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1995, Phoinix
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Nossa intenção ao redigir esta Comunicação é fazer algumas con-siderações de ordem metodológica sobre a História da Mulher em Roma, levantando algumas reflexões e advertências críticas. Muito se tem escrito sobre o silêncio das mulheres em Roma, pou-co se sabe sobre a mulher romana porque as fontes silenciam. Como seria a mulher romana? O que conhecia ela sobre os problemas do Impé-rio? Como pensava? Como agia? É difícil responder a estas questões, talvez e principalmente porque nunca foram formuladas perguntas para elas. Se analisarmos as correntes historiográficas dos últimos séculos comprovaremos em todas um denominador comum: uma visão parcial da história que contempla somente a experiência do homem. Uma pro-dução histórica que só considera como objeto possível de seu interesse o âmbito masculino (como individualidade ou organizações em classe, etnias, grupos etc). Na verdade a experiência histórica é o resultado da atuação con-junta, na sociedade, de homens e mulheres que a compõem e que nela vivem. Esquecer, portanto, a metade da Humanidade com suas vivências, sentimentos, trabalho, o caráter da relação entre os dois grupos-ho-mem/mulher-, sua representação em cada sociedade considerada, condiciona o conhecimerito apenas de uma história incompleta e uma história mutilada, de sexo, história parcial da Humanidade (Bridenthal. R. and Room, C.(ad.). Becoming visible: Women in european History ; Boston, 1977. Nash, M. Desde Ia innvisibilidad a Iapresencia de Ia mujer en Ia História. Corrientes historiogrâfica y marcos conceptuales em Nuevas perspectivas sobre Ia mujer, Madrid, 1982, pp. 18-37). Poder-se-ia objetar contra nossa assertiva, afirmando que na Historigrafia em geral e na Antigüidade romana em particular, existem trabalhos sobre mulheres ou sobre aspectos com elas relacionados. É certo .que podemos encontrar artigos e livros sobre o tema, mas com uma ci-'são que em nosso entender difere muito do que seriamente poderíamos chamar "história da mulher". A maior parte destes trabalhos se referem 137
Anais do Viva a Pernambucanidade Viva XVI | Letras | FAFIRE , 2016
Link para a publicação deste trabalho: https://publicacoes.fafire.br/diretorio/vpv/vpv_16_03.pdf Resumo Voltar a Palermo é um romance histórico escrito por Luzilá Gonçalves Ferreira e publicado em 2002, que nos conta a história de Maria, que nos anos 70, ao ficar viúva, decide mudar-se para Argentina, onde conhece e se envolve com Nino, que desaparece ao ser perseguido pela ditadura militar argentina. O presente artigo objetiva discutir os traços das tendências contemporâneas da produção literária presentes na obra, dividindo-se em dois pilares para tal estudo escolhidos: o romance histórico e a identidade do discurso feminino. O romance histórico, que perde sua força no século XX, retorna com grande força nas três últimas décadas deste século, a partir da necessidade cada vez maior da revisão da história oficial, reinterpretando o passado e revendo suas certezas, percebendo agora o olhar dos pequenos e dos anônimos. Além disso, temos em Voltar a Palermo a representação da identidade feminina em seu próprio imaginário. A mulher, aqui, não depende da voz masculina, falando de si própria, afirmando-se e questionando-se. Palavras-chave: Romance histórico, Identidade feminina, Luzilá Gonçalves Ferreira Voltar a Palermo é um romance histórico escrito por Luzilá Gonçalves Ferreira e publicado em 2002. O presente trabalho objetiva discutir os traços das tendências contemporâneas da produção literária presentes na obra, dividindo-se em dois pilares para tal estudo, mais especificamente: o romance histórico e a identidade do discurso feminino. Na obra nos é apresentada a história de Maria, professora universitária brasileira que, nos anos setenta depois de ficar viúva, decide se mudar para a Argentina, onde conhece Nino, um motorista de taxi por quem se apaixona. Nino tinha um casamento problemático com Mercedes, que manifestou sinais de loucura após a morte do primeiro filho e vivia internada em um asilo, não reconhecendo o marido nem familiares. Durante dois anos, o casal – Maria e
É fato conhecido que a história, escrita fundamentalmente pelos homens, durante muitos anos optou em excluir as mulheres dos relatos historiográficos. Este texto discute a inserção do sujeito feminino na historiografia brasileira, a partir de diversas contribuições: o movimento feminista, os novos paradigmas científicos e a contribuição dos Annales, que permitiram um alargamento das abordagens e dos métodos utilizados para as pesquisas envolvendo as mulheres.
Texto de apoio para estudantes, retomada para acção realizada no Museu Nacional de Arqueologia, Errata: Na página 25 deste texto há um lapso com a fotografia que se trata de uma figura de ofertante masculino. Pedimos, assim, as nossas desculpas. Conferência em Alcácer do Sal. 11.03.2023 - Biblioteca Municipal.
A força das mulheres romanas por meio das moedas e uma crítica feminista do passado para o presente, 2024
Esta obra visa expor a imagem pública de mulheres romanas como Fúlvia, Otávia, Lívia, Agripina Maior e Agripina Menor, compreendendo o final da República e o início do Império (84 a.C. - 59 d.C.), por meio de exemplares de moedas e de fontes escritas que exemplificam as vidas delas. O objetivo é ilustrar como essas mulheres melhoraram suas imagens publicamente por meio de afazeres ligados à família imperial, ao Patronato, à religião e à propaganda imperial. As fontes escritas deram visões de valores e mostraram as relações sociais, os princípios de propriedade, os direitos individuais e os seus deveres na sociedade romana. Tais fontes também confirmaram que as mulheres romanas desse tempo estavam inseridas em uma hierarquia de poder marcada por vangloriar um governo masculino. Nas fontes escritas, elas foram descritas em ambientes familiares, mas com exceções e malquistas, formando uma oposição entre o universo público e o privado. As fontes materiais, as moedas com os retratos dessas mulheres, compuseram uma formidável ferramenta de trabalho, uma vez que justificaram posições e consolidaram poderes dentro de um contexto aristocrático de competição. Como um monumento móvel, tais objetos promoveram uma audiência abrangente, mesmo longe da elite. Demonstraram que as mulheres da elite conseguiram uma proeminência “aparente”, construindo uma vida social que as levou à certa abertura política, o que contribuiu para que fossem autoras importantes da história de Roma. As mudanças femininas dessa época podem ter garantido uma alteração social em todas as categorias, principalmente nas construções culturais e atuações políticas. Esse fato fez com que a sociedade romana se moldasse a um emaranhado de circunstâncias, em que as divisões do masculino e do feminino se entrelaçaram, demonstrando uma complexidade social e de gênero. Contudo, o intuito deste trabalho foi explicar, através da análise iconográfica, o que esses objetos queriam comunicar politicamente e de forma identitária. Dito isso, foi questionado sobre o poder e o lugar de atuação do feminino, uma vez que o “habitus sexuado” poderia ter marcado os valores entre os gêneros. Tanto a cultura material quanto as fontes escritas analisadas juntas foram essenciais para comprovar essa problemática, uma vez que a literatura explicitou bem as relações de gênero dos imperadores e suas mulheres. A cultura material, ao demonstrar o poder masculino, acabou por evidenciar também o poder feminino. Dessa forma, a importância maior desta obra é realizar um convite à reflexão da percepção da realidade presente, mediante uma abordagem analítica das condições aperfeiçoadas dos Estudos das Mulheres da Antiguidade. Consiste, assim, em um desígnio capaz de gerir consciência e coerência dos fatores atuais femininos em contraposição à existência de uma variedade e semelhança sobre a mulher do passado.
RESUMO O estudo objetiva identificar como as mulheres participaram das associações de remo de Porto Alegre na transição do século XIX para o século XX. Foi realizada uma coleta de informações em fontes históricas, como: álbuns comemorativos e esportivos e revista. Percebeu-se desigualdade entre o significado da reprodução dos papéis masculinos e femininos, cada qual cumprindo distintas funções. A prática do remo era para homens selecionados, mas desaconselhada às mulheres, as quais atuavam nos bastidores e ficavam relegadas a uma opacidade que começa a ser alterada à medida que conquistaram maior visibilidade nos esportes. ABSTRACT The study aims to identify how women participated in Porto Alegre's rowing associations in the transition of the 19 th century to the 20 th century. An information collection was carried out in historical sources, such as: commemorative and sportive albums and magazine. Inequality was perceived between the meaning of the reproduction of the masculine and feminine roles, each one complying distinct functions. Rowing practice was for selected men, but dissuaded to the women, which performed behind-scenes and were relegated to an opacity that starts being changed as women conquered great visibility in sports.
Revista Caminhos - Revista de Ciências da Religião, 2021
Este artigo é uma releitura, feita pelos autores, de suas teses de doutoramento, cujo objeto comum de estudo foram as romarias ao Santuário do Bom Jesus da Lapa, realizadas há mais de três séculos, na região Oeste da Bahia/Brasil, vistas sob enfoques diferentes, mas que, neste artigo, encontram um denominador comum: as mulheres romeiras e a perpetuação da tradição das romarias. As participantes foram na sua maioria mulheres romeiras e coordenadoras de romaria com mais de cinco anos consecutivos de presença na peregrinação. Visitamos outros estudos sobre estas questões, enfatizando aqueles relacionados à crise sanitária mundial da COVID-19. Concluímos que na Romaria onde é vivenciada a experiência do encontro com o Sagrado, um espaço de reprodução social da família e da identidade de gênero feminina, observa-se um contraste entre a ressignificação do papel da mulher romeira e a confirmação de sua importância na perpetuação daquela tradição.
RESUMO O artigo a seguir apresenta uma síntese sobre a historiografia da história das mulheres. Assim foi coletado dados de primeiras tentativas para com o presente trabalho e para recuperar essa outra metade da humanidade, mulheres, marginalizadas até agora dos livros de história. Isso expõe o processo de recuperação, superando muitas dificuldades, o papel das mulheres como sujeito e objeto histórico em uma história de caráter predominantemente etnocêntrico. Nesse sentido, o interesse do conceito de gênero como uma nova categoria de análise histórica, que enriquece metodologicamente o conhecimento histórico. Finalmente, apresento uma breve visão geral sobre como a história das mulheres em nosso país, herdeiro tardio das correntes empreendidas principalmente nos EUA, Inglaterra e França. ABSTRACT The following article presents a synthesis on the historiography of the history of women. Thus was collected data from first attempts to labor to recover that other half of humanity, women, so far marginalized from history books. This exposes the process of recovery, overcoming many difficulties, the role of women as subject and historical object in a history of predominantly ethnocentric character. In this sense, the interest of the concept of gender as a new category of historical analysis, which methodologically enriches historical knowledge. Finally, it gives a brief overview on how the history of women in our country, late heir of the currents undertaken mainly in the USA, England and France.
Mulher-Maravilha foi criada por Wiliam Moulton Marston em 1941 para combater a ideia de inferioridade das mulheres em relação aos homens. Mesmo assumindo-se como feminista, Marston sempre explorou o corpo feminino da personagem, sendo normal situações com conotação sexual, física ou psicológica. Anos mais tarde, em 1954, mesmo após sua morte, a fase Marston quase causou o cancelamento da revista, pois o psiquiatra Fredric Wertham acusava a personagem de ser lésbica, incentivando o relacionamento homoafetivo. A personagem passou por várias reformulações, muitas tentando acompanhar os movimentos sociais feministas. Em 1968, com intenção de torna-la uma mulher mais independente e atual, os roteiristas tiram seus poderes e trajes para que ela viva no “mundo dos homens” como uma mulher comum e depois reavendo seus poderes pela vontade dos consumidores. A Mulher-Maravilha passou por várias reformulações para adaptar-se ao tempo histórico em que estava sendo escrita, mas sendo um produto comercial está sujeita à adaptação e teve que se render ao gosto do público consumidor do quadrinho. Através de uma pesquisa sobre as histórias em quadrinhos focada no gênero super-heróis, é feita uma análise da personagem no tempo histórico de sua escrita, salientando a influência da realidade social no mundo fictício da heroína.
Вопросы психологии №4: 35-48, 1994
Revista de Políticas Públicas
Publications of the Astronomical Society of the Pacific, 2013
Interdisciplinary Science Reviews, 1985
Energy Conversion and Management, 2018
Revista Brasileira de Entomologia, 2007
Spinal Cord, 2020
Social Science Research Network, 2019
Journal of Veterinary Medical Education, 2008
Problems and perspectives in management, 2023
Journal of Traumatic Stress, 2010