American Film Company
American Film Manufacturing Company | |
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Privada | |
Atividade | Produção cinematográfica |
Fundador(es) | John R. Freuler Charles J. Hite Samuel Hutchinson Harry E. Aitken |
Encerramento | 1921 |
Sede | |
Locais | Chicago La Mesa (Califórnia) Santa Bárbara (Califórnia) |
Pessoas-chave | Allan Dwan Thomas Ricketts Sam Morris Frank Beal Lloyd Ingraham Henry King Frank Borzage Edward Sloman |
Produtos | Seriados Filmes |
American Film Manufacturing Company, também conhecida como Flying "A" Studios,[1] por causa do seu símbolo,[2] foi fundada em Chicago em 1910[1] por John R. Freuler, Charles J. Hite, Samuel Hutchinson e Harry E. Aitken, para produzir filmes para as suas respectivas distribuidoras.[2] Em 1915, o nome foi mudado para American Film Company.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Inicialmente com sede em Chicago,[2] a Flying "A" Studios foi levada para La Mesa, Califórnia, entre 12 de agosto de 1911 e 6 de julho de 1912, utilizando locações em La Mesa, além de outras localidades do leste, tais como Lakeside e áreas ao redor de San Diego.[3]
A American conseguiu atrair artistas da Essanay Manufacturing Company, tais como os atores J. M. Kerrigan e Dot Farley, o roteirista Allan Dwan e os diretores Thomas Ricketts, Sam Morris e Frank Beal.[2] Outros diretores importantes foram Lloyd Ingraham, Henry King, Frank Borzage e Edward Sloman.[2]
Flying "A" Studios, sob a liderança de Allan Dwan fez mais de 150 filmes em San Diego, na sua maioria Westerns, comédias ou, eventualmente, documentários. os Westerns da Flying A se tornaram populares junto ao público, proporcionando ao estúdio grande sucesso e aumentando sua produção cinematográfica.
Enquanto filmava perto de La Mesa, alguns sets foram construídos pela Flying A Studios. Dwan ocasionalmente filmava uma cena de perseguição de cowboys e, em seguida, construía uma trama em torno dessa perseguição. A trupe de atores de Dwan se tornou muito popular junto ao público.[4]
Em agosto de 1912, a Flying "A" Studios estabeleceu sua filial ocidental em Santa Bárbara, na Califórnia. Antes disso, foram criadas três empresas; duas iriam trabalhar no estúdio ou em localidades vizinhas de Chicago, enquanto a terceira unidade se concentraria em Westerns. Esta unidade ocidental iria se mover através do sudoeste com locações no Novo México, Arizona e finalmente Califórnia. A terceira unidade eventualmente se estabeleceria na cidade de La Mesa, na Califórnia, antes de Santa Bárbara, e as razões para a mudança tinham muito a ver com o clima[5] e ainda para evitar as restrições da "Edison Trust" (i.e. Motion Picture Patentes Company ou MPPC), operando em Chicago e Nova Iorque.[6] A razão principal, porém, para a escolha de Santa Bárbara foi que a American Film Company queria ter cenários urbanos em alguns de seus filmes.[7]
Durante as atividades entre 1912 e 1917, a Flying "A" Studios foi um dos maiores estúdios cinematográficos dos Estados Unidos.[8] Na época, essa atividade fez com que Santa Bárbara se tornasse a principal rival de Hollywood.
Em janeiro de 1914, começou a produzir a marca “Beauty” de comédias semanais e em 1915 realizou seu primeiro seriado, “The Diamond from the Sky” (O Diamante do Céu). Com finalidade promocional, a história foi proposta de forma inacabada, da mesma maneira que ocorrera com o seriado da Thanhouser Film Corporation, The Million Dollar Mystery, e foi oferecido um prêmio de $5,000 para quem escrevesse a melhor continuidade; o vencedor do prêmio foi Terry Ramsaye.[9] Em 1916, mediante o sucesso do seriado, a American produziu uma sequência, denominada “The Sequel to the Diamond From the Sky”, com os mesmos atores e sob a mesma direção.
Também em 1916, adicionou mais marcas ao seu repertório, incluindo as comédias “Vogue”, os westerns “Mustang” e os dramas “Clipper”, estrelados por Harold Lockwood e May Allison.[2]
Atores notáveis
[editar | editar código-fonte]A American Film Company promoveu grandes artistas durante sua estadia em Santa Bárbara. Uma das maiores atrizes foi Mary Miles Minter, nascida Juliet Reilly em 1 de abril de 1902 (falecida em 4 de agosto de 1984), que se tornou uma das maiores estrelas do cinema mudo. Ela atuou pela primeira vez em 1915, como Viola Drayton em "The Fairy and the Waif", e seu último papel foi em 1923, em "The Trail of the Lonesome Pine".[10] Ela deixou o cinema aos 22 anos, após um escândalo envolvendo-a com o diretor William Desmond Taylor e, apesar de ter participado da indústria do cinema apenas por oito anos, fez mais de 50 filmes, e sua contribuição para o cinema lhe proporcionou uma estrela na Calçada da Fama, na 1724 Vine Street.[11]
Em 1917, com os astros Mary Miles Minter, William Russell e Margarita Fisher, a American Film Company tornou-se a principal fornecedora de filmes para a distribuidora Mutual Film.[2] Margarita Fisher saiu do estúdio apenas em 1921.[2]
Final
[editar | editar código-fonte]A Primeira Guerra Mundial, a epidemia de gripe de 1918-19 e a Grande Depressão de 1921 influenciaram no fim da American Film Company e seu estúdio de Santa Bárbara. Outras empresas do filme sobreviveram, principalmente porque haviam escolhido investir em cinemas, providenciando consumidores para seus produtos. A American perdeu seu principal distribuidor quando a Mutual Film Corporation foi absorvida por outras companhias em 1918 e embora o produto da companhia continuasse a ser bem visto, a Flying A ficou sem nnenhum representante direto com o público no exterior.[1]
Galeria
[editar | editar código-fonte]Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Birchard, Robert S. Silent-era filmmaking in Santa Barbara, Charleston, SC: Arcadia, c2007. ISBN 0-7385-4730-1.
- Lawton, Stephen. Santa Barbara’s Flying A studio, Santa Barbara, Calif.: Fithian Press, 1997. ISBN 1-56474-210-5.
- Lyons, Timothy J. The silent partner: the history of the American Film Manufacturing Company, 1910-1921, New York: Arno Press, 1974 [c1972]. ISBN 0-405-04872-6.
- Slide, Anthony. The American Film Industry: A Historical Dictionary. New York: Limelight Editions, 1990. p. 17. ISBN 0-87910-139-3.
- Tompkins, Walker A. Santa Barbara History Makers. McNally & Loftin, Santa Barbara. 1983. ISBN 0-87461-059-1.
Notas e referências
- ↑ a b c d «filmandmedia.ucsb.edu». Consultado em 23 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 15 de setembro de 2009
- ↑ a b c d e f g h MATTOS, A. C. Gomes de. Primeiros estúdios americanos. In: Histórias de Cinema. Acessado em 09-10-2012.
- ↑ «LA MESA RESIDENT SEEKS TO REVIVE CITY'S SILENT MOVIE HERITAGE FOR CENTENNIAL»
- ↑ «FILMING SAN DIEGO, Hollywood's Backlot, 1898-2002»
- ↑ Lawton, Stephen: Santa Barbara’s Flying A studio, Santa Barbara, Calif.: Fithian Press, 1997 p 130.
- ↑ Lawton p 17.
- ↑ «filmandmedia.ucsb.edu». Consultado em 23 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 29 de julho de 2017
- ↑ Lawton p 130.
- ↑ Lahue, Kalten C. «1. A Bolt From The Blue». Continued Next Week. [S.l.: s.n.] p. 66
- ↑ Trail of the Lonesome Pine no IMDB
- ↑ Lawton p 78.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Filmography as Production Company». Consultado em 23 de fevereiro de 2009
- «American Film Company». Consultado em 23 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 14 de setembro de 2009
- «Flying A Studios». Consultado em 17 de fevereiro de 2009
- «Documentary May Lift Visibility of Flying 'A'». Consultado em 17 de fevereiro de 2009
- «Documentary Pays Tribute to Flying A Studios». Consultado em 17 de fevereiro de 2009. Arquivado do original em 25 de maio de 2008
- Santa Barbara Museum