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Cantar abril, hoje e sempre!

2024, Jornal A Tarde

Artigo de opinião sobre a Revolução dos Cravos (Portugal), manifestações e apresentações artístico-culturais.

OPI N IÃO SALVADOR QUINTA-FEIRA 25/4/2024 DESTAQUES DO PORTAL A TARDE Corpos achados em barco no Pará são sepultados Cachoeira recebe cursos do Conselho de Enfermagem atarde.com.br/brasil atarde.com.br/portalmunicipios A3 www.atarde.com.br 71 3340-8991 (Cidadão Repórter) 71 99601-0020 (WhatsApp) Polícia Federal / Divulgação EDITORIAL Transporte responsável Um dos indicadores de desenvolvimento afetivo e empático de uma nação, comunidade ou condomínio está nos cuidados com animais não-humanos, reabrindo-se o tema do transporte responsável após a morte do cachorro Joca. As explicações e respostas da companhia aérea às questões sobre a segurança dos passageiros especiais podem refletir o grau de maturidade nacional em relação ao relacionamento e respeito com os chamados “pets”. O episódio, capaz de emocionar a cidadania engajada, sensibilizou até o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao cobrar explicações da empresa Gol e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), pela falha na fiscalização do voo. Sinceramente sentido com as circunstâncias da morte do pet e solidário à dor de seu tutor, o chefe de estado O episódio serve para lição necessária: nenhuma brasileira e brasileiro têm a prerrogativa de ignorar a Constituição Federal uniu-se ao clamor da população, usando hoje gravata com o desenho de um cachorrinho. Senão por dolo (quando há intencionalidade) ou negligência, há fortes indícios de estupidez e de maus tratos (Lei 14.064/2020), pois a viagem para Sinop, no Mato Grosso, foi desviada de Guarulhos, São Paulo, para Fortaleza. As pouco mais de duas horas previstas para a chegada do peludo da raça Golden Retriever, de 5 anos, multiplicaram-se por quatro, com o bate-volta do Ceará para a capital paulista, onde o querido de quatro patas chegou sem vida. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, quer saber da presidência da Anac as condições de monitoramento dos voos, com indício de serem os pets tratados com menor atenção, resultando no absurdo. O episódio serve para lição necessária: os gestores da GolLog, bem como nenhuma brasileira e brasileiro, têm a prerrogativa de ignorar a Constituição Federal. No artigo 225 da Lei maior da República está escrito: “Incumbe ao poder público e à coletividade, o dever de zelar, de respeitar, de cuidar, de proteger os animais, além de vedar práticas que produzam crueldade”. Cumpra-se! As charges publicadas neste espaço expressam as opiniões de seus autores TÚLIO CARAPIÁ Conquista da consciência Divaldo Franco Professor, médium e conferencista O Cantar Abril, hoje e sempre! Vanessa Cavalcanti Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo da Universidade Federal da Bahia Antonio Carlos da Silva Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Centro de Estudos Globais da Universidade Aberta N a programação de espetáculos – musicais, literários, teatrais – que compõem as celebrações do jubileu de Abril, o concerto “O rapaz de cravo ao peito”, realizado no último sábado no Salão Brasil, em Coimbra, foi sublime. Com concepção e performance do trio Vânia Couto, Buga Lopes e Constança Ochoa tivemos uma manhã com “canções cheias de memórias que entrelaçaram palavras dos livros biográficos e infantis sobre Zeca Afonso” (conforme o libreto) que fez muito bem ao coração e alimentou nossas almas. O público, considerando que se tratava de um evento dedicado à infância, estava radiante. A chuva primaveril, em conso- Fundado em 15/10/1912 Presidente: JOÃO DE MELLO LEITÃO nância com a cadência poética das letras musicais e da prosa desta personagem essencial para compreensão e importância das conquistas da “Revolução dos Cravos”, estabeleceu uma ditosa comunhão estética entre os pais e seus rebentos – miúdos entre 5 e 12 anos. O cantar, harmonioso entre as partituras e as histórias entoadas, foi magistralmente conduzido pela carismática Vânia Couto, mezzo-soprano de belíssima voz que tem na extensão do próprio corpo o complemento melodioso de sua guitarra. A partilha equilibrada com Buga Lopes (voz, violão e percussão) e Constança Ochoa (voz) seguia, mais do que o roteiro programado, o pulsar cordial dos grandes e dos pequenos. Um espetáculo sem paredes, com interação e participação contínua de toda a gente que, desde as primeiras notas, cingiu um mosaico de canções a embalar o idílio libertário. Destacamos, neste passeio, o livro “Um menino chamado Zeca”, de José Jorge Letria, ilustração de Miguel Gabriel (Oficina do Livro, 2013), utilizado pelo trio para ludicamente elucidar os anos de formação e aprendizado do menestrel ho- CONTROLLER: Lucas Lago RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Luciano Neves COMERCIAL: Marluce Barbosa MARKETING: Eduardo Dute A TARDE E MASSA!: Luiz Lasserre CONTEÚDOS E PROJETOS ESPECIAIS: Mariana Carneiro PORTAL A TARDE: Caroline Gois RÁDIO A TARDE FM: Jefferson Beltrão menageado. Nesta sinfonia chamada Liberdade, prevaleceram as sonatas e scherzos em versões inebriantes de “O menino do bairro negro”, “Venham mais cinco”, “No comboio descendente”, “Redondo Vocábulo” e, para manter inflamadas as centelhas da emancipação, “Grândola, Vila Morena”, sob a batuta da maestrina Vânia, em um mágico adagietto que levantou a plateia. Todos a marcar o passo ao ritmo contagiante e revolucionário de abril. O final, apoteótico, fez referência àquele menino que nasceu com um cravo vermelho a germinar no peito. O José Afonso cresceu, criou canções que (ainda) pulsam nos mais distintos rincões deste país e, a cada novo abril, desabrocham em sua plenitude na alegoria dos craveiros em flor. Após este espetáculo, inesquecível, nós saímos com uma certeza irrefutável. Enquanto não houver liberdade para todos, “aqui ninguém larga a mão” (2024). Minha, tua, nossa. Afirma a cantautora: “um mais um são muitos e muitas, de cravo na mão a cantar a revolução”. Viva Abril, hoje e sempre! ASSOCIADA À SIP SOCIEDADE INTERAMERICANA DE IMPRENSA MEMBRO FUNDADOR DA ANJ - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS ASSOCIADA AO IVC INSTITUTO VERIFICADOR DE COMUNICAÇÃO PREMIADA PELA SOCIETY FOR NEWS DESIGN ser humano contemporâneo, graças ao processo antropológico da evolução, alcança o elevado nível de consciência que o diferencia de todos os demais animais conhecidos. Anteriormente, acreditava-se que consciência era conhecimento e por muito tempo houve uma interpretação equivocada a respeito dessa conquista essencial para uma vida feliz. Nem sempre aquele que tem cultura encontra-se possuidor da consciência no seu sentido pleno. Por exemplo, em tempos próximos passados, os nazistas que dizimaram milhões de vidas por preconceito injustificado ou presunção, embora alguns fossem portadores de cultura, eram possuidores de inqualificável ausência de amor, compaixão, solidariedade, permitindo-se lastimáveis comportamentos, cujas feridas ainda estão muito vivas na conduta da sociedade. Notáveis psicólogos e especialistas no estudo das faculdades que caracterizam o ser humano destacaram a consciência como fundamental para a plenitude do ser. Anotaram, por exemplo, que existem quatro ou cinco níveis de consciência, que representam o estágio evolutivo no qual os indivíduos nos encontramos: consciência de sono sem sonhos, consciência de sono lúcida (ou desperta), consciência de si mesmo e consciência cósmica. Para Carl Gustavo Jung a consciência é a capacidade de discernir o bem do mal, o ético do anárquico e, num pequeno livro que escreveu celeremente – “Resposta a Jó” –, analisa o comportamento do personagem bíblico na opulência e na miséria, porém, mantendo-se confiante e tranquilo. Em razão desse processo, podemos compreender as diferenças de comportamento dos indivíduos em relação ao próximo e a si mesmo. Dois gêmeos univitelinos, apesar de gerados na mesma célula, apresentam, às vezes, níveis de consciência muito diferentes, sendo um cidadão probo e o outro vulgar e pernicioso. Nesse caso, percebemos que se encontram em diferentes estágios de evolução, em face da reencarnação que lhes vem propiciando as conquistas morais através de experiências pretéritas. Assim sendo, cabe ao indivíduo vivenciar quanto antes os valores espirituais aos equivocados únicos do imediatismo existencial. Como a vida física é temporária e as condições para a felicidade são muitas, é indispensável realizar-se a jornada com os cuidados morais que conduzem à consciência cósmica. Madre Teresa de Calcutá afirmava: “Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor”. Enquanto isso, André Luiz, por meio da mediunidade de Chico Xavier, preconiza: “A nossa felicidade será naturalmente proporcional em relação à felicidade que fizermos para os outros”. Desse modo, se desejas conscientizar-te da finalidade essencial da vida orgânica, utiliza-te do amor no seu mais elevado sentido e encontrarás a plenitude. SEDE: RUA PROFESSOR MILTON CAYRES DE BRITO, N.º 204, CAMINHO DAS ÁRVORES, CEP: 41.820-570, SALVADOR/BA, FALE COM A REDAÇÃO: (71)3340-8800, (71)3340-8500, FAX: (71)3340-8712 OU 3340-8713, DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA DAS 6:30 À MEIA-NOITE. SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS: DAS 9:00 ÀS 21 HORAS; SUGESTÃO DE PAUTA: [email protected], (71)3340-.8991. CLASSIFICADOS POPULARES: (71)3533-0855; CIRCULAÇÃO: (71)3340-8603; CENTRAL DE ASSINATURA: (71)3533-0850.