Sigilos são a representação simbólica de um desejo/intento do praticante de magia. São usados há muito tempo, desde os selos da goécia, as práticas de vodu, nos símbolos planetários, e muitos outros. No inicio do século XX, foram popularizados pelo artista e ocultista Austin Osman Spare, passando a ter uma utilidade prática e moderna, sendo muito comum a sua utilização hoje em dia entre os praticantes de Magia do Caos. O objetivo desta ferramenta é facilitar ao povo a utilização de sigilos para assim, conseguirmos tesouros para enriquecer a nosso mundo sólido e alterar a realidade em nosso alcance.

Como trabalhar com sigilos?

Existem inúmeras formas de criar sigilos. Esta ferramenta vai facilitar o primeiro passo. Vivemos num mundo onde cada vez menos, temos tempo para cuidar de nós mesmos, devido as demandas de trabalho e família. Sigilos trabalham com probabilidade, onde fazemos o desejo de um evento embrionário para que assim, as probabilidades trabalhem ao nosso favor.

Lembrem-se: sigilos precisam ser mensuráveis ao nosso alcance e se realizam por meios palpáveis em nosso mundo sólido. Se por exemplo, você criar um sigilo desejando "voar como o Superman", você vai voar, só que em algum sonho, enquanto dorme.

Após criado o sigilo, você pode salvar a imagem no seu dispositivo, imprimí-la, desenhá-la num papel, ou simplesmente, mantê-lo à vista em sua tela. Não há limites para a imaginação e criatividade. O próximo passo agora é o ritual para carregar o seu sigilo.

Banimento: é um escudo imaginário de vontade criado pelo mago. É a camisinha do ritual mágico que o deixará zen e com atenção e foco potencializados, o que evitará de sofrer interferências externas. Lembrem-se: você entrará num estágio alterado de consciência na hora de carregar o sigilo e com isso, será forçado a confrontar seus medos e desejos mais escuros. Sempre haverá o risco de obssessão, onde você pode ficar paranóico e estúpido. Mantenha o foco e a atenção criados pelo seu banimento, ignore o ego te chamando de ridículo e ria de si mesmo sempre. Você pode usar banimentos prontos, como o Ritual Gnóstico do Pentagrama, ou o Ritual Menor do Pentagrama. Ou, você pode criar o seu próprio. Para criá-lo, execute os passos abaixo:

-Primeiro, o magista deve descrever um obstáculo sobre si próprio com a arma mágica. A barreira do obstáculo é, também, fortemente visualizada. Figuras tridimensionais são preferíveis.

(Liber MMM, de Peter Carrol)

Agora, é hora de AÇÃO!!!

Carregando o Sigilo: Para carregar o sigilo, você terá que entrar em um breve estado de gnose, ou seja, num estado alterado de consciência focado em um único ponto, o seu sigilo, para lança-lo em seu subconsciente. Este estado é possível por diversas formas: meditação, jejum, girar, exaustão intensa, adrenalina, medo, pular corda, dançar, mosh-pit, sexo, masturbação, entre outros. Independente do estado de gnose que escolher, o objetivo final é o mesmo.

Quando você estiver no momento de êxtase, quando você sentir aquela "piscadela" na consciência gerada pelo climax, você deve lançar o sigilo em sua mente. Ou seja, você deve concentrar toda a sua atenção na imagem e deixá-la em sua mente, evacuando todos os outros pensamentos.

Feito isso, destrua o seu sigilo. Queime-o, jogue-o na privada, rasgue-o ou enterre-o.

Por fim, faça um banimento para finalizar o ritual. Uma boa gargalhada para pode ser o bastante. Nunca é demais rir de sim mesmo.

OBS: Alguns sigilos pode ter um intento permanente e de longo prazo, como um sigilo de proteção. Pode haver a necessidade de mantê-los perto e guardados. Você decide, o que importa é o que funciona e dê resultados.

Mantenha um diário mágico, para anotar os seus resultados. Praticar magia é um exercício constante haverá a necessidade de anotar erros e acertos. E você vai errar muito, vai por mim!

Leituras recomendadas:

Liber Null e Psiconauta - (Peter Carrol)

Mágica Visual (Jon Fries)

Pop Magick (Grant Morrison)

Advanced Magick for Beginners (Alan Chapman)