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Barriguda

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaBarriguda

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Anthophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae
Subfamília: Bombacoidae
Género: Ceiba
Espécie: C. glaziovii
Nome binomial
Ceiba glaziovii
(Kuntze) K.Schum.

A barriguda ou paineira-branca (Ceiba glaziovii) é uma espécie botânica de paineira do género Ceiba, da família das malváceas, muito semelhante à paineira-rosa (Ceiba speciosa). É endêmica do Nordeste do Brasil, ocorrendo em regiões de caatingas híperxerofilas.[1]

É muito confundida com sua semelhante, a paineira-rosa (Ceiba speciosa), que ocorre no Sudeste do Brasil até a Bolívia, está confusão acontece principalmente por causa das semelhantes gerais entre as espécies, e também pelos nomes populares dados à ambas.[2][3]

Distribuição

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Nativa do Nordeste do Brasil, característica do bioma da caatinga, especialmente em serras da região Agreste e Sertão nordestino, ocorre nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e também norte de Minas Gerais.[1][4]

Significado dos nomes populares

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Barriguda refere-se ao intumescimento da parte central do caule, à meia altura da árvore, tendo a mesma um diâmetro maior no meio do que na base, e que serve para armazenar água extraída através da seiva xilemática.[5] Já paineira-branca refere-se à cor de suas flores, que geralmente se dão quando as árvores estão sem folhagem na estação seca, ou perdendo suas folhas.[6]

Características

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Acúleos do tronco da barriguda.
Horto da INB, em Caetité, Bahia.
  • Árvore de 6–18 m de altura, com copa ampla e bastante ramificada, de tronco intumescido com mais de 1 m de diâmetro
  • Casca cinza-claro, lisa e dotada de grande número de acúleos cônicos e rígidos de até 5 cm de comprimento
  • Folhas compostas palmadas, com 4-7 folíolos (geralmente 5), sobre pecíolos ligeiramente dilatados no ápice e na base
  • Flores brancas, de 1-3 por nó, em inflorescências terminais
  • Frutos do tipo cápsula elipsóide, deiscente, glabra, coriácea, contendo muitas sementes pequenas,cada uma de 6 mm, marrom-escuras, redondas, envoltas por pêlos finíssimos, com consistência sedosa, que ajudam na dispersão das mesmas

Planta decídua, heliófita, xerófita, de sucessões secundárias, de dispersão descontínua, porém ampla, com capacidade de dispersar as sementes pelo vento.[1]

Perde as folhas na estação seca e floresce entre julho e outubro, e os frutos geralmente amadurecem ainda na estação seca (entre setembro e novembro).

  • Madeira empregada em caixotaria
  • Casca usada na medicina caseira contra inflamação do fígado e para tratar hérnias
  • Planta ornamental, principalmente por causa de sua floração, servindo para arborizar praças e no paisagismo urbano
  • Pode ser usada para enriquecer capoeiras e vegetação empobrecida e na segunda fase de recomposição florestal de áreas degradadas
  • Os pêlos que envolvem as sementes (chamados popularmente de "lã de barriguda") são empregados no enchimento de almofadas, travesseiros, colchões, selas e estofamento de móveis
  • Nas estradas vicinais do Nordeste brasileiro, pode ser usada como cerca viva

Referências

  1. a b c Lopes, Gerson Luiz. «Ceiba glaziovii (Kuntze) K. Schum. Paineira-branca | Compêndio Online». sites.unicentro.br. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  2. «Paineira branca Chorisia glaziovii». Consultado em 14 de junho de 2010 
  3. «Ceiba speciosa (A. St.-Hil.) Ravenna Paineira, árvore-de-paina | Compêndio Online Gerson Luiz Lopes». sites.unicentro.br. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  4. Souza, Francisco V. (5 de novembro de 2011). «FAUNA E FLORA DO RN: Barriguda Ceiba glaziovii (Kuntze) K.Schum.; Flora do RN.». FAUNA E FLORA DO RN. Consultado em 20 de novembro de 2021 
  5. «Paineira-branca - Flora - Terra da Gente - EPTV.COM». Consultado em 14 de junho de 2010 
  6. «Acta Botanica Brasilica - The family Bombacaceae Kunth in the state of Pernambuco - Brazil». Consultado em 14 de junho de 2010