mans e tentar a sua sorte nas 500 Milhas de Indianápolis - algo me diz que deve desejar ser o primeiro piloto desde Juan Manuel Fangio a ser campeão. Recordo-vos que "El Chueco", o argentino de Balcarce, ganhou o título de 1957 no alto dos seus 46 anos.

Lembrei-me de Michael Schumacher, no seu regresso, em 2010, pela Mercedes. Lembrava bem que quando começou a correr, no verão de 1991 - 19 anos antes - tinha Ayrton Senna, Alain Prost, Nigel Mansell, Nelson Piquet, Gerhard Berger, para falar dos maiores. Tinha também como estreante gente como Mika Hakkinen. E no regresso, corria contra Sebastien Vettel, Lewis Hamilton, Jenson Button e Jaime Alguersuari. Sobretudo esse último. 

Fui ver, e o então piloto da Toro Rosso, que tinha chegado à Formula 1 na segunda metade de 2009, tinha... um ano e cinco meses quando Schumacher se estreou na categoria máxima do automobilismo. 

Neste momento, Alonso corre num pelotão onde cinco dos seus elementos não eram nascidos quando ele se estreou. E um, como é Max Verstappen, se estreou ainda antes dos 18 anos.

Provavelmente, esta geração "Drive to Survive" olha para ele e pensa que corre desde o tempo dos dinossauros e a certa altura partilhou a pista com Juda Ben-Hur e Tazio Nuvolari. E quando foi para a Ferrari, rubricou a sua assinatura ao lado da do Commendatore - digo-vos que não. Mas sou "velho". Lembro de o ver andar num Minardi. E o mais espantoso de tudo é que Alonso ainda é competitivo. Com bom carro, no inicio de 2023, subiu ao pódio por oito ocasiões, mesmo não tendo ganho.

E agora que sei que fará 400 Grandes Prémios. Na história da Formula 1, é como se alguém tivesse corrido sempre, sem interrupções, desde o GP da Grã-Bretanha de 1950 até ao GP da Áustria de 1984. São 34 anos. E o mais espantoso disto tudo é que, se calhar, o melhor... poderá estar para vir. Especialmente quando se sabe que a sua equipa, a Aston Martin, a partir de 2026 terá motores Honda e os seus chassis serão desenhados sob a caneta de Adrian Newey

Em jeito de conclusão: acho que Fernando Alonso é um "case study", daqueles que aparecem um em cada geração. E espero que tenha um bom fim de semana, porque merece.

Curiosamente, nesta sexta-feira, Alonso esteve ausente por estar "indisposto". Suspeito que tenha sido apanhado pelo "mal de Moctezuma". Se assim for, as melhoras!     

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Noticias: Alonso quer conquistar o tri


O espanhol Fernando Alonso, um dos pilotos mais versáteis e consagrados da história do automobilismo, definiu um objetivo audacioso: conquistar o tão desejado terceiro título de Campeão Mundial de Fórmula 1. Aos 43 anos, com uma carreira repleta de vitórias em diversas categorias, o espanhol não perdeu o brilho nos olhos nem a sede de triunfos. Agora, todo o seu foco está no trabalho com a Aston Martin, que em 2025 terá Adrian Newey, e procura agora transformar esse sonho em realidade, especialmente com os novos regulamentos a partir de 2026. 

Presentemente, estou muito focado na Fórmula 1. Nos próximos dois ou três anos quero conquistar o meu terceiro título mundial. Esta é a minha primeira e única prioridade, de momento”, afirmou o espanhol num evento da Cognizant, um dos patrocinadores da Aston Martin, na Índia.

Questionado sobe o futuro depois da Formula 1, ele descarta um regresso às 500 Milhas de Indianápolis, mas pretende repetir a experiência do Dakar, depois de ter estado em 2020 num dos Toyota Hilux oficiais.

De uma maneira mais curiosa, quando perguntado sobre a razão de ter começado a andar no automobilismo, ele afirmou que. na realidade, queria ser... jogador de futebol. Mais concretamente, guarda-redes.

"Quer dizer, não fui eu que decidi ser piloto, foi o meu pai. Tenho e o admitir. Fiz a minha primeira corrida de kart quando tinha três anos, não fui eu que o escolhi, mas o meu pai ficou muito feliz nesse dia", começou por afirmar. "A minha mãe, menos. Ia correr aos fins de semana e na escola jogava futebol.. Era guarda-redes e lembro-me que gostava mais de futebol do que de correr... mas não podia dizer não ao meu pai", concluiu, divertido. 

Depois de na época passada ter conquistado diversos pódios e ter estado muito perto de voltar ao degrau mais alto do pódio, a temporada de 2024 esta a ser bem pior que esperava, com ele a marcar menos pontos que anteriormente, mas ainda assim, é melhor que o seu companheiro de equipa, Lance Stroll. Atualmente, é recordista de Grandes Prémios, com 359, com 32 vitórias, a últimas das quais o GP de Espanha de 2013, ao serviço da Ferrari. Para além disso, tem 106 pódios, 22 pole-positions e 26 voltas mais rápidas.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

Aston Martin: Pilotos satisfeitos pela contratação de Newey


A noticia da contratação de Adrian Newey por parte da Aston Martin deixou satisfeitos os seus pilotos, o canadiano Lance Stroll e o espanhol Fernando Alonso. O anuncio, feito na sede da fábrica, em Silverstone, deixou ambos os pilotos entusiasmados, especialmente Alonso, afirmando que conhecimentos do engenheiro e o seu passado na Fórmula 1 trarão uma experiência inestimável à equipa.

Corremos há muitos anos um contra o outro [Newey e Alonso]. Diria que ele foi uma inspiração, com o seu talento e os seus carros. Acho que todos melhorámos como pilotos e como equipas de engenheiros, todos tivemos de elevar a fasquia graças a ele. Penso que hoje é um dia incrível para a equipa. A visão de Lawrence toma forma com este edifício [do Campus AMR], com o Adrian e a Honda, a Aramco e o novo túnel de vento. Diria que esta é a equipa do futuro.”, afirmou o veterano, de 43 anos.

Alonso afirmou que teve pena de não ter trabalhado com ele na Red Bull, mas sabe que trabalhar com ele significa uma enorme oportunidade, em termos profissionais.  "É uma oportunidade incrível de trabalhar com estas pessoas que conhecemos e com as quais podemos aprender tanto.”, referiu.

Lance Stroll afirmou que este é um grande dia para acolher uma personalidade tão importante quanto o projetista de 65 anos, e afirmou que se está a juntar uma equipa de sonho para 2026, altura em que aparecerão os novos regulamentos da Formula 1. 

É um grande dia”, começou por afirmar o piloto canadiano durante a conferência de imprensa. “Já muito foi dito, mas penso que este é o dia mais emocionante na história desta equipa. O Adrian ganhou mais campeonatos do que qualquer outra pessoa no paddock e agora vai vestir de verde, por isso é um dia extremamente emocionante e 2026 não está longe, com um conjunto de regulamentos completamente novo e muitas oportunidades. Estamos a juntar uma equipa incrível, com tantos talentos de pessoas que já cá estão e agora com a presença do Adrian, o que é realmente entusiasmante.

sábado, 17 de agosto de 2024

Noticias: Alonso quer Dakar e descarta Indy 500


Veterano do automobilismo, Fernando Alonso afirma que ainda tem objetivos na sua carreira. Mas as 500 Milhas de Indianápolis parece não estar mias no seu horizonte. O piloto da Aston Martin tem duas vitórias nas 24 Horas de Le Mans, e já foi campeão da Endurance, pela Toyota, mas depois da Formula 1, ele quer estar no Dakar e deixar a competição americana para... um dia. 

Falando esta semana ao site oficial da marca, Alonso falou dos seus objetivos automobilísticos:

Há sempre coisas a serem alcançadas”, começou por afirmar o piloto de 43 anos. “A Fórmula 1 é o meu foco neste momento. Adoraria ganhar o Campeonato do Mundo de Fórmula 1 com a Aston Martin – seria o ponto alto da minha carreira e provavelmente da minha vida. Ganhar o Rali Dakar ainda está na lista de desejos. A Indy 500, claro, mas não tenho a certeza se o voltarei a fazer no futuro – mas o Dakar sim. Seria inédito ganhar o Campeonato do Mundo de Fórmula 1, o Rali Dakar e as 24 Horas de Le Mans.", continuou. 

"Tudo se resume à mesma coisa: quero sempre melhorar – tornar-me melhor é a principal motivação ao longo da minha carreira. Nunca estou satisfeito com a posição em que me encontro. Quero ser melhor amanhã, e quero ser melhor na próxima semana e no próximo mês. Foi isto que me fez continuar a conduzir durante tanto tempo”, concluiu.

Alonso tentou correr na corrida americana em 2018 e 2019. Se da primeira ocasião, andou bem, qualificando-se em quinto e andando bem até se retirar, na segunda ocasião, as coisas foram o contrário: com motor Chevrolet, a má preparação da equipa fez que chegasse ao ponto de cair para o final do pelotão... e falhou um lugar na grelha, causando um escândalo na altura. 

segunda-feira, 15 de abril de 2024

A(s) image(ns) do dia




Estamos em 2024. Fernando Alonso tem 42 anos e nove meses, mais ou menos a mesma idade de Kimi Raikkonen e Michel Schumacher nas suas derradeiras temporadas na Formula 1. Na semana passada, ele e a Aston Martin anunciaram que renovariam o seu contrato até ao final da temporada de 2026, onde eles correrão com o motor Honda. No final dessa temporada, que provavelmente será em dezembro, em Abu Dhabi, o piloto asturiano terá 45 anos e cinco meses. 

A última vez que a Formula 1 teve um piloto com essa idade no seu pelotão foi em 1975. Aconteceu com Graham Hill, que nessa temporada tinha a sua própria equipa, guiando o seu carro, e com 18 temporadas atrás das suas costas, numa altura onde o risco de morte era bem grande. 

Nessa altura, Graham Hill era uma excepção. Arrastava-se no fundo do pelotão, correndo apenas pelo prazer e a adrenalina da condução. Existiam cartoons com ele a levar uma longa barba, qual Matusalém, e todos sabiam que, se não tivesse montado a sua equipa, teria sido "expulso" dos Grandes Prémios. Apenas quando ele não se qualificou para o GP do Mónaco, a sua corrida favorita, é que decidiu pendurar o capacete e se dedicar à sua equipa. Ironicamente, não viveria muito mais tempo, porque a 29 de novembro desse ano, despenhou-se ao tripular o seu avião, nos arredores de Londres.

Ao contrário de Hill, Alonso é competitivo. Começou com 19 anos, e tirando a interrupção entre 2019 e 2020, tem 384 Grandes Prémios no seu palmarés. Tudo indica que será o primeiro piloto a chegar aos 400 Grandes Prémios, muito mais que os 176 que o piloto britânico conseguiu, demonstrando que hoje em dia, o calendário está bem mais recheado. Mas mais que isso, o facto de ter tido oito pódios em 2023, e o quarto lugar final da geral, demonstra essa sua competitividade. Ao ponto de bater constantemente o seu companheiro de equipa, que é 17 anos mais novo que ele. 

Não deveria ser o contrário?

E isto deixa-nos a pensar sobre ele e a capacidade destes pilotos de guiar um carro onde os coloca constantemente sob pressões de 5 e 6 G's. Precisam de ser super-homens para aguentar estes carros, terem reflexos hiperhumanos, mas sobretudo, temos de falar sobre a longevidade desta gente. Parecendo que não, se ele se mantiver competitivo em 2026, a Aston Martin poderá querer renovar o contrato, colocando-o numa idade que não se vê desde os anos 50, com gente como Juan Manuel Fangio, que guiou um Formula 1 até quase aos 47 anos. Uma idade que Alonso alcançará no final de julho de 2028, e se calhar, com ideias de alcançar os 500 Grandes Prémios.

E depois penso em Lewis Hamilton ou até Max Verstappen. Parecendo que não, Hamilton fará 40 anos no inicio de 2025, altura em que sentará num Ferrari. Tem 336 Grandes Prémios, mas com mais duas ou três temporadas em cima, chegará e ultrapassará as 350 corridas na sua carreira. E se a Ferrari lhe der um carro capaz que o colocar de novo no pódio, é bem provável que ganhe motivação para correr até ao final da década, por exemplo. E nem falo de Max, que tendo apenas 26 anos, tem já 189 Grandes Prémios, e já vai na sua décima temporada. Três décadas antes, esses números seriam de veteranos, 12 ou 14 anos mais velhos que ele.

São gente excepcional, são sobrehumanos? Capaz. E pergunto-me: correrão "para sempre", ou seja, estarão dentro de um carro enquanto o corpo lhes permitir. Se sim, quando é que atingirão o limite? 50, 55, 60? Se calhar... sim. E mais além disso. 

Basta olhar para nós mesmos: à medida que avançamos no tempo e começamos a ter hábitos mais saudáveis, os avanços na medicina e na genética começarão a beneficiar a nós, os "comuns mortais" - as pessoas que alcançam o seu centenário, apesar de serem uma elite, é uma tendência que irá aumentar - esta gente não quererá pendurar o capacete e fazer outras coisas na vida? Especialmente numa Formula 1 que quererá ser elitista, deixando apenas 20 lugares para preencher?

Aliás, pergunto a mim mesmo: será que a Formula 1 quer que eles fiquem, transformando uma competição com "lugares vitalícios"?  

Pequena adenda: claro que não esqueci de gente como Emerson Fittipaldi, Mário Andretti ou A.J. Foyt, gente que correu até e para além dos 50 anos, mas eles andaram na IndyCar, que não é tão exigente como a Formula 1 e aqui, o que importa falar é da Formula 1, em termos específicos, e como gente mais velha está a ser capaz de aguentar estes bólidos, continuando no topo da forma.      

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Noticias: Alonso confirmado na Aston Martin


A Aston Martin anunciou esta quita-feira que Fernando Alonso vai permanecer na equipa de Fórmula 1 com um novo contrato plurianual, que acaba no final da temporada de 2026. Termina desta forma a especulação quanto ao futuro do bicampeão mundial, que começou por causa da possibilidade de poder ir ou para a Mercedes, ou até, para a Red Bull.

Garantir o futuro a longo prazo de Fernando com a Aston Martin Aramco é uma notícia fantástica. Construímos uma forte relação de trabalho ao longo dos últimos 18 meses e partilhamos a mesma determinação em ver este projeto bem sucedido.", começou por afirmar o chefe de equipa, Mike Krack

"Temos mantido um diálogo constante ao longo dos últimos meses e o Fernando tem sido fiel à sua palavra: quando decidiu que queria continuar a correr, falou connosco primeiro. O Fernando demonstrou que acredita em nós e nós acreditamos nele. Ele tem fome de sucesso, está a conduzir melhor do que nunca, está mais em forma do que nunca e está completamente dedicado a fazer da Aston Martin Aramco uma força competitiva.", continuou. 

"Este acordo leva-nos até 2026, altura em que iniciamos a nossa parceria de unidade de potência de trabalho com a Honda. Estamos ansiosos por criar mais memórias incríveis e alcançar mais sucesso juntos”, concluiu.

Falando aos média após o anúncio, Alonso confirmou o contrato plurianual que o manterá associado à marca mesmo após pendurar o capacete, num futuro próximo.

De certa forma, [isto] é um projeto para a vida toda para mim, este é o contrato mais longo que já assinei na minha carreira”, começou por afirmar o bicampeão mundial. “Isto é algo que me manterá ligado à Aston por muitos e muitos anos. Vamos ver qual função, vamos ver quantos anos mais irei pilotar."

Mas mesmo depois de pendurar o capacete, usarei [os meus] mais de 25 anos de experiência na Fórmula 1, além de outros 10 ou 15 fora da Formula 1, ou seja, quase 40 anos de experiência no automobilismo em benefício de uma equipa que me deu esta oportunidade como esta neste momento na minha carreira Então, isso também é muito atraente para mim e estou extremamente motivado para os próximos anos.”, continuou.

Questionado pela Autosport britânica sobre se era crucial assinar um acordo de longo prazo que incluísse a temporada de 2026, para que pudesse avaliar a parceria entre a Aston e a Honda, que começará nessa temporada, respondeu: “Sim, foi um passo importante. Não vou mentir: comprometer-me com um projeto de um ano não fazia sentido para mim."

segunda-feira, 4 de março de 2024

Rumor do Dia: Ben Sulayem manipulou os resultados?


No meio de polémicas e rumores sobre a Red Bull, mais uma: esta segunda-feira, a BBC publicou que o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, interferiu no resultado do GP da Arábia Saudita do ano passado, impedindo que Fernando Alonso levasse uma penalização de 10 segundos, para assim poder subir ao pódio com a Aston Martin. Quem deu essa informação foi um denunciante, que entregou evidências ao comitê de ética da FIA.

Ambas as partes não comentaram sobre o assunto, mas o comitê anunciou que está a investigar, e levará quatro a seis semanas para apresentar um relatório com as conclusões deste inquérito.

Segundo conta a noticia, o denunciante afirma que Ben Sulayem ligou para o "sheikh" Abdullah bin Hamas bin Isa Al Khalifa, vice-presidente desportivo da FIA para a região do Oriente Médio e Norte da África, que estava na Arábia Saudita para a corrida em caráter oficial, com uma mensagem para que a penalização de Alonso deveria ser revogada.


Alonso tinha recebido uma penalização de dez segundos por trabalhos realizados no seu carro enquanto cumpria uma penalização anterior de cinco segundos. Caso tivesse cumprido, Alonso teria caído do terceiro lugar - atrás dos pilotos da Red Bull, Sérgio Pérez e Max Verstappen - para o quarto posto, ficando atrás de George Russell, da Mercedes.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Apresentações 2024 (5): O Aston Martin AMR24


Na semana do Carnaval, as equipas que faltam decidiram mostrar os seus chassis, e o primeiro deles será a Aston Martin, que aproveitou hoje para mandar as suas fotos do carro, depois de também divulgar as filmagens do “shakedown”, realizado no circuito de Silverstone. Com Fernando Alonso e Lance Stroll nos carros, o AMR24, mantendo a icónica pintura verde, é uma evolução do seu antecessor, que catapultou a equipa para oito pódios e 280 pontos na temporada de 2023. O AMR24 evoluiu, com a equipa a afirmar que mantêm a maioria dos componentes, misturado com novas partes para 2024. 

Segundo os dados da Aston Martin, o desenvolvimento resultou num AMR24 mais leve e aerodinamicamente mais eficiente, concebido para funcionar num tipo mais vasto de circuitos.

“Estamos orgulhosos de apresentar o AMR24”, começou por afirmar Mike Krack, o chefe de equipa da Aston Martin. “É o resultado de um enorme esforço de toda a equipa no nosso novo ‘Campus Tecnologia AMR’ e permitirá à equipa dar mais um passo em frente em 2024. Desde a última corrida em 2023, toda a gente tem estado muito focada em melhorias em todas as áreas, concentrando os nossos esforços no que realmente faz a diferença, no que realmente importa para ser melhor. Quase todas as áreas do carro foram aperfeiçoadas e melhoradas, com base nos nossos pontos fortes e tendo em conta as lições da temporada anterior. 2023 foi a nossa melhor época até à data e o nosso objetivo esta época é somar pontos regularmente, pódios e lutar pela nossa primeira vitória.”, concluiu.


Quanto a Fernando Alonso, o piloto espanhol, embora sendo cauteloso nas suas declarações e não tenha mencionado conquistas de pódio ou vitória, elogiou o trabalho realizado pela equipa até agora.

Estou extremamente orgulhoso desta equipa e do que foi alcançado em tão pouco tempo. Não apenas o progresso no caminho certo, mas o investimento em todas as áreas. Sempre gosto dessa sensação no início de uma nova campanha, e essa é a minha 21ª como piloto”, contou Alonso.

Toda a equipa trabalhou arduamente para preparar o AMR24, mas há muitas perguntas a serem respondidas nos testes e nas primeiras corridas. Estou animado para entrar no cockpit e começar minha segunda temporada com a equipa”, finalizou o titular da Aston Martin.

Já Lance Stroll, o outro piloto da marca, falou com confiança sobre a possibilidade de crescimento da equipa, sobretudo porque há imensa fome de crescer dentro da Aston Martin.

Houve um grande burburinho na Aston Martin neste inverno. Ainda somos uma equipa jovem, mas estamos crescer rapidamente”, disse Stroll. “Existe aquela fome e a crença quando você passeia pelo campus — crédito de todas as incríveis pessoas que trabalham aqui”, exaltou. 

Todos nós queremos continuar a partir do que conseguimos no ano passado, especialmente na primeira parte da temporada, onde conseguimos um forte progresso, aprendendo mais sobre o carro. Acho que isso nos preparou bem para a nova temporada e mal posso esperar para começar”, concluiu o piloto canadiano.


Depois do shakedown, a equipa irá para o teste coletivo no Bahrein, preparando para a nova temporada, que começará no circuito de Shakir a 2 de março.

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Youtube Formula 1 Vídeo: Lance Stroll... outra vez

A pergunta mais recente do Josh Revell é esta: será que Lance Stroll merece estar na Formula 1? É que analisando as suas performances na temporada de 2023, onde ele está a ser constantemente batido por Fernando Alonso, bem mais velho que ele - tem 42 anos!  -  e como andou irritadíssimo no fim de semana do Qatar, depois de algumas corridas onde não andou tudo bem para ele, claro, há quem questione: será que merece estar na Formula 1? E se sim, porque será que é constantemente batido pelo Fernando Alonso?

E se não for a Formula 1, então, onde é que Stroll Jr poderia ser feliz em termos de competição? Endurance, por exemplo? 

São essas as perguntas que o Josh anda a fazer no seu mais recente vídeo.   

quarta-feira, 5 de abril de 2023

Noticias: Alonso começa a acreditar no tricampeonato


Terceiro classificado, três pódios e a melhor abertura pessoal de campeonato desde 2013. São estes os factos sobre Fernando Alonso nas suas primeiras corridas de 2023, ao serviço da Aston Martin. Já falei sobre isso ontem, mas hoje, apareceu umas declarações suas que deu num canal do Youtube, da Bang & Olufsen, onde fala sobre o projeto, e do que falta para poder ter uma chance real daquilo que não alcança há quase duas décadas: um título mundial. 

Esse é o objetivo [o tricampeonato], mas penso que agora temos de manter os nossos pés no chão. O objetivo para a equipa é apenas ter uma boa temporada. Eles estavam com dificuldades em 2022, por isso penso que esta época de 2023 é apenas para melhorar, conhecer melhor o carro e iniciar um novo projeto”, disse Alonso, nessa entrevista a esse canal do Youtube. “Acredito que é possível e é por isso que continuo a correr, obviamente. Sei que o desafio é grande – sei que precisamos de superar algumas dificuldades e temos excelentes equipas que estão agora no topo. Mas eu corro todos os dias e treino todos os dias pensando que o terceiro título é possível”, continuou.

Com 41 anos, sabe que o pragmatismo é o que lhe interessa, e sabe do potencial que tem em mãos, mas também sabe que é corrida a corrida, e tem de ser consistente para ter uma chance - pequena, mas têm. E tem de esperar pelas evoluções do AMR23 para saber se a diferença para a Red Bull poderá ser diminuída ou não, e também se consegue este ano alcançar a sua primeira vitória em uma década, para poder pensar em vôos mais altos. 

terça-feira, 4 de abril de 2023

O regresso de Fernando Alonso


Três corridas no campeonato, e ninguém nega duas coisas: provavelmente, Max Verstappen está provavelmente a caminho de um terceiro título mundial seguido, e Fernando Alonso está a ter a sua melhor temporada numa década. E isso, aos 41 anos e na sua terceira temporada de regresso à Formula 1, 22 após a sua chegada, pela modesta Minardi, é um marco na sua longevidade e na sua competitividade. 

Contudo, quem assistiu ao seu regresso, em 2021, pela Alpine, era mais o contrário. O terceiro posto no GP do Qatar pode ter sido calorosamente comemorado, mas foi mais um oásis no deserto que algo consistente. Agora, em 2023, este inicio a temporada na Aston Martin tem mais essa consistência que muitos desejavam e parecia que não iriam ver mais, porque como é certo, não está mais para novo.   

Em termos estatísticos, creio que em todos os regressos, Alonso apenas é batido por Niki Lauda, que ganhou um campeonato do mundo de pilotos em 1984, e ao longo das quatro temporadas que fez na McLaren, ganhou 11 corridas, conseguiu 15 pódios e oito voltas mais rápidas. Michael Schumacher, que reentrou pela Mercedes em 2010 - e cheguei a ler na altura artigos em que se temia pela carreira de Nico Rosberg! - apenas conseguiu um pódio e uma volta mais rápida, e Nigel Mansell, que aos 42 anos, triunfou no GP da Austrália de 1994, apesar de haver cartazes dos seus conterrâneos afirmando que "é altura de dar as chaves ao David Coulthard", porque acreditava-se naquele tempo que, com aqueles Williams, qualquer um com a Super-Licença arriscava a ser campeão...  


Mas pergunta-se: como é que o piloto das Asturias consegue ser muito melhor que, por exemplo, Michael Schumacher? Ao contrário do piloto alemão, Alonso não deixou de estar ativo no automobilismo. Correu nas 500 Milhas de Indianápolis, adaptando-se ao carro, embora os resultados tenham sido modestos - a sua não-qualificação de 2019 foi apenas um escândalo para aqueles que foram apanhados desprevenidos - e pelo meio, ao serviço da Toyota, triunfou por duas vezes nas 24 Horas de Le Mans, mais o título Mundial de Endurance, embora não tenha tido concorrência na classe Hypercar. E ainda fez uma incursão no Rally Dakar, em 2020, onde a sua rapidez e inconsistência deram nas vistas. Só faltou ter feito NASCAR, Ralis e a Formula E, mas o seu mediatismo foi o suficiente para, até, retirar um pouco a sua aura de arrogância e egoísmo, para passar um pouco de humanidade. Ganhou uma aura de piloto "all-rounder", algo que já não se bê há muito, e mostrou que há automobilismo para além da Formula 1, num mundo crescentemente mediatizado.    

Claro, não posso deixar de pensar que o piloto espanhol poderá ter tido um pouco de sorte. Com a retirada de Sebastian Vettel da equipa, no final do ano passado, e o facto de ele ter aceite quase de imediato o convite de Lawrence Stroll para correr no lugar dele, nada indicava que a Aston Martin tivesse o ganho de performance que acabou por ter nesta temporada. Aliás, há quem tivesse dito de forma abafada que teria feito uma passagem "de cavalo para burro" com a sua saída da Alpine. Afinal, do que vemos, não só vulgarizou facilmente Lance Stroll - apesar de ele ter o seu melhor começo de temporada de sempre, é um "peso pluma" - mas neste momento, a equipa de Silverstone é a segunda no campeonato de Construtores, atrás apenas da - aparentemente inalcançável - Red Bull.


Evidentemente, tudo está no começo. São 24 corridas, mas apenas estes três pódios deram ao piloto espanhol um lugar especial no panteão da marca no automobilismo. É o piloto com mais pódios, igualou a melhor posição de sempre na grelha de partida - um segundo lugar em Jeddah, algo que não acontecia... desde 1959 - e claro, já bateu o recorde de Sebastian Vettel em 2021, quando conseguiu 43 pontos. Os três pódios já lhe deram 45, portanto... sabemos lá quanto alcançará este ano. Como disse em cima, Alonso está a ter a sua melhor temporada em uma década, e ninguém tem ideia o que fará com este carro, e se as suas evoluções o manterão na crista da onda. 

É por isso que ainda falta "aquilo" do qual poderemos afirmar que tentará um terceiro título mundial: um triunfo. Tem consistência e velocidade, é certo. Mas ainda não está num carro vencedor. Quanto muito, andará a par dos Mercedes, candidatos ao segundo lugar. Considerando o que era aquele carro em 2022, já é muito bom.     

segunda-feira, 20 de março de 2023

Noticias: FIA retira penalização a Alonso e regressa ao pódio


E mais um volte-face no GP da Arábia Saudita: a FIA decidiu retirar os 10 segundos de penalização a Fernando Alonso por, alegadamente a equipa não ter devidamente cumprido a penalização nas boxes, na primeira paragem do veterano piloto espanhol. Com isso, Alonso regressou ao terceiro posto da corrida e comemorou o seu centésimo pódio da sua carreira, o segundo ao serviço da Aston Martin. 

Alegadamente, no momento da paragem do Aston Martin numero 14, um dos mecânicos encostou o seu macaco na parte traseira do seu carro, apenas preparando-se para o levantar, que fez depois de passados os cinco segundos onde estes não poderiam tocar no bólido de Alonso. Foi isso que os comissários da FIA, aparentemente, acharam que eles violaram a regra, dando mais 10 segundos e retirar o terceiro lugar ao espanhol.

Contudo, a Aston Martin decidiu recorrer e no final, foi-lhe dada razão, e a FIA comunicou na noite deste domingo a reversão da penalização.

"Os comissários receberam uma carta datada de 19 de março de 2023 da Aston Martin Aramco Cognizant Formula One Team com uma petição de revisão de acordo com o artigo 14.1.1 do Código esportivo internacional (ISC) da decisão deste painel de comissários de impor uma penalidade de 10 segundos ao carro 14 por não cumprir a penalidade de forma correta.

Em apoio à petição de revisão, os comissários viram a ata da última reunião do SAC e evidências em vídeo de 7 instâncias diferentes em que os carros foram tocados pelo macaco enquanto cumpriam uma penalidade semelhante à imposta ao carro 14 sem ser penalizado.

A apresentação clara da Equipa foi que a alegada representação de um acordo entre a FIA e as equipas que tocarem o carro de qualquer forma, inclusive com um macaco, constituiriam "trabalho" na viatura para efeitos da alínea c) do n.º 4 do artigo 54.º do Regulamento Desportivo, estava incorreta e por isso a base da decisão do Steward estava errada.

À luz da petição, os Stewards tiveram que decidir se havia um "novo elemento significativo e relevante [que foi] descoberto que não estava disponível para as partes que buscam a revisão no momento da decisão em questão".

Se existisse tal(is) elemento(s), então os comissários precisariam considerar se a decisão precisava ser modificada de alguma forma.

Após rever as evidências de vídeo apresentadas e ouvir o representante da equipa Aston Martin e os membros relevantes da FIA, os comissários determinaram que existiam novas evidências significativas e relevantes conforme exigido pelo Artigo 14.1.1 para desencadear uma revisão da decisão, em particular as provas em vídeo e as provas verbais da Equipa e da FIA. Ficou claro para nós que o substrato da decisão original, nomeadamente a representação da existência de um acordo, foi posto em causa pela nova prova.

Assim, procedemos à apreciação do mérito do pedido de revisão.

Após revisar as novas evidências, concluímos que não havia um acordo claro, como foi sugerido aos Comissários anteriormente, que pudesse ser considerado para determinar que as partes concordaram que um macaco tocando um carro equivaleria a trabalhar no carro, sem mais.

Nessas circunstâncias, consideramos que nossa decisão original de impor uma penalidade ao carro 14 precisava ser revertida e o fizemos de acordo.", conclui-se o comunicado.


Assim sendo, Alonso está na terceira posição na classificação de pilotos, tendo agora 30 pontos no campeonato. Horas antes, o piloto espanhol estranhava - e criticava a decisão da FIA - mas afirmava que isso não altera a competitividade do AMR23 dentro do pelotão.

"Sinto-me bem. Gostei da cerimónia do pódio (risos) e depois a equipa disse-me que podia ter uma penalização”, explicou Alonso à transmissão da F1TV. “Estamos a tentar perceber o que aconteceu e se é o caso para ser penalizado ou não. Se isso acontecer, são três pontos que perco, mas não muda o sentimento. Fomos o segundo carro mais rápido na corrida, controlamos o ritmo da Mercedes e somos mais rápidos que a Ferrari, por isso sinto-me muito feliz”.

A equipa está analisar o que aconteceu. Acho estranho só termos conhecimento passado uma hora, quando tiveram 35 voltas para aplicar a penalização e só depois do pódio, com a presença dos meus patrocinadores e da minha equipa, é que decidiram. Não é um bom trabalho por parte deles [FIA], mas isso não é comigo”, concluiu o piloto da Aston Martin.

sábado, 18 de março de 2023

A(s) image(ns) do dia




Este sábado, a Aston Martin igualou a sua melhor posição de conjunto na sua história na Formula 1. E para igualar esse feito, demorou... 63 anos para lá chegar. E não é só o segundo lugar do primeiro piloto: o sexto lugar do segundo é uma coincidência dessa mesma corrida. E claro, falamos no meio de grandes nomes do automobilismo.

O seu melhor resultado até então tinha acontecido no GP da Grã-Bretanha de 1959, no circuito de Aintree. A marca britânica, que estava na crista da onda após a sua vitória nas 24 Horas de Le Mans, esperava transportar esse bom resultado na Formula 1, que se tinha estreado na competição nessa temporada, com uma dupla de pilotos respeitável: o britânico Roy Salvadori, e o americano Carrol Shelby. Aliás, a mesma dupla que tinha triunfado na corrida de La Sarthe.

O carro, um DBR4, estava na sua segunda corrida, depois de se ter estreado em Zandvoort, e mostrou logo a sua potência, ao conseguir um tempo de 1.58.0, o mesmo que o Cooper de Jack Brabham, o poleman. Contudo, o australiano marcara o tempo em primeiro lugar, o que ficou com a pole-position. Shelby continuou com o bom resultado da marca no seu conjunto, com o sexto posto. 

Contudo, a corrida não foi fantástica para os Aston Martin. Shelby teve problemas com os magnetos do seu carro e atrasou-se na corrida, acabando por desistir a seis voltas do final. Quanto a Salvadori, acabou a corrida na sexta posição, mas na altura, isso não daria pontos - o sistema de pontuação só foi modificado no ano seguinte. Essa posição seria igualada duas corridas depois, em Monsanto, no GP de Portugal.

Caso a Aston Martin tivesse entrado duas ou três temporadas antes, provavelmente teria uma máquina vencedora. Mas em 1959, o vento tinha mudado: os Coopers de motor traseiro já eram vencedores com Jack Brabham e Bruce McLaren, e Ferrari, BRM e a própria Aston Martin ficava para trás. Chegara muito tarde. E mesmo em 1960, quando poderia ter inbertido a situação, os resultados foram ainda piores. No final dessa temporada, sem pontuar, arrumaram as malas e foram para outras competições. 

Quanto aos resultados, este foi o melhor até ao GP do Mónaco de 2021, quando Sebastian Vettel conseguiu um quinto posto, antes de alcançar o primeiro pódio de sempre, na corrida seguinte, em Baku. Resta saber o que fará amanhã a dupla de pilotos em Jeddah, especialmente depois do pódio de Fernando Alonso em Shakir, duas semanas antes, e o sexto lugar de Lance Stroll, nas mesma corrida. 

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Formula 1 2023 (6) - O Aston Martin AMR23


E depois da McLaren, a Aston Martin. A equipa britânica apresentou o Aston Martin AMR23 esta noite, na sua sede, com Fernando Alonso e Lance Stroll como pilotos. Para além deles, estiveram Mike Krack, o diretor de equipa, e Lawrence Stroll, o patrão da equipa. 

A equipa espera que mantenham ou melhorem o desempenho que tiveram na segunda metade da temporada passada, onde conseguiram 37 dos 55 pontos obtidos em 2022, e onde os seus pilotos, que antes tinham lutado algumas vezes pelo único ponto possível, passaram a ocupar lugares mais acima na tabela classificativa.


Mike Krack falou disso mesmo na apresentação:

A segunda metade de 2022 mostrou sinais reais de progresso à medida que trabalhávamos arduamente no desenvolvimento do carro. Para este ano, o nosso objetivo deve ser a construção de um carro que possa cumprir plenamente o seu potencial de desempenho desde o primeiro momento em que atinge a pista. É necessário dar um forte início ao ano, e depois manter esse impulso, se quisermos fazer mais progressos em direção à frente da rede.", começou por afirmar. 

"E, como organização, estamos a trabalhar arduamente para o conseguir, e para reforçar ainda mais todas as áreas da equipa. Já conhecemos os pontos fortes comprovados dos nossos departamentos – a chegada de Fernando [Alonso], em parceria com Lance [Stroll], sublinha ainda mais a enorme profundidade e alcance do nosso pelotão de pilotos. Parece que cada elemento desta organização está realmente a trabalhar bem em conjunto.”, concluiu.

O pai de Lance Stroll avisou durante o evento de apresentação do AMR23: “Quando fico excitado com alguma coisa, fico muito apaixonado. E quando fico apaixonado, ganho”.


Já Fernando Alonso, que chega este ano em substituição de Sebastian Vettel, que se retirou no final da temporada passada, afirmou que o carro ainda não deverá ser possível lutar por vitórias, mas está otimista para a segunda parte da temporada.

A Aston Martin está a dar os passos necessários para vencer num futuro próximo”, começou por dizer Alonso, na apresentação do novo bólido. “A equipa está determinada a tornar-se um concorrente do campeonato e fará tudo o que for preciso para lá chegar. É uma questão de tempo até que Aston Martin esteja a ganhar corridas e campeonatos”, continuou. 

O experiente piloto espanhol - agora, aos 41 anos, é o mais velho do pelotão - salientou que crê em vitórias nesta temporada. “Sou honesto quanto a isso”, começou por dizer, mas “ao mesmo tempo, queremos ter, como eu disse, um bom carro para começar a trabalhar e desenvolver esse carro durante toda a temporada. Talvez na segunda parte do ano, possamos chegar mais perto [da frente] se houver uma oportunidade. [Se] existirem condições variáveis, se a oportunidade aparecer não a vamos perder”, concluiu.


Já Lance Stroll, afirmando sobre o novo carro da equipa, fala sobre o que aí vêm e o que espera que as novidades possam fazer na temporada que aí vêm. 

Olhando para o AMR23, posso ver muitos novos conceitos e algum trabalho agressivo em torno de todo o carro e aerodinâmica que nos deve realmente ajudar ao entrarmos no segundo ano deste novo regulamento [técnico]”, começou por dizer.
 
Sobre o facto de ir trabalhar pela primeira vez com Fernando Alonso, o piloto canadiano disse estar “ansioso por trabalhar com Fernando. Tenho-me dado sempre muito bem com ele e será fantástico correr ao seu lado”, garantiu.

A equipa fará nos próximos dias um shakedown do seu carro, antes de rumar para o Bahrein, primeiro para os testes coletivos, e depois para a primeira corrida do ano, a 5 de março. 

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Os salários dos pilotos em 2022


Chegados ao Natal, e aparecem as listas de salários de todos os tipos. E os desportistas não escapam, especialmente na Formula 1, agora que está ainda mais no centro das atenções, com o tal programa na Netflix, o Drive to Survive. 

A Forbes decidiu fazer a sua lista dos pilotos mais bem pagos deste desporto, e de uma certa maneira, não há grandes surpresas. Provavelmente a surpresa maior será até que ponto a massa salarial é relativamente mais baixa do que nos anos anteriores.

E o mais bem pago é Lewis Hamilton. Com 40 milhões de dólares por ano - excluindo prémios - ele está no topo da lista. Max Verstappen, o campeão de 2021 e 2022, está a seguir, com 35 milhões, enquanto no lugar mais baixo do pódio está Fernando Alonso, que ganhava 20 milhões na Alpine - e sabe-se-lá quantos mais irá conseguir na Aston Martin...

Sebastian Vettel, que se retirou da Formula 1 na temporada que findou, recebeu 15 milhões da Aston Martin, mais cinco que o seu companheiro de equipa, Lance Stroll

Curiosamente, a Ferrari, que em tempos era generoso em termos de salários, agora é mais modesto. Charles Leclerc só recebe 12 milhões - ou seja, um milhão por mês, se não contarmos com subsídios de férias e Natal... - e o seu companheiro de equipa, Carlos Sainz Jr, só leva 10 milhões para casa. Pode-se dizer que neste momento, na Scuderia, os 22 milhões gastos em salários é cerca de metade do que a Mercedes gasta, por exemplo...

George Russell, companheiro de equipa de Lewis Hamilton, é "mal pago": ganha cinco milhões de dólares nesta temporada. Pode-se dizer que é pouco para o potencial de campeão que anda a mostrar. Mas o mais pobre deles todos é Yuki Tsunoda, que leva para casa 750 mil euros da Alpha Tauri.

Eis a lista completa:

Hamilton - 40 milhões 
Verstappen - 35 milhões 
Alonso - 20 milhões 
Vettel, Ricciardo e Norris - 15 milhões 
Leclerc - 12 milhões 
Sainz Jr, Bottas, Stroll e Pérez - 10 milhões 
Russell, Ocon, Magnussen e Gasly - 5 milhões 
Albon - 2 milhões 
Zhou, Mick Schumacher e Latifi - 1 milhão 
Tsunoda - 750 mil

domingo, 20 de novembro de 2022

A imagem do dia


No meio dos posts de despedida a Sebastian Vettel, recordo Abu Dhabi 2010, o lugar do primeiro dos seus quatro títulos. E recordo por uma razão muito simples: ele não era o favorito à vitória. Este primeiro campeonato para ele e para a Red Bull foi o resultado de uma parte final impecável contra Fernando Alonso, na Ferrari, contra os McLaren de Jenson Button e Lewis Hamilton, e sobretudo, contra o seu companheiro de equipa, Mark Webber

E até contra alguns que queriam uma hierarquia dentro dos energéticos. Porque a duas corridas do fim, o australiano era o piloto mais bem colocado no campeonato. 

Quando Fernando Alonso tinha ganho o GP da Coreia do Sul, numa prova atribulada debaixo de chuva, e Mark Webber tinha sido altamente prejudicado, com uma colisão na volta 18 com o carro de Nico Rosberg, o espanhol tinha passado para a frente com onze pontos de diferença. Vettel, que desistira na volta 31 com um motor rebentado, estava ainda mais distante: 206 pontos, precisamente 25 do espanhol. Parecia ser uma tarefa quase impossível. Se fosse no ténis, o alemão estaria a encarar o "match point" do espanhol, num 40-15, contra ele.

Faltava Brasil e Abu Dhabi, e ele teria de fazer corridas perfeitas para lá chegar. Ninguém daria nada por ele, e a Red Bull poderia ter dito a ele que para aquela temporada, as suas chances tinham acabado, e deveria apoiar o seu companheiro de equipa. Em Interlagos, a qualificação tinha sido baralhada pela chuva, que deu uma inesperada pole-position para o Williams de Nico Hulkenberg. Mas a seguir, estavam os Red Bull: Vettel na frente de Webber. No final, o alemão ganhou, com Webber em segundo, Alonso em terceiro e Hamilton em quarto. 

Saído de Interlagos, a diferença entre Alonso, com 246, para Hamilton, quarto, era de meros 24 pontos. Todos tinham chances de campeonato. Webber pediu a Helmut Marko para lhe dar uma chance de título, mas ele ficou quieto. Vettel viu nisso como a sua única chance de título, e iria aproveitá-la em Abu Dhabi.

E na qualificação, Vettel foi ao ataque: pole-position, queria definitivamente acabar em primeiro. Mas Alonso apontava... para o Red Bull errado, porque pensava que Webber tinha todas as chances, e Vettel era um isco. 

Na corrida, Vettel foi para a frente, seguido pelos McLaren de Jenson Button e Lewis Hamilton, que, recorde-se, também lutava pelo título. Atrás, Webber e Alonso lutavam por posição, significando que, se um ficasse na frente do outro, seria campeão. Era Alonso que tinha isso controlado, mas havia um problema: estavam abaixo no pelotão. Segundo os cálculos, ele precisava de um sexto posto para ser campeão. 

Mas pela frente tinha um Renault: o do russo Vitaly Petrov. Alonso tentava passá-lo, porque com ele para trás, conseguia os pontos mínimos para ser campeão. Mas à medida que as voltas se aproximavam, Alonso e a Ferrari ficavam crescentemente nervosos, porque na frente, Hamilton não apanhava Vettel.

E quando cruzou a meta, o impensável aconteceu: não só Vettel era o vencedor, como tinha sido campeão. Era o mais jovem de sempre, e pela primeira vez desde 1976, quando aconteceu com James Hunt, o campeão chegou á liderança no final da última corrida. Num campeonato com cinco candidatos durante muito tempo, e com três equipas capazes de alcançar o título, ninguém esperava Vettel ficar com o título. Mas aconteceu.

E ali, começava o domínio de Vettel e da Red Bull. E o dedo indicador, símbolo de triunfo, seria uma visão frequente nos fins de semana de Grande Prémio.     

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Noticias: Retirada penalização a Alonso


A penalização de 30 segundos que Fernando Alonso sofreu no final do GP dos Estados Unidos, por causa do espelho que voou no seu Alpine, foi retirada depois do apelo feito pela marca francesa. Assim sendo, o espanhol volta a ter o sétimo lugar que tinha alcançado no final da prova americana.

O protesto tinha sido apresentado pela Haas F1, alegando que o monolugar de Alonso tinha estado em pista de pista sem os índices de segurança adequados, depois deste ter perdido um espelho retrovisor em sequência do acidente sofrido com o Aston Martin de Lance Stroll. Contudo, a equipa francesa contra-argumentou, afirmando que o protesto da Haas F1 tinha entrado depois da hora. 

Assim sendo, uma segunda audiência teve lugar na quinta-feira à noite, durante a qual ficou estabelecido que a Haas poderia ter apresentado um protesto em tempo útil ou dentro do prazo legal de 30 minutos. E por causa disso, os comissários desportivos decidiram anular a penalização. 

A Alpine lançou um comunicado nas redes sociais onde “agradece aos comissários da FIA por se terem reunido e chegado a uma conclusão positiva sobre o assunto envolvendo o carro nº 14 do Grande Prémio dos Estados Unidos do fim-de-semana passado”.

Com isso, Alonso mantêm-se no nono posto, agora com 71 pontos.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Noticias: Alonso penalizado em 30 segundos... mas a Alpine recorre


O espelho que voou no meio da corrida teve consequências: por causa do protesto da Haas, verificaram-se os carros da Alpine e da Red Bull por causa dos prejuízos que sofreram durante a corrida e concluiu-se que o carro de Fernando Alonso, que terminou em sétimo lugar, foi penalixado em meio minuto, acabando na 15ª posição, ficando fora dos pontos. Os maiores beneficiados foram Sebastian Vettel, que ficou com o sétimo lugar, e os Alpha Tauri de Yuki Tsunoda e Pierre Gasly, que foram nono e décimo. 

Contudo, a Alpine recorreu da penalização por causa do protesto da Haas, argumentando que esta protestou o após o prazo.

A equipa Alpine está desapontada ao receber a penalização pós-corrida para o carro 14 do GP dos Estados Unidos de hoje, o que infelizmente significa que Fernando fica fora da zona de pontuação. A equipa agiu de forma justa e considerou que o carro permaneceu estruturalmente seguro após o incidente de Fernando com Lance Stroll, na volta 22 da corrida, com o retrovisor direito se desprendendo do chassis como resultado de danos causados por Stroll”, começou por afirmar, em comunicado.

A FIA tem o direito de sinalizar a bandeira preta e laranja a um carro durante a corrida se o considerar inseguro e, nesta ocasião, avaliou o carro e decidiu não colocar a bandeira. Além disso, após a corrida, o técnico da FIA considerou que o carro estava de acordo com os regulamentos”, prosseguiu.

A equipa também acredita que devido ao protesto ter sido apresentado 24 minutos após o prazo especificado, ele não deveria ter sido aceite e, portanto, a penalização deve ser considerada inválida. Como resultado deste ponto, a equipa protestou contra a admissibilidade do protesto original da Haas”, concluiu o comunicado.