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Por Alessandra Saraiva, Valor — Rio


Antes mesmo da crise econômica causada pela pandemia, mais de 70% das empresas fundadas no país fechavam as portas em menos de dez anos de atividade, constatou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgada nesta quinta-feira com dados até 2018. Segundo o instituto, das empresas nascidas em 2008, apenas 25,3% continuavam de pé dez anos depois.

Essa tendência de curta duração das empresas brasileiras pode ser visualizada melhor na evolução da taxa de sobrevivência das companhias, conforme os anos de atividade. Ainda de acordo com o levantamento, das empresas fundadas em 2008, após o primeiro ano de atividade 81,5% permaneciam abertas.

Na prática, cerca de uma em cada cinco empresas fecharam as portas em menos de um ano em operação — ou 18,5% do total.

Com o passar do tempo, a taxa de sobrevivência das companhias no país diminui paulatinamente. Com cinco anos em operação, cerca de metade das empresas no Brasil já encerraram as portas: uma taxa de sobrevivência de 47,5% no quinto ano de atividade das empresas observadas pelo IBGE.

O estudo publicado hoje é um recorte do Cadastro Central de Empresas (Cempre), do IBGE. Em 2018, de acordo com dados do levantamento, o país tinha 4,4 milhões de empresas ativas, que davam ocupação a 38,7 milhões de pessoas.

Desse total, 32,3 milhões (ou 83,5%) eram assalariadas; e 6,4 milhões (16,5%) eram proprietários. Os salários e outras remunerações pagos por essas empresas somaram R$ 1,1 trilhão, com salário médio mensal de 2,7 salários mínimos, naquele ano. A idade média das empresas era de 11,6 anos.

Somente em 2018, a taxa de sobrevivência das empresas foi de 84,1%. Ou seja: de um total de 4,4 milhões de empresas ativas em 2017, cerca de 3,7 milhões permaneceram ativas naquele ano. Essa taxa de sobrevivência foi ligeiramente inferior à de 2017 (84,8%), informou o IBGE.

Além disso, o instituto informou que o saldo negativo de companhias em 2018, de 65,9 mil empresas, foi maior que o de 2017 (-22,9 mil empresas). O IBGE detalhou que, desde 2014 o saldo de empresas está negativo. Entre 2014 e 2018, o Brasil teve uma redução de 382,5 mil empresas e de 2,9 milhões de pessoas ocupadas assalariadas, informou o instituto.

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