Bonnie Nettles
Bonnie Nettles | |
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Nome completo | Bonnie Lou Nettles |
Nascimento | 29 de agosto de 1927 Houston, Texas |
Morte | 18 ou 19 de junho de 1985 (57 anos) Dallas, Texas |
Nacionalidade | norte-americana |
Cônjuge | Joseph Segal Nettles |
Filho(a)(s) | 4 |
Ocupação | enfermeira |
Bonnie Lou Nettles (née Trousdale; Houston, 29 de agosto de 1927 – 18 ou 19 de junho de 1985),[1][2] também conhecida como Ti, foi uma líder religiosa norte-americana, cofundadora da seita Heaven's Gate.
Natural do Texas, Nettles se formou enfermeira e casou com Joseph Segal em 1949. O casal teve quatro filhos e se divorciaram em 1972, logo depois que desenvolveu uma íntima amizade com Marshall Applewhite. Juntos, discutiram longamente o misticismo e concluíram que eram considerados mensageiros divinos. Após operarem uma livraria por um curto período, começaram a viajar pelo país para propagar seus ideais. A dupla disse a seus seguidores que seriam visitados por extraterrestres que lhes dariam novos corpos. Essas ideias foram expressas com linguagem extraída da escatologia cristã, do movimento New age e da cultura popular norte-americana.
O grupo obteve recursos financeiros no final da década de 1970, mantendo um estilo de vida específico por anos. Nettles faleceu em 1985, deixando Applewhite perturbado e desafiando seus pontos de vista sobre a ascensão física. Já na década de 1990, o grupo descobriu a aproximação do cometa Hale-Bopp com a Terra e iniciaram o rumor de uma nave espacial que o acompanhava. Eles concluíram que essa nave espacial era o transporte que levaria seus espíritos para uma viagem a outro planeta e, por consequência dessa crença, os membros do grupo cometeram suicídio coletivo em sua mansão. Depois da descoberta dos corpos, os meios de comunicação voltaram suas atenções para a seita.
Primeiros anos
[editar | editar código-fonte]Bonnie Nettles nasceu e cresceu em Houston em uma família batista. Quando adulta, afastou-se da religião. Depois de se tornar enfermeira, casou-se com o empresário Joseph Segal Nettles em dezembro de 1949, com quem teve quatro filhos. O casamento deles permaneceu praticamente estável até 1972. De acordo com o The New York Times, o matrimônio começou a se deteriorar devido à crença de Nettles de que um monge do século XIX chamado Francis frequentemente conversava com ela, dando-lhe instruções. Além disso, ela frequentemente conduzia sessões com médiuns para entrar em contato com outros espíritos falecidos. Um grupo circular era realizado toda quarta-feira na casa dela. Nettles também estudou astrologia, teosofia e ocultismo. Em 1972, Nettles foi ver vários adivinhos, que lhe disseram que ela conheceria um homem misterioso, alto, com cabelos claros e uma pele clara. Esta descrição estava bastante próxima da aparência de Applewhite.[1]
Applewhite e primeiras viagens
[editar | editar código-fonte]Em 1972, Nettles conheceu Marshall Applewhite, um ex-professor de música.[3][4] As circunstâncias do encontro de ambos não são claras, atribuindo-se de várias maneiras: procura de tratamento em um hospital,[5] visita de um amigo em tratamento ou o ensino do filho de Nettles.[6][1] O filho de Bonnie, Joe Nettles, corroborou esta última versão dos eventos.[7] Qualquer que seja a versão correta, sabe-se que, logo após o encontro, os dois se tornaram amigos íntimos; mais tarde, ele expressou seu sentimento de conhecê-la há muito tempo e concluíram que haviam se conhecido em uma vida passada.[8] Ela disse que o encontro havia sido predito por extraterrestres, convencendo-o de uma designação divina,[9][10] e o incentivando a investigar alternativas à doutrina cristã tradicional, incluindo a astrologia.[11]
Applewhite logo começou a morar com Nettles. Embora eles coabitassem, seu relacionamento não era sexual,[3] cumprindo o desejo de longa data dele de ter um relacionamento profundo e amoroso, mas platônico.[12] Ela era casada e tinha dois filhos, mas depois que se aproximou de Applewhite, divorciou-se do seu marido e, por conseguinte, perdeu a custódia de seus filhos.[13] Applewhite viu Nettles como sua alma gêmea, e alguns de seus conhecidos mais tarde lembraram que ela tinha uma forte influência sobre ele.[14] Raine escreve que Nettles "foi responsável por reforçar suas crenças ilusórias emergentes",[15] mas o psiquiatra Robert Jay Lifton especula que a influência de Nettles o ajudou a evitar mais deterioração psicológica.[16]
Juntos estabeleceram uma livraria que vendia livros relacionados com várias temáticas espíritas,[17] e inauguraram um centro de ensino para oferecer aulas de misticismo e teosofia,[18][19] no entanto, essas empresas foram fechadas pouco tempo depois.[20] Em fevereiro de 1973, decidiram viajar para ensinar suas crenças para outras pessoas;[21][22][23] essas viagem foram descritas por Lifton como uma "jornada espiritual inquieta, intensa, muitas vezes confusa e peripatética".[24] Nessa época, conviviam com escassez de dinheiro e necessitaram recorrer à diversos trabalhos por recursos financeiros necessários. Eles subsistiam apenas com pães às vezes, constantemente acampados e ocasionalmente não pagavam as contas de hospedagem.[1][23] Em 1974, os dois viajaram para Houston após uma de suas amigas concordar com seus ensinamentos e ela se tornou a primeira convertida.[25]
Durante as viagens, Applewhite e Nettles ponderaram a vida de São Francisco de Assis, leram obras de vários autores,[26][27] e estudaram os ensinamentos sobre cristologia, ascetismo e escatologia.[28] Em junho de 1974, as crenças dos dois havia se solidificado em um esboço,[18] e eles concluíram que foram escolhidos para cumprir profecias bíblicas e que receberam mentes de nível superior ao de outras pessoas.[3] Posteriormente, eles também concluíram que eram as duas testemunhas descritas no Livro do Apocalipse e começaram a visitar igrejas e outros grupos espirituais para falar de suas identidades.[29] Eles acreditavam que seriam mortos e depois restaurados à vida e, em vista dos outros, transportados para uma nave espacial; contudo, essas crenças foram mal recebidas.[1]
Desenvolvimento da crença e estilo de vida
[editar | editar código-fonte]Applewhite e Nettles continuaram viajando pelo país, publicando anúncios, marcando reuniões e visitando devotos do movimento New age,[23][30][31] principalmente após a libertação de Applewhite que havia sido preso em agosto de 1974.[1][23] Nessa época, os dois solidificaram uma crença em extraterrestres, buscando seguidores com a mesma opinião. A reunião mais sucedida de ambos ocorreu em setembro de 1975, no Oregon, onde conseguiram cerca de trinta seguidores. Esse evento despertou o interesse local dos meios de comunicação;[32] contudo, a cobertura foi negativa. Os comentaristas e alguns antigos membros zombaram do grupo e acusaram Applewhite e Nettles de lavagem cerebral.[33] Benjamin E. Zeller, um acadêmico que estudava novas religiões, observou que os ensinamentos de Applewhite e Nettles se concentraram na salvação através do crescimento individual e via isso como semelhante às correntes presentes no New age da época. Da mesma forma, a importância da escolha pessoal também foi enfatizada.[34] Applewhite e Nettles negaram qualquer conexão com o movimento, vendo-o como uma criação humana.[35]
Em 1975, Applewhite e Nettles adotaram os nomes "Bo" e "Peep".[36] Eles tinham cerca de setenta seguidores e se viam como pastores cuidando de um rebanho.[37] Os membros foram consequentemente instruídos a renunciar: amigos, família, mídia, drogas, álcool, jóias, pelos faciais e sexualidade.[36] Além disso, eles foram obrigados a adotar nomes bíblicos. Applewhite e Nettles logo disseram a eles para adotar nomes de duas sílabas que terminavam em "ody" e tinham três consoantes na primeira sílaba,[38] como Rkkody, Jmmody e Lvvody;[39] Applewhite afirmou que esses nomes enfatizavam que seus seguidores eram filhos espirituais.[38] Nettles, ele e seus seguidores viveram o que o estudioso religioso James Lewis descreve como um "estilo de vida quase nômade".[40] Eles geralmente ficavam em acampamentos remotos e não falavam sobre suas crenças.[41] Applewhite e Nettles deixaram de ter reuniões públicas em abril de 1975 e passaram pouco tempo ensinando doutrina a seus convertidos.[23][42] Os líderes também tiveram pouco contato com seus seguidores dispersos, muitos dos quais renunciaram à sua lealdade.[36]
Os líderes apresentavam temores de serem assassinados,[40] e ensinaram a seus seguidores que suas mortes seriam semelhantes às das duas testemunhas do livro do Apocalipse.[43][a] Balch e Taylor acreditam que a experiência na prisão de Applewhite e a rejeição precoce do público contribuiu para esse medo.[44] Mais tarde, explicaram a seus seguidores que o tratamento da imprensa pela primeira vez era uma forma de assassinato e cumprira sua profecia.[45]
No início de 1976, Applewhite e Nettles haviam adotado os nomes "Do" e "Ti";[36] ele afirmou que esses eram nomes sem significados.[46] Em junho do mesmo ano, os líderes reuniram seus seguidores restantes na Floresta Nacional de Medicine Bow, no sudeste do Wyoming, prometendo uma visita ao OVNI.[47] Nettles depois anunciou que a visita havia sido cancelada. Applewhite e Nettles então dividiram seus seguidores em pequenos grupos, que eles chamam de "Grupos de Estrelas".[36]
Entre 1976 e 1979, o grupo viveu em acampamentos, geralmente nas montanhas rochosas ou no Texas.[1] Applewhite e Nettles começaram a exigir mais da vida de seus seguidores até então pouco estruturada, o que melhorou a retenção de membros.[48] Eles normalmente se comunicavam com seus discípulos por escrito ou por meio de assistentes.[49] Cada vez mais, enfatizavam que eram a única fonte de verdade - a ideia de que os membros podiam receber revelações individuais foi rejeitada na tentativa de evitar cismas.[50][51] Applewhite também procurou evitar amizades íntimas entre seus seguidores, temendo que isso pudesse levar à insubordinação.[52] Os dois insistiram que seus seguidores praticassem o que chamavam de "flexibilidade" - estrita obediência a seus pedidos que muitas vezes eram contraditórios.[53] Os líderes limitaram os contatos do grupo com pessoas de fora do movimento, mesmo nos possíveis interessados a integrar o grupo, ostensivamente para impedir a infiltração de partes hostis. Na prática, isso tornou seus seguidores completamente dependentes deles.[54]
Alojamento e controle
[editar | editar código-fonte]No final da década de 1970, o grupo recebeu uma grande quantia em dinheiro, possivelmente uma herança de um membro ou doações da renda dos seguidores.[47] Esse capital foi usado para alugar casas, inicialmente em Denver e depois em Dallas.[55] Applewhite e Nettles tinham cerca de quarenta seguidores na época e moravam em duas ou três casas; os líderes geralmente tinham casa própria.[1] O grupo era secreto sobre seu estilo de vida, cobrindo suas janelas.[55] Applewhite e Nettles organizaram o estilo de vida de seus seguidores como um campo de treinamento que os prepararia para o próximo nível. Referindo-se à casa deles como uma "nave", eles regimentaram a vida de seus discípulos a cada minuto.[56] Os seguidores que não estavam comprometidos com esse estilo de vida foram incentivados a sair; os membros que partiam receberam assistência financeira.[56]
Applewhite e Nettles às vezes faziam mudanças repentinas e drásticas no grupo.[57] Em uma ocasião no Texas, eles contaram aos seus seguidores uma visita futura de extraterrestres e os instruíram a esperar do lado de fora a noite toda, quando eles os informaram que isso tinha sido apenas um teste.[58] Lalich vê isso como uma maneira de aumentar a devoção de seus alunos, garantindo que seu compromisso se torne independente do que eles viram.[59] Os membros ficaram desesperados pela aprovação de Applewhite, a qual usou para controlá-los.[60]
Em 1980, Applewhite e Nettles tinham cerca de oitenta seguidores,[61] muitos dos quais mantinham empregos, muitas vezes trabalhando com computadores ou como mecânicos de automóveis.[62] Dois anos depois, Applewhite e Nettles permitiram que seus discípulos ligassem para suas famílias.[63] Eles relaxaram ainda mais seu controle em 1983, permitindo que seus seguidores visitassem parentes no Dia das Mães.[55] Eles só tiveram estadias curtas e foram instruídos a dizer a suas famílias que estavam estudando computadores em um mosteiro. Essas férias pretendiam apaziguar as famílias, demonstrando que os discípulos permaneceram com o grupo por sua própria vontade.[63]
Falecimento
[editar | editar código-fonte]Em 1983, Nettles teve um olho removido cirurgicamente como resultado de um câncer diagnosticado vários anos antes. Ela viveu por mais dois anos, falecendo em 1985. Para explicar a morte de Nettles, Applewhite disse a seus seguidores que ela havia "viajado para o próximo nível" porque tinha que despender "muita energia para permanecer na Terra", abandonando seu corpo para fazer a jornada.[62][63] disse a seus seguidores que havia sido deixado para trás por Nettles porque ainda tinha mais a aprender - confirmando a sua opinião de que Nettles ocupava um papel espiritual superior em relação ao dele.[64][65] A partir disso, começou a identificá-la como "o Pai" e frequentemente se referia a ela com pronomes masculinos.[66][67]
A morte de Nettles provocou vários impactos em Applewhite, incluindo uma severa depressão e paranoias.[63] [68] Ele também alterou sua visão da ascensão; anteriormente, havia ensinado que o grupo ascenderia fisicamente da Terra e que a morte permitiria a reencarnação, mas o falecimento dela - que deixou para trás um corpo corporal inalterado - o forçou a dizer que a ascensão poderia ser espiritual.[69] Zeller observa que suas crenças foram baseadas na Bíblia cristã, mas interpretadas através das lentes da crença no contato alienígena com a humanidade.[70]
Suicídio coletivo
[editar | editar código-fonte]Mais de uma década após a morte de Nettles, o grupo alugou uma mansão em Rancho Santa Fe, Califórnia.[23][62] Posteriormente, descobriram sobre a aproximação do cometa Hale-Bopp.[62] Applewhite acreditava que Nettles estaria a bordo de uma nave espacial atrás do cometa, e que ela planejava encontrar-se com eles.[71] Ele disse a seus seguidores que a nave os transportariam para um destino empíreo e que uma conspiração do governo estava tentando suprimir a notícia.[72] Como tomou conhecimento sobre o cometa e os motivos de ter acreditado na presença dos extraterrestres e da falecida Nettles são questionamentos sem respostas.[55][b]
Nos últimos dias de março de 1997, o grupo se isolou e gravou mensagens de despedida.[73] Os suicídios foram postulados em 22 de março e duraram por três dias.[74] A maioria dos membros ingeriram barbitúricos e álcool e depois colocaram sacos plásticos sobre a cabeça; Applewhite foi um dos quatro últimos a morrer. Três assistentes o ajudaram a se suicidar e depois se mataram.[75] Após uma denúncia anônima,[76] os 39 corpos foram encontrados no dia 26 de março.[77] Esse evento foi o maior suicídio em grupo envolvendo cidadãos norte-americanos desde 1978, quando 920 norte-americanos se suicidaram em Jonestown, na Guiana.[78] O corpo de Applewhite foi encontrado sentado na cama do quarto principal da mansão.[79]
Notas
- ↑ 11:7–12: "E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra e as vencerá e matará. Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da grande cidade, que simbolicamente é denominada Sodoma e Egito, onde, da mesma forma, foi crucificado o seu Senhor. Durante três dias e meio, gente de todos os povos, tribos, línguas e nações contemplarão seus corpos mortos, e não permitirão que sejam sepultados. Os habitantes da terra muito se alegrarão pelo que aconteceu com as testemunhas e festejarão, mandando presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas tinham afligido os que vivem na terra. Entretanto, depois de três dias e meio, Deus soprou em seus corpos o espírito da vida e eles tornaram a ficar em pé, e um enorme pavor tomou conta de todos quantos os viram. Então, eles ouviram uma grave voz que se projetava dos céus e lhes ordenou: “Subi vós para cá”. E elevaram-se ao céu numa nuvem, e os seus inimigos as observavam atônitos.
- ↑ No final de 1996, imagens que mostravam um objeto misterioso seguindo o cometa se espalhou na forma de rumores na internet. Whitley Strieber, Courtney Brown e Art Bell ajudaram a popularizar esses relatórios, alegando que o objeto estava emitindo sinais de rádio.(Daniels 1999, pp. 200–2)
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Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fontes online
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