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quarta-feira, 31 de março de 2021

Youtube Motorsport Video: A cisão CART-IRL, parte 4

A quarta e última parte da série de videos sobre a cisão entre CART e IRL, que ocorreu em 1995 devido à teimosia de Tony George, o dono das 500 Milhas de Indianápolis, e as equipas que faziam parte da outra competição, fala sobre os anos seguintes e o caminho para a reunificação, treze anos depois da cisão. Fala de uma primeira fase, onde a CART parecia levar a melhor - desde a sua oferta pública na Bolsa de Nova Iorque e o caminho para a prosperidade - chegaram a pensar seriamente em comprar a FOM e serem donos da Formula 1! - até à decadência e ver que os fãs prefeririam ver as provas da NASCAR do que duas séries que competiam um contra o outro. 

Entre outras coisas, fala-se que a NASCAR chegou a juntar ambas as partes em 1999 para uma possivel reunificação, até aos aspetos positivos dessa cisão. Uma delas? A introdução da "SAFER barrier", que existe em ovais como a de Indianápolis, e ajudou muito na segurança da competição, e claro, do automobilismo.

Aqui está a última parte. 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Youtube Motorsport Video: A Guerra CART-IRL, parte três

Este sábado saiu a terceira parte do video sobre a separação entre CART e IRL, que aconteceu em 1996, uma guerra que durou onze anos e acabou com uma unificação - na realidade, uma compra de um por parte de outro - e hoje, fala-se da decisão da CART de fazer o US500 no mesmo dia das 500 Milhas de Indianápolis, com o objetivo declarado de tirar audiência à corrida mais importante do ano.

Com ambos os lados a atirar farpas, a edição de 1996 de ambas as corridas teve um pouco de tudo: recordes e carambolas, mas também o acidente mortal de Scott Brayton, que tinha feito a pole-position dias antes. O video tem pouco mais de meia hora, mas pessoalmente, nem vi o tempo a passar de tão bem explicado que estava. Vale a pena ver. 

Aqui podem ver a parte um e a parte dois desta história. 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Youtube Motorsport Classic: A história da cisão CART-IRL (II parte)

Como prometido, guardei para hoje a segunda parte da série de videos sobre a cisão CART-IRL, que iria durar doze anos e acabaria com a absorção de um pelo outro. 

Nesta segunda parte, fala-se da temporada de 1996, e da separação que chegou a ser feia, especialmente com a regra que garantia aos 25 carros que fariam parte da IRL um lugar na grelha das 500 Milhas de Indianápolis, dando ao resto os restantes oito lugares. E isso teve como resposta o US500, na oval do Michigan, que aconteceu no mesmo dia que as 500 Milhas de Indianápolis, só para retirar prestigio à competição.

O video têm cerca de 20 minutos, mas serve para explicar o que foi esta cisão, de uma certa forma. Os outros dois videos que faltam serão colocados nos dois meses seguintes, e quando for a altura, colocarei por aqui.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Youtube Motorsport Classic: A história da cisão CART-IRL (parte 1)

Há 25 anos, Tony George inaugurava a sua própria série, a Indy Racing League, criando uma divisão que iria afetar a competição por mais de uma década e que ainda tem implicações nos dias de hoje, especialmente em relação à popularidade e à rivalidade com a NASCAR.

Contudo, o que poucos sabem é que as origens da cisão CART-IRL tem a ver... com outra cisão, essa que tinha acontecido em 1979, quando as equipas se zangaram com a USAC, que geria as corridas, especialmente as 500 Milhas de Indianápolis, sobe a tomada de decisões, regulamentos e outras coisas, e criaram a Championship Auto Racing Teams, a CART. Nos quinze anos seguintes, a série cresceu e prosperou... mas tornou-se cara, bem cara. E pior, apesar da CART e a USAC terem feito as pazes e esta ter sido incluída no calendário - afinal, era a prova mais importante do campeonato e a razão de ser do "open wheel" americano - a maneira de gestão das coisas criava tensões entre as equipas e os proprietários.

E pior: os custos cresciam fortemente, já havia uma elite de equipas como a Penske e a Newman-Haas, que abriam um fosso para a concorrência, e a quantidade de pilotos europeus - ex-pilotos de Formula 1, na sua maioria - impedia o acesso de pilotos americanos, habituados aos "dirt tracks", que foram a espinha dorsal a competição nos anos 50 e 60 e tinham feito surgir gente como Mário Andretti e A.J Foyt, entre outros.

É sobre isso que o canal de Youtube "nascarman History" anda a fazer esta semana, com uma série de vídeos sobre a cisão de 1996, que durou doze anos e fez com a NASCAR saísse vitoriosa. Hoje, coloco a primeira parte, e amanhã, a segunda.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cinco milhões de notas verdes dão a volta à cabeça

Desde que li as noticias sobre a corrida final da Indy, marcada para 16 de outubro em Las Vegas, com o "polpudo" prémio de cinco milhões de notas verdes, que li uma reação muito curiosa. Quem contava isso era o Joe Saward, ontem, no seu blog. Ali, ele conta que Mario Andretti, uma lenda americana, está a considerar regressar à competição para tentar ganhar o prémio de 5 milhões. E dá como exemplo um amigo seu, o ator Paul Newman.

Paul Newman tinha uma idade semelhante à minha quando correu nas 24 Horas de Le Mans e competiu pela última vez as 24 Horas de Daytona em 2005, quando tinha já 80 anos", começou por dizer. "Estou tentado, e se calhar sou suficientemente maluco para fazê-lo. Ainda amo este desporto, e apesar de saber que posso não ter grandes hipóteses, quem sabe?"

"Michael
[seu filho Michael Andretti] tem a sua equipa, se for o caso, poderei tentar a minha própria entrada. Vai ser a última corrida com o atual conjunto de chassis e motor e acho que seria barato para um recém-entrado fazer a sua própria equipa e tentar alcançar o prémio de cinco milhões. Acho que será uma corrida incrivel e veremos provavelmente muito bons talentos na grelha", concluiu.

Como tinha dito no passado dia 25, a ideia do prémio é para atraír principalmente os pilotos da NASCAR, categoria que nos últimos anos tem atraído alguns pilotos da Indy, sendo o mais famoso o colombiano Juan Pablo Montoya. Outras categorias, como a Formula 1 ou os ralis, são muito mais dificeis, senão impossiveis (a corrida americana é no mesmo dia que o GP da Coreia do Sul). Mas ao ler que um "velhote" de 71 anos está disposto em voltar a colocar o capacete e competir contra... o seu neto, é no mínimo estranho.

Mas se quisermos ver estas declarações de outra forma, poderemos dizer que este é um caso onde apesar da decadência inevitável que os nossos corpos passam, o espírito nunca morre. Quem sabe se a seguir a Andretti, outros velhotes começarão a pensar nessa ideia?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Qual é a importância das mulheres no paddock da Formula 1?

Estava a ver um post enviado para mim quando pensei no seguinte: ao longo dos meus quase quatro anos da existência do blog, nunca falei das "grid girls", nem nunca coloquei uma unica foto delas. Das mulheres e namoradas de pilotos, talvez as meninas da McLaren, a Nicole Scherzinger e a Jessica Michibata, mais por causa do seu mediatismo. Mas só o facto de ter de esperar quase quatro anos para dedicar um post só para elas revela a importância que elas tem no mundo da Formula 1, apesar de estarem por toda a parte: nenhuma.

Eu devo ser tão "petrolhead" que sou daqueles que digo que se elas desparecessem de um momento para o outro, não sentiria falta nenhuma, de tão irrelevantes que são. Aliás, até têm momentos que me causa alguma irritação, quando estão ali a fazer "guarda de honra" aos pilotos a caminho do pódio. Tão visiveis, no entanto tão inuteis... em suma, é um sinal da Formula 1 construida por Bernie Ecclestone: as mulheres são um objecto decorativo. Um pouco machista, hein? Mas também, passa uma mensagem errada sobre as mulheres na categoria máxima do automobilismo. Tão errada que por alturas do GP do Brasil, houve uma polémica afirmando que algumas das "grid girls" poderiam ser "garotas de programa", e isso deu brado...

Sim, mais do que caras bonitas, tem cérebros. E muitas delas são mais do que assessoras de imprensa de algum piloto/equipa/fornecedor. Também há engenheiras e mecânicas. Poucas, mas existem.

E depois há a questão principal: as mulheres piloto. Nos últimos anos elas tem aparecido, e há casos de sucesso como Danica Patrick, que já venceu na Indy. Aliás, neste momento existem quatro mulheres a correr nessa categoria, com o fluxo mediático conhecido. Elas ainda estão longe da Formula 1, mas acho que é uma questão de talento e oportunidade, ou seja, não é um "se" mas sim "quando". Quando virmos, por exemplo, uma Simona de Silvestro, uma piloto suiça de 22 anos que foi terceira classificada na Formula Atlantic de 2009 e que não fez feio na sua temporada de estreia, perguntamo-nos como seria se ela certo dia seguisse para a categoria máxima do automobilismo. Seria tratada como piloto ou só a veriam como "objecto de marketing"?

O automobilismo é machista? É. Noventa e sete por cento dos pilotos são homens? Sim. Muitos estão ali para verem as meninas com vestidos minimos, algumas das quais de gosto duvidoso? É verdade. Mas por mim, passo. Porque acho que esta visão do automobilismo faz mais mal do que bem, por muito belo que seja, tenho de admitir...

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Youtube Motorsport: Racing in Slow Motion, II



O video que mostrei ontem era o mais recente de um conjunto de três que o Marcel, que responde pelo nick "Mattzel89", que como referi antes, é mais conhecido por colocar clips dos vários eventos que ocorrem a cada fim de semana: WRC, Indy, Moto GP, NASCAR, GP2...

Pois bem, hoje vou mostrar um dos videos mais antigos dele. E continuo a dizer a mesma coisa de ontem: é por ver estas e outras imagens que percebo a razão porque adoro automobilismo. E também, se tivesse de explicar aos outros porque adoro esta modalidade, mostraria estes videos. Aliás, este e todos os outros videos de pessoal que anda aí no Youtube a editar coisas magnificas como o Antti Kalhola ou o Hanuff, por exemplo.

Sentem-se e apreciem o video.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Youtube Motorsport: Racing in Slow Motion



O Antti Kalhola é excelente, mas felizmente não é o unico que sabe fazer videos e colocá-los no Youtube ou em outras plataformas. Conheço o canal MT89 Motorsport há relativamente pouco tempo, principalmente pelos videos que faz dos eventos do fim de semana automobilistico. Mas desconhecia que o Marcel, um jovem rapaz alemão de 21 anos, fosse também capaz de editar videos. Esta noite, soube do contrário, por acaso, via Twitter.

O video que coloco esta noite é o mais recente dos três que ele editou sobre este assunto. A essência está lá: que a velocidade tem a sua beleza, que os pilotos que a fazem, independentemente de lutarem pela vitória ou pela fuga ao último lugar, dão 120 por cento de si para captarem a nossa atenção, os observam nas bancadas ou em casa, com um misto de inveja e admiração. Umas vezes vencem, outras vezes caem, mas levantam-se sempre para a próxima corrida, pois é por causa destas imagens que estão ali. É belo e atraente, poderoso e veloz, é a paixão pela velocidade.

Às vezes tendemo-nos a esquecer que é por causa disto que adoramos o automobilismo. Pessoalmente, é esta a minha razão porque o adoro: está acima de qualquer equipa, competição ou piloto.

domingo, 3 de outubro de 2010

IndyCar: Dario Franchitti é tricampeão em Homestead

Antes das ovais, parecia que o australiano Will Power estava bem encaminhado para o título na Indy, mas ele tinha o grande "handicap" de ser um piloto pouco experiente nas pistas ovais, e no complicado sistema de pontos da IndyCar, onde se faz de tudo para que o título se decida na última prova, as quatro últimas corridas iriam ser disputadas dessa forma. E isso favorecia pilotos como Dario Franchitti, que do alto dos seus 38 anos, tinha tudo para conseguir o tricampeonato, caso não batesse e aproveitasse os azares do adversário. Esta madrugada, em Homestead, foi isso que aconteceu: Scott Dixon venceu, Will Power cedeu à pressão de Dario Franchitti comemorou o título, numa temporada que deveria ter sido da Penske.

Largando da pole-position, Franchitti manteve a liderança nas primeiras voltas, seguido do seu companheiro Scott Dixon. Will Power, o terceiro da grelha, lutava contra um carro desiquilibrado e perdia várias posições ao longo das voltas. Em contraste, o brasileiro Tony Kanaan vinha de trás e numa toada agressiva, chegava ao terceiro posto. Na volta 34, continuou ao ataque e passou Scott Dixon. Quando partiu para tentar alcançar Dario Franchitti, o brasileiro Mario Moraes encostou à berma com problemas na sua coluna de direcção, causando bandeiras amarelas e a primeira grande paragem nas boxes.

Quando a corrida voltou ao verde, Franchitti continuou na liderança, mas Briscoe atacou a sua posição, sem sucesso. Mas algumas voltas depois, a brasileira Bia Figueiredo bateu no muro e as bandeiras amarelas voltaram a ser mostradas durante algumas voltas. Quando recomeçou, Briscoe continuou o ataque a Franchitti, enquanto que Will Power era um discreto oitavo classificado. Na volta 93, nova abertura do pit lane e os pilotos partiam para as suas segundas paragens. Quando acabou, não havia grandes alterações na classificação.

Na volta 127, Franchitti conseguia os seus primeiros dois pontos por ser o piloto que tinha ficado mais tempo na liderança, o que fazia diminuir a sua desvantagem em relação a Power para oito pontos. Para ser campeão, bastava agora a Franchitti vencer a corrida, mesmo que Power ficasse em segundo. E o momento da corrida aconteceu na volta 135, quando Power tocou no muro quando tentava passar o retardatário Ryan Hunter-Reay. A suspensão ficou danificada, ainda chegou às boxes para tentar reparar a suspensão danificada e voltar à pista, mas poucas voltas depois, decidiu encostar de vez, dando definitivcamente o título a Franchitti.

Quando a corrida recomeçou, na volta 152, Marco Andretti ficou na primeira posição, seguido por Dixon e Hélio Castro Neves. Franchitti caiu para o quarto posto, numa toada mais cautelosa, para terminar a corrida. Até ao fim houve duas paragens por bandeiras amarelas: na volta 166, devido a destroços na pista, e na volta 174, quando a venezuelana Milka Duno bateu no muro. No final, Dixon venceu e a americana Danica Patrick acabou em segundo lugar, repetindo o seu melhor resultado do ano. Tony Kanaan foi terceiro e Dario Franchitti, já campeão, chegou ao fim na oitava posição.

domingo, 19 de setembro de 2010

Indy: Castro Neves venceu no Japão

A oval de Motegi é o unico sitio onde a Indy corre fora do continente americano, e está ali por imposição da Honda, a fabricante de todos os motores desta categoria monomarca... e nesta madrugada, o brasileiro Helio Castro Neves conseguiu vencer pela segunda vez consecutiva este ano, à frente de Dario Franchitti e Will Power, fazendo com que a decisão pelo título da categoria aconteça na última oval do ano, em Homestead, na Florida. Power, da Penske e Franchitti, da Chip Ganassi, estão agora separados por doze pontos.

Castro Neves, que tinha feito a pole-position no dia anterior, largou na frente, com Ryan Briscoe, Dario Franchitti e Marco Andretti logo atrás. Will Power, que partia da terceira posição, caiu para quinto no final da primeira volta. Mas logo na segunda volta acontecia a primeira situação de bandeiras amarelas quando o belga Bertrand Baguette bateu no muro.

Quando a corrida recomeçou, Franchitti atacou Briscoe, mas o australiano se defendeu das investidas. Castro Neves aproveitou e alargou ainda mais a liderança, e nas voltas seguintes, não houve alterações de monta, excepto o facto de Castro Neves estar cada vez mais rápido e a distanciar-se dos seus adversários. E assim foi até à volta 42, quando o carro do britânico Alex Lloyd ficou parado na pista, fazendo com que os carros parassem nas boxes para o primeiro reabastecimento.

Na saída, os três primeiros mantiveram as posições, enquanto que Kanaan passou Andretti e Power teve uma paragem mais prolongada e caiu para o nono posto. As coisas ficaram assi até à volta 68, quando o brasileiro Mario Moraes bateu forte no muro, tendo de ser levado para o centro médico do circuito devido a queixas nas costas, mas as lesões não eram graves. A corrida teve de ser neutralizada pela terceira vez, enquanto que alguns pilotos aproveitavam a ocasião para parar nas boxes.

Quanto a corrida recomeçou, Franchitti, que seguia em terceiro, reagiu rápido e passou Castro Neves e Briscoe. Contudo, os dois pilotos da Penske devolveram a manobra sobre o escocês e recuperaram as posições, e pouco depois estavam na liderança quando os dois primeiros de então, o brasileiro Rafael Matos e o japonês Hideki Mutoh, foram às boxes para reabastecer.

Na volta 116, Paul Tracy raspa o seu carro no muro e as bandeiras amarelas são novamente mostradas. Os pilotos aproveitam para ir às boxes, onde no recomeço, Castro Neves mantêm a liderança, seguido por Briscoe, Franchitti, Danica Patrick e Will Power. O escocês conseguiu ultrapassar Briscoe assim que surgiu a bandeira verde assumindo o segundo lugar, ao mesmo tempo que Castro Neves voltava a abrir rapidamente para o restante do pelotão.

Perto do fim, Alex Lloyd, que tinha voltado à corrida, bateu forte no muro da Curva 2 e obrigou a nova situação da bandeiras amarelas, no qual se aproveitou para que os da frente reabastecessem uma última vez. O recomeço da corrida acontece na volta 166, com Helio na frente e Power a ultrapassar o seu companheiro de equipa Briscoe, para assumir a terceira posição. Na frente, Castro Neves não demorou para impor uma diferença superior a um segundo sobre Franchitti e a manter até à bandeira de xadrez.

Franchitti e Power ficaram com os restantes lugares do pódio, enquanto que a seguir ficaram o australiano Briscoe e a americana Patrick, a melhor representante feminina nesta corrida, à frente de Scott Dixon. Agora tudo fica à espera do dia 2 de Outubro, altura da corrida de Homestead, palco do encerramento da temporada 2010 da IndyCar Series.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

IndyCar: Will Power vence em Sonoma

O australiano Will Power venceu esta noite a corrida de Sonoma, uma prova onde dominou do principio até ao fim, obtendo a sua quinta vitória do ano e consolidando a liderança do campeonato IndyCar. Power venceu à frente dos Chip Ganassi de Scott Dixon e Dario Franchitti, enquanto que o melhor brasileiro foi o Penske de Helio Castro Neves, quinto classificado.

Foi uma corrida sem grande história. Partindo da pole-position, Power controlou os seus adversários ao longo das 73 voltas ao circuito californiano, o primeiro incidente aconteceu mesmo nos primeiros metros, quando Dan Wheldon foi tocado por detrás pelo belga Bertrand Baguette, que o faz capotar. A bandeira verde só foi mostrada na quarta volta da corrida.

A partir dali, os pneus tiveram o seu papel, ao se desgastarem de forma prematura, fazendo com que Franchitti tivesse de ir Às boxes com um furo na volta 26. Power só parou na volta 29 para fazer a devida troca e prosseguir na liderança. Depois, a bandeira amarela foi mostrada mais duas vezes, na volta 33 por causa de Milka Duno, e depois na volta 36, quando os americanos Marco Andretti e J.R. Hildebrand se tocaram, deixando este último parado na gravilha.

Quando a corrida recomeçou, na volta 40, Power abriu vantagem sobre o seu compatriota Ryan Briscoe, Dario Franchitti, Scott Dixon e Helio Castro Neves. Depois de nova janela para ir às boxes, Franchitti tinha um novo jogo de pneus, mais duro, mas menos eficaz. Estando na segunda posição, foi ultrapassado por Dixon, que tentou diminuir a distância para Power.

Na volta 64, nova situação de bandeiras amarelas, quando Takuma Sato tentava passar Raphael Matos, e logo atrás, Ernesto Viso e Bertrand Baguette tentaram fazer a mesma manobra, mas estes se tocaram, com o belga a ficar na gravilha, e os carros tiveram de ficar atrás do Pace Car. Quando recomeçou, Dixon pressionou Power, mas este defendeu-se dos ataques do neozelandês e conseguiu chegar à meta do mesmo lugar de onde partiu: do primeiro.

Com esta vitória, Will Power tem agora 514 pontos e tem uma vantagem de 59 sobre Franchitti, quando faltam cinco provas para o final do campeonato. É uma vantagem importante, mas isso não significa que tudo esteja resolvido. A próxima prova é na oval de Chicago, no próximo dia 28 de Agosto.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Noticias: pilotos da IndyCar criam sua própria entidade

Na Formula 1 existe há mais de quarenta anos o Grand Prix Drivers Association (GPDA), que serve para defender os interesses dos pilotos, mas nos Estados Unidos, até aos dias de hoje algo semelhante não existia. Contudo, isso vai mudar. A entidade, que ainda não tem nome oficial, foi constituída esta semana e será liderada pelo escocês Dario Franchitti, que terá como adjuntos o brasileiro Tony Kanaan e o inglês Justin Wilson, e terá como objectivos dialogar com as entidades oficiais com o objectivo de melhorar a categoria.

"Muitos de nós sentam e conversam, mas ter todos numa mesma sala é a nossa meta. Vamos ouvir a opinião de todos sobre a segurança e sobre as coisas que vemos na pista e os outros não vêem. É um novo tempo que está a vir", disse Franchitti, em declarações captadas pelo sitio brasileiro Tazio.

O presidente da IndyCar Racing, Brian Barnhart, ficou satisfeito com a iniciativa dos pilotos: "Sempre tentei ser acessível para qualquer piloto por qualquer motivo que eles tivessem. Tudo que puder ser feito de uma forma mais organizada, vou apoiar.", afirmou.

domingo, 8 de agosto de 2010

IndyCar: Franchitti bate Power e vence em Mid-Ohio

Se a temporada de 2010 da Indy tem sido uma luta entre Penske e Chip Ganassi, desta vez, a última equipa levou a melhor, com o escocês Dario Franchitti a vencer depois de uma luta contra o Penske do australiano Will Power, que o superou na primeira parte da corrida e resistiu ao seu ataque nas voltas finais. O brasileiro Helio Castro Neves completou o pódio.

A corrida começou com Will Power na pole-position, lugar que manteve após a largada, enquanto que logo atrás, um surpreendente Takuma Sato era segundo, passando Franchitti, mas na quarta volta, conseguiu ultrapassar o "rookie" japonês. As coisas se mantiveram assim até à primeira janela de oportunidade nas boxes, na volta onze, altura em que Tony Kanaan foi o primeiro a parar. Na volta 24 aconteceu a primeira situação de bandeiras amarelas, quando Justin Wilson e Ernesto Viso tocaram-se na curva quatro, ficando presos na gravilha.

Nessa oportunidade, boa parte dos pilotos foi às boxes e um deles, o americano Ryan Hunter-Reay, saiu entre Castro Neves e o australiano Ryan Briscoe, tocando nos dois e provocando um furo, que o fez arrastar-se àté ás boxes, caindo para os últimos lugares. Mesmo assim recuperou o suficiente para acabar a corrida no décimo posto.

Quando as bandeiras amarelas foram retiradas, o canadiano Alex Tagliani e o brasileiro Tony Kanaan eram os dois primeiros, e nos primeiros metros, Kanaan consegue ultrapassá-lo e ficar com o primeiro lugar. contudo, poucos instantes depois, Takuma Sato despista-se e causa nova interrupção. Quando voltou, Kanaan tinha de parar na volta 43 e Tagliani ficou na liderança, abrindo uma diferença que chegava aos dois segundos, com Franchitti no segundo lugar, sem se aproximar do canadiano. Will Power era terceiro, com Helio Castro Neves em quarto e a aproximar-se.

Entre as voltas 55 e 60, nova janela de paragens nas boxes para reabastecimento, e quando as coisas se acalmaram, era Franchtitti o lider, à frente de Power, Castro Neves, Tagliani e Briscoe. Até ao final, mais duas situações de bandeiras amarelas provocadas pelo estreante italiano Francesco Dracone, e após a relargada, Power tentou pressionar Franchitti, mas o escocês resistiu até ao final, dando a vitória à Ganassi.

A melhor mulher desta vez foi a suiça Simona di Silverstro, que foi oitava classificada, muito à frente de Danica Patrick, 21ª e a demonstrar não ser nada boa em circuitos tradicionais, e da venezuelana Milka Duno, 23ª a... quatro voltas do lider.

A próxima prova da temporada de 2010 da IndyCar series acontecerá a 22 de Agosto, no circuito californiano de Sonoma, o terceiro circuito convencional seguido no calendário.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ou melhora ou não corre, Milka Duno!

No inicio da corrida de ontem em Edmonton, a primeira a abandonar a competição foi a venezuelana Milka Duno, logo na primeira volta. Se vermos a coisa de forma isolada, não há nada de especial, mas para quem acompanha a IndyCar desde há algum tempo, sabe que a piloto de 38 anos é a "chicane móvel" da competição, sempre a incomodar quem corre muito mais rápido do que ela. E não digo isto por motivos sexistas: uma das discussões mais famosas envolveu a ela e outra mulher, Danica Patrick...

Pois bem, os embaraços foram longe demais e a IndyCar Series colocou uma espécie de ultimato: ou ela melhora significativamente as suas performances, ou a sua licença será revogada no final desta temporada. A razão até nem aconteceu em Edmonton, mas sim em Toronto, na semana passada, onde foi presenteada com uma bandeira preta, por ser demasiado lenta na pista.

O administrador executivo da Indicar, Randy Bernard, afirma que não querer "expulsar nenhum patrocinador do paddock, mas temos que proporcionar aos fãs uma competição credível.", referiu. Pois é: carinha bonita pode ser muita coisa mas não é tudo, e ali trabalha-se com seriedade.

Indycar: Castro Neves penalizado, Dixon vence em Edmonton

Parece que em ambos os lados do Atlântico, os pilotos brasileiros estão a ter um mau dia. Depois da Ferrari ter ordenado a Felipe Massa a abdicar da vitória a favor de Fernando Alonso, agora no circuito canadiano de Edmonton, o Penske de Helio Castro Neves foi o primeiro a cortar a meta, mas foi penalizado pelos comissários desportivos, numa decisão pouco entendida pelos observadores, mas aparentemente aconteceu por bloquear o australiano (e companheiro de equipa!) Will Power, a duas voltas do fim. No final, o neozelandês Scott Dixon, da Chip Ganassi, foi declarado vencedor da corrida canadiana.

O momento da corrida aconteceu a três voltas do fim, após o recomeço da corrida quando numa disputa de posição, o piloto brasileiro decidiu bloquear o seu companheiro Will Power por uma vez, impedindo este de o atacar a liderança. Os comissários da IndyCar reagiram logo e penalizaram-no. Logo a seguir, Dixon passou Power, ficando com o segundo lugar, herdando assim a vitória. Quanto a Castro Neves, caiu para o décimo posto, o último lugar dos que ficaram na mesma volta do que o vencedor.

Esta chegada polémica apimentou uma corrida disputada entre Penske e Chip Ganassi, sem incidentes de maior. Na largada, Will Power era o lider, seguido por Castro Neves, Dixon, Franchitti, Briscoe e a suiça Simona di Silverstro. No final do pelotão, o brasileiro Tony Kanaan, que largava do último lugar após um acidente nos treinos, fazia uma prova de trás para a frente, subindo sete posições em menos de vinte voltas.

A partir da volta 33, os lideres começaram a aproveitar a primeira janela de reabastecimento para o fazer, mas não houve alterações de monta. E a primeira situação de bandeiras amarelas aconteceu somente na volta 46, quando o britânico Alex Lloyd ficou parado no meio da pista. A interrupção demorou pouco tempo, mas quando voltou, esta durou duas voltas, pois o venezuelano Ernesto Viso tocou em Simona de Silverstro, fazendo com que ela batesse no muro de pneus. A suiça voltou à pista, e nova relargada aconteceu pouco depois, mas nas primeiras curvas, Tony Kanaan envolveu-se num toque com o canadiano Alex Tagliani e com Mario Romancini. Kanaan continuou, os outros dois ficaram pelo caminho.

Após nova largada, os Penske de Power e Castro Neves decidiram acumular segundos face à concorrência, liderada por Fanchitti e Dixon, que conseguiram passar Briscoe. O veterano Paul Tracy era sexto. Na volta 78, depois da última passagem pelas boxes para reabastecer, Castro Neves pressionou Power e alcançou a liderança, parecendo que iria ganhar esta corrida até que novo acidente com Simona di Silvestro causou a amostragem de bandeiras amarelas.

Com a corrida neutralizada até a três voltas do fim, foi no recomeço é que se deu o momento mais quente da corrida, explicada anteriormente. Uma decisão que não foi aceite de bom tom por Castro Neves, que mal saiu do carro, foi pedir satisfações ao director de corrida, chegando até a puxá-lo pelo colarinho da camisa. Mas a decisão já tinha sido tomada, e a Penske decidiu recorrer.

Com Dixon, Power e Franchitti no pódio, nos lugares seguintes ficaram o australiano Briscoe, o americano Hunter-Reay e Paul Tracy, com Mario Moraes a ser o melhor dos brasileiros. Danica Patrick foi a melhor representante feminina, terminando num apagado 15º lugar.

A próxima corrida da IndyCar Series é a 8 de Agosto, no circuito de Mid-Ohio.

domingo, 18 de julho de 2010

IndyCar: Will Power vence em Toronto

Foi uma corrida um pouco mais movimentada do que o normal, mas no final, o australiano Will Power conseguiu evitar as armadilhas e venceu a corrida de Toronto, a quarta do ano, e ampliando cada vez mais a liderança do campeonato 2010 da IndyCar Racing.

A corrida foi agitada, teve sete bandeiras amarelas ao longo dela, grande parte delas a acontecerem quase no mesmo local. No começo, Power, que era o segundo na grelha, perdeu esse lugar, caindo para o sétimo lugar, no final da primeira volta. Atrás de Justin Wilson, Helio Castro Neves e Ryan Hunter-Reay esperavam por uma melhor oportunidade, algo que não aconteceu nas primeiras dezasseis voltas, até que o carro de Takuma Sato bateu no muro, causando a primeira situação de bandeiras amarelas.

Por essa altura, todos menos Paul Tracy e Vitor Meira, aproveitaram para ir às boxes fazer o seu primeiro reabastecimento. Quando a corrida recomeçou, esta durou apenas mais alguns metros, pois quando Castro Neves tentou passar o seu compatriota Vitor Meira, tocou na sua roda traseira, bateu no muro e acabou nos pneus. Apesar de sair sem problemas do carro, a sua corrida terminava ali.

Cinco voltas mais tarde, a corrida recomeçou... mas por pouco tempo. O brasileiro Mario Romancini e o britânico Alex Lloyd tocaram-se e foram ao muro, causando nova saída do Pace Car. A partir daqui, e após mais uma nova relargada efémera e consequente nova batida no muro, de novo com Mario Romancini e Mario Moraes, que acabou por abandonar de vez a corrida.

Na largada, formou-se um trio de pilotos constituido por Dario Franchitti, Will Power e Justin Wilson, que se destacaram do pelotão, e com o piloto da Penske a pressionar fortemente o da Chip Ganassi, e foram estes os pilotos que animaram a corrida até ao fim. Na volta 54, Franchitti parou, seguido por Wilson e Power, com o inglês e ficar na frente e a imprimir um riutmo forte, no sentido de se afastar dos outros, abrindo uma vantagem de três segundos.

Contudo, nova situação de bandeiras amarelas, causado pelo toque entre Raphael Matos e Marco Andretti, que acabou por fazer rodar o brasileiro e a ser abalroado pelo venezuelano Ernesto Viso, causando nova amostragem de bandeiras amarelas, a sexta da corrida. Na nova relargada, Power foi agressivo e passou Wilson, que pouco depois se despistou, perdendo algumas posições. Essa manobra foi a decisiva, pois pouco depois, nova batida e a neutralização da corrida até a oito voltas do final.

Na meta, Power comemorava a quarta vitória do ano, acompanhado no pódio por Franchitti e de Hunter-Reay. Tony Kanaan foi o melhor brasileiro, no quarto posto, à frente de Graham Rahal e Danica Patrick, a melhor representeante feminina. Justin Wilson foi sétimo e Simona di Silvestro teve a sua melhor posição do ano, acabando no nono lugar. A IndyCar regressa na próxima semana, quando correr em Edmonton, a segunda pista canadiana do calendário.

domingo, 4 de julho de 2010

Indy: Will Power vence em Watkins Glen

Depois de duas semanas de ausência, a Indy voltou à competição numa pista convencional, neste caso o clássico circuito de Watkins Glen, no estado de Nova Iorque, com o australiano Will Power a conseguir a sua terceira vitória do ano, dando mais uma à Penske e a alargar a sua liderança nesta temporada.

Power controlou a corrida quase desde o inicio, quando partiu da frente, perdendo apenas por alturas dos reabastecimentos. Contudo, na volta 39, quando fazia a sua segunda paragem nas boxes, demorou mais um pouco e foi superado por Ryan Briscoe. O seu compatriota segurou a liderança por algum tempo até que uma situação de bandeiras amarelas, causada pelo acidente da suiça Simona di Silvestro, fez com que Power atacasse a liderança de Briscoe e a recuperasse. Este ainda perdeu o segundo posto a favor de Dario Franchitti, no seu carro da Chip Ganassi, mas na última volta conseguiu ultrapassá-lo e ficar com a posição intermédia do pódio.

Atrás destes três ficaram dois brasileiros: Raphael Matos e Mario Moraes, que tiveram aqui as suas melhores posições do ano. No caso de Matos, igualou a posição final que teve em São Paulo, enquanto que o lugar obtido pelo piloto da KV supera o sexto lugar que obteve nas ruas de Long Beach.

Watkins Glen assistiu também ao regresso do veterano piloto canadiano Paul Tracy, que substituiu Mike Conway, que está ainda a recuperar dos seus ferimentos em Indianápolis. Tracy teve um desempenho discreto e terminou na 14ª posição, à frente de outro estreante, o norte-irlandês Adam Carrol, que foi 16º na sua primeira corrida na Indy. Já Danica Patrick foi a melhor das representantes femininas, ao terminar num discretissimo 20º lugar.

A Indy volta à acção nas ruas de Toronto, no Canadá, no fim de semana de 17 e 18 de Julho.

domingo, 20 de junho de 2010

Indy: Vitória para Kanaan no Iowa, Castro Neves no pódio

Ao mesmo tempo que decorria o jogo entre a Costa do Marfim e o Brasil, na oval do Iowa, Tony Kanaan e Helio Castro Neves davam uma dobradinha brasileira na prova da Indy Car Series, com um surpreendente Ernesto Viso a completar o pódio, naquele que é o seu melhor resultado na história da série americana.

Foi uma corrida agitada desde o inicio. Logo na volta de arranque, Justin Wilson e Mario Moraes bateram, causando a primeira situação de bandeiras amarelas. Somente treze voltas depois é que a corrida recomeçou, com Power, o "poleman", a perder a liderança para o americano Marco Andretti, seguido pelo escocês Dario Franchitti, o escocês Scott Dixon, o brasileiro Helio Castro Neves e... o japonês Takuma Sato. Vindo de trás, e depois de partir da 15ª posição, vinha Tony Kanaan.

Na volta 54, nova situação de bandeiras amarelas devido a detritos na pista, e isso levou a que todos parassem para reabastecer. Com isto, Franchitti passou a liderar, seguido por Kanaan, Castro Neves e Dixon. Os pilotos da Chip Ganassi trocavam a liderança entre si, com o piloto da Andretti à espreita para uma oportunidade de os passar na frente. Isso aconteceu na volta 120, e passou a revezar esse posto com Franchitti, com Dixon, Ryan Hunter-Reay e Takuma Sato um pouco atrás.

As coisas se mantiveram até à volta 170, quando o japonês da KV bateu no muro e causou nova situação de bandeiras amarelas. Os pilotos aproveitaram esta ocasião para rumarem às boxes, e quando regressaram à pista, Franchitti era o lider, com Castro Neves e Kanaan logo atrás. No recomeço, Franchitti teve problemas e atrasou-se irremediavelmente, passando o comando para Castro Neves, com Kanaan na segunda posição, abrindo bastante para o resto do pelotão. E a dez voltas do fim, Kanaan fica definitivamente com a liderança para fazer uma dobradinha brasileira, algo que já não se via há muito tempo.

No pódio, para para além de Kanaan e Castro Neves, o venezuelano Ernesto Viso ficou com o terceiro posto, conseguindo o seu primeiro pódio na Indy Car. Nas posições seguintes ficaram classificados os australianos Ryan Briscoe e Will Power, o neozelandês Scott Dixon, o brasileiro Vitor Meira, os americanos Ryan Hunter-Reay, Graham Rahal e Danica Patrick, a única representante feminina a chegar ao fim.

No campeonato, Will Power retomou a liderança do campeonato, com 274 pontos, seguido por Scott Dixon, com menos onze do que o lider. Franchitti é o terceiro com 260 pontos, seguido por Helio Castro Neves, com 251 pontos. Danica Patrick é a melhor mulher, na 11ª posição, com 178 pontos. A Indy faz agora uma pausa de duas semanas para voltar a correr no feriado do 4 de Julho em Watkins Glen.

domingo, 6 de junho de 2010

Indy: Ryan Briscoe vence com consistência no Texas

Uma semana depois das 500 Milhas de Indianápolis, a Indy avança de forma alucinante no calendário. ESte fim de semana correu em mais uma oval, a do Texas, onde se estreou em termos nocturnos. E se na prova mais importante do ano, a Chip Ganassi saiu vencedora, graças ao escocês Dario Franchitti, esta madrugada, a Penske voltou a ser melhor pela quarta vez este ano, graças a Ryan Briscoe, que aproveitou o facto de largar na pole-position para fazer uma prova consistente e liderar nas vinte voltas finais para conseguir vencer pela primeira vez este ano.

A primeira parte da corrida não foi muito emocionante, com os quatro primeiros da grelha a manter as suas posições. Na volta 46, quando a corrida foi interrompida devido a detritos na pista, o escocês Dario Franchitti, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis, saltou para a liderança, deixando Briscoe na quinta posição. O australiano recuperaou duas posições depois de uma segunda situação de bandeiras amarelas, causada pelo acidente do japonês Takuma Sato.

Contudo, o incidente que causou maior preocupação foi com a que envolveu a "rookie" suiça Simona di Silvestro. Batendo na volta cem, o carro pegou fogo e ela ficou presa, tendo dificuldades em sair do bólide. No final, os bombeiros conseguiram apagar o fogo e tirá-la em segurança, com uma ligeira queimadura na mão direita.

Novo acidente, na volta 129, a envolver dois pilotos brasileiros, Hélio Castro Neves e Mario Moraes, causou mais uma situação de bandeiras amarelas e ida às boxes, do qual aproveitaram Alex Tagliani e Will Power, que corriam uma estratégia diferente. Franchitti era o terceiro, seguido por Scott Dixon, Briscoe e o Andretti de Danica Patrick.

E quando a bandeira verde foi mostrada, a corrida continuou sem paragens até à 228ª e úlitma volta. Tagliani e Power tiveram de parar, enquanto que Franchitti perdeu o ritmo e tempo, caindo para o quinto lugar final. Na frente, Briscoe lutou pela vitória com Danica Patrick, e esta chegou até a estar na liderança, quando ambos pararam na volta 208. Contudo, o australiano reagiu e voltou ao comando uma volta mais tarde, para não mais o largar, e assim conquistar a sua primeira vitória do ano, quarta da Penske.

Danica Patrick foi segunda, conseguindo o seu primeiro pódio do ano e a conseguir continuar na senda dos seus bons resultados, tal como Marco Andretti, que acabou no terceiro posto, contribuindo para um bom resultado global para a Andretti Racing.

Apesar de Dario Franchitti ter acabado no quinto lugar, o escocês assumiu a liderança do campeonato com 246 pontos, três a mais que o australiano Will Power, que terminou a corrida num discreto 14º lugar. Helio Castro Neves é o melhor brasileiro, com 211 pontos e o quarto lugar da classificação geral, enquanto que Danica Patrick subiu para o 11º posto.

A Indy continuará a correr em ovais no próximo dia 20 de Junho, em Iowa.

domingo, 30 de maio de 2010

500 Milhas de Indianápolis: Franchitti vence num final acidentado

Nas 500 Milhas de Indianápolis, o vencedor será sempre decidido no momento em que cruza a meta. Literalmente. E como prova de que tudo pode acontecer até ao último metro, e a melhor prova disso foi o que sucedeu com o inglês Mike Conway, que voou na última curva devido a uma colisão com o americano Ryan Hunter-Reay. Neste momento, sabe-se que está magoado, mas que os ferimentos não são graves.

Mas para chegarmos a este resultado final, devemos recuar duzentas voltas, até ao inicio. Com Helio Castro Neves como "poleman", após as habituais três voltas de aquecimento, a partida da corrida mais importante do ano no calendário da agora IndyCar Series, dada pelo veterano ator de Hollywood, Jack Nicholson, começou com Franchitti a ultrapassar o brasileiro, mas três curvas depois eram mostradas as primeiras bandeiras amarelas, quando o carro de Davey Hamilton bateu no muro à saída da Curva 2.

Pouco depois, a corrida recomeçou, mas a situação durou pouco tempo, pois na volta sete foi a vez de Bruno Junqueira bater no muro. Pouco depois, foi a vez de outro brasileiro, Mario Moraes, mas o toque foi menor, fazendo com que pudesse ir às boxes fazer as devidas reparações, embora se atrasasse muito.

Entretanto, quem vinha do último lugar da grelha, depois de uma péssiam qualificação, era Tony Kanaan, que ultrapassava tudo e todos, aproveitando uma boa afinação e chegando aos lugares intermediários. Por esta altura, já tinham acontecido outros incidentes, nomeadamente uma paragem catastrófica para o carro de Will Power, que ficou com o bocal da sua mangueira de reabastecimento no seu carro, fazendo com que tivesse de fazer uma paragem extra para cumprir um "drive through".

Outro que fazia uma boa prova era Raphael Matos, que a meio da prova já era terceiro classificado. Contudo, uma má paragem nas boxes, no qual perdeu uma roda, fez com que se atrasasse na classificação. Pouco depois, bateu forte no muro, terminando ali a sua tarde competitiva.

Na volta 143, foi a vez de Kanaan, Franchitti e Castro Neves pararem, com o brasileiro da Penske a perder tempo quando deixou morrer o motor. Por esta altura, Marco Andretti entrava nos lugares da frente, no quarto lugar, atrás de Kanaan, Franchitti e Castro Neves. E por esta altura, nova situação de bandeiras amarelas quando o estreante colombiano Sebastian Saavedra bateu no muro. Castro Neves faz uma paragem rápida, e na volta 165, quando recomeçou a corrida, só Mike Conway, Justin Wilson, Helio Castro Neves e Graham Rahal não tinham parado, dando-lhes hipóteses de lutar pela vitória.

A partir daqui, as emoções cresciam à medida que as voltas finais se iam esgotando. O nervosismo miudinho aumentava, pois se estava a jogar um algo parecido com poquer, com o "bluff" em forma de saber se os que tinham parado iam até ao fim ou não, especialmente os carros de Wilson, Kanaan, Rahal e Casto Neves. Um por um, eles iam para a boxe e na volta 192, quando o brasileiro da Penske foi para lá, já se sabia que Dario Franchitti seria o vencedor.

Para os brasileiros, ainda havia a hipótese Kanaan, o que seria fabuloso se conseguisse levar o carro até ao fim no pódio, algo quase inédito na história da competição, mas na volta 196, isso esfumou-se com a sua rápida paragem nas boxes. E tudo indicava que Franchitti comemorasse a sua segunda vitória no Brickyard, quando Ryan Hunter-Reay e Mike Conway "roubaram" o momento, com uma espectacular colisão à entrada da curva 4. O inglês ficou ferido no pé, mas a sorte e a tecnologia de que são feitos estes carros evitaram o pior. A acompanhar Franchitti no pódio foram o inglês Dan Wheldon e o americano Marco Andretti, enquanto que Danica Patrick foi a melhor representante feminina ao terminar no quinto posto.

E foi assim a 94ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, uma daquelas corridas que vale a pena ver, seja ele ao vivo ou na televisão. A emoção e o mito que vem de trás justificam-se plenamente.