Papers by Félix Rodrigues
XXIV Congresso de Antropologia da Ibero-América, 2019
Descobertas arqueológicas nos Açores e Madeira que demonstram uma ocupação pré-portuguesa das ilhas.
" ARQUIPÉLAGO. …, 2004
Twenty-nine lichens species were reported in samples from Azorean Cryptomeria japonica forests. O... more Twenty-nine lichens species were reported in samples from Azorean Cryptomeria japonica forests. One species, Ramalina peruviana Ach., is newly recorded for the Macaronesian Region. On Cryptomeria japonica, seven new lichen records were found for the Azores: ...
Copyright © 2014 António F. Rodrigues, Nuno O. Martins. This is an open access article distribute... more Copyright © 2014 António F. Rodrigues, Nuno O. Martins. This is an open access article distributed under the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited. In accordance of the Creative Commons Attribution License all Copyrights © 2014 are reserved for SCIRP and the owner of the intellectual property António F. Rodrigues, Nuno O. Martins. All Copyright © 2014 are guarded by law and by SCIRP as a guardian. A scrutiny of the contributions of key mathematicians and scientists shows that there has been much controversy (throughout the development of mathematics and science) concerning the use of mathematics and the nature of mathematics too. In this work, we try to show that arithmetical operations of approximation lead to the existence of a numerical uncertainty, which is quantic, path dependent and also dependent on the number system used, with mathematical and physical i...
" ARQUIPÉLAGO. Ciências Biológicas …, 2005
Page 1. SHORT COMMUNICATION ADDITIONS TO THE AZOREAN LICHEN FLORA ANDRÉ APTROOT & ANTÓNIO... more Page 1. SHORT COMMUNICATION ADDITIONS TO THE AZOREAN LICHEN FLORA ANDRÉ APTROOT & ANTÓNIO FÉLIX RODRIGUES APTROOT, A. & AF RODRIGUES 2005. Additions to the Azorean lichen flora. Arquipélago. Life and Marine Sciences 22A: 71-75. ...
Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira, 2018
Introdução De acordo com Bosworth (1905), os povos que os gregos designaram por fenícios, foram e... more Introdução De acordo com Bosworth (1905), os povos que os gregos designaram por fenícios, foram excelentes navegadores e empreendedores e exploraram ilhas e promontórios, rios e baías, um pouco por todo o mundo conhecido, desde a costa de Malabar na Índia às lagoas do Báltico. Tais povos de navegantes e comerciantes, também segundo os gregos, saíram de Tiro e Sidão levando as suas mercadorias até pontos distintos do Extremo Oriente, usando para tal uma ciência considerada por alguns como sendo muito rudimentar, mas há que admitir, que na verdade quanto maiores fossem os contactos com outras culturas, maiores seriam as artes e conhecimentos práticos que tais povos poderiam adquirir. Se é verdade que tais povos chegaram tão longe como se admite, e que todo e qualquer ser humano tem capacidade para aprender, então também deverá ser verdade que estes povos eram possuidores de um conhecimento de ponta na sua época e que pelo que se sabe, nenhuma outra civilização o possuía ou detinha. Foram também estes povos, ditos de fenícios, num período anterior a todos os registos históricos contemporâneos, que introduziram os primeiros caracteres escritos e que originaram praticamente todos os alfabetos do mundo ocidental, levando a um desenvolvimento intelectual, cultural e artístico sem precedentes. Vem isto a propósito das afirmações categóricas e infundadas daqueles que dizem que nenhum povo da antiguidade possuía o conhecimento técnico, cultural ou científico, capaz de navegar no Atlântico. É difícil conceber que um povo que é capaz de navegar desde o Mediterrâneo, ao Báltico, às costas da Índia ou até mesmo ao Golfo da Guiné, como é referido ter sido conseguido por Hanão (Hanno ou Hannon, Cartago, c. 500 a.C.-?440 a.C.), almirante cartaginês que empreendeu na primeira metade do século V a.C. uma viagem de colonização e exploração à costa atlântica de África, atingindo, pelo menos, a zona equatorial africana (Merlin, 1944), que não pudesse chegar mais longe em mar aberto, quando as correntes marítimas atlânticas empurram navegadores pelo mar fora, mesmo quando estes não o pretendiam. De nada serve uma opinião contra a natureza das coisas, porque a natureza das coisas é sempre muito mais forte do que toda e qualquer opinião. Tanto os estudos oceanográficos como os estudos paleoclimáticos, ou tão só os estudos das correntes marinhas dos mares do mundo (ver Juliano & Alves, 2007) provam que é possível ir de um ponto a qualquer outro ponto do planeta, por mar, e com muito pouco, mas nem sempre sem tragédia. A tragédia está quase sempre associada ao mau tempo e por isso mesmo é muito mais fácil navegar em determinados períodos do ano do que noutros, mesmo na atualidade, quando possuímos um conjunto vasto de tecnologias de ponta para a navegação. Mesmo nos dias de hoje temos embarcações fortes e fracas que se afundam no
Contexto ou problema em estudo: A Universidade dos Açores recolheu na Caldeira das Lajes, ilha Te... more Contexto ou problema em estudo: A Universidade dos Açores recolheu na Caldeira das Lajes, ilha Terceira, um aparente artefacto lítico numa camada abaixo do solo do interior de uma estrutura troglodita, quando a DRAC decidiu proceder a uma sondagem arqueológica no interior dessa estrutura. O possível artefacto lítico estava disposto no interior da estrutura, coberto por terra e materiais argilosos. Na primeira camada da sondagem efetuada no interior dessa estrutura foram encontrados materiais muito diversos e evidências claras de carbonização de ossos de animais. É neste contexto que a análise deste hipotético micrólito se torna pertinente, na tentativa de contribuir, para a aceitação ou rejeição da peça como artefacto. Objetivos: Pretendeu-se perceber se as dimensões e a tipologia da hipotética lasca, encontrada em contexto arqueológico, tinha elevada ou baixa probabilidade de ser trabalhada pelo homem, ou de outro modo, se essa lasca poderia ser um artefacto lítico ou uma lasca produzida por fenómenos naturais. Metodologia: Avaliaram-se as dimensões da peça com um paquímetro. Também se avaliou a sua massa e o seu volume e foram captadas imagens ampliadas da peça em lupa eletrónica, de modo a percebermos os seus detalhes. Foram consultados: um geólogo especialista em petrologia e uma arqueóloga especialista em indústria lítica para darem um parecer sobre a peça. Resultados: A peça em análise, com forma próxima de um quadrilátero possui dimensões 5,85cmx3,86cmx4,38cmx4,32cm, com uma massa volúmica de 1,85kg/dm 3. As suas dimensões são compatíveis com as de um micrólito, onde a lâmina tem 1,3 mm de espessura. Detetam-se na sua superfície traços lineares intencionais, produzidos por objeto pontiagudo, provavelmente marcas de uso, para além de evidências físicas de sujeição de parte da peça a elevadas temperaturas. Também estão presentes marcas de ferro oxidado, provavelmente resultantes do contacto direto da peça com um ou mais objetos de ferro. Discussão: A rocha aparenta ser basalto ou traquibasalto, mas a sua densidade é inferior à densidade dessas rochas. Tal facto pode estar relacionado com a forma da peça, que tendo numa das faces uma forma concoidal acentuada faz com que seja difícil retirar-lhe as bolhas de ar quando se avalia a sua densidade. Nas redondezas do local não se encontra material vulcânico dessa natureza daí que seja lícito admitir que a lasca foi transportada de outro local da ilha para o interior da estrutura escavada. Conclusões/Recomendações: Há uma elevada probabilidade da peça analisada ter origem antrópica, todavia, deverá ser estudada ao vivo por um arqueólogo especialista em micrólitos e também se deve esclarecer a sua génese geológica, tentando encontrar na ilha a localização mais próxima de rochas com a mesma matriz geológica deste hipotético artefacto. Palavras-chave: Possível micrólito; lasca residual com marcas de uso, efeito da temperatura em rochas, possível achado arqueológico, Caldeira das Lajes, Terceira
Contexto ou problema em estudo: Uma rocha com fraturas, em planos diferentes, foi encontrada pela... more Contexto ou problema em estudo: Uma rocha com fraturas, em planos diferentes, foi encontrada pela Universidade dos Açores numa pilha de materiais peneirados, aquando de uma sondagem arqueológica realizada pela DRAC na Caldeira das Lajes, Terceira Açores. A peça é densa e possui à sua superfície, materiais difíceis de classificar a olho nu. Dado o contexto em apreço, pretendeu-se contribuir para o esclarecimento da importância de tal rocha, caso esta tenha alguma probabilidade de ter sido trabalhada pelo homem. Objetivos: Pretende-se com este trabalho avaliar as fraturas da peça, estudar a possibilidade delas serem antrópicas, e tentar perceber a razão de existirem materiais fortemente ligados à sua superfície. Metodologia: Avaliou-se a densidade da rocha, determinaram-se as dimensões das suas diferentes partes com uma craveira, realizaram-se várias projeções ortogonais da peça e registaram-se, em fotografia ampliada, detalhes da peça e dos materiais que estão colados na sua superfície. A peça foi observada ao vivo por um especialista em petrologia e por fotografia, por uma arqueóloga especialista em indústria lítica. Resultados: A peça em análise possui oito formas concoidais, todas elas efetuadas antes da sua sujeição a altas temperaturas. A ampliação da superfície da rocha revela a existência de materiais vítreos fundidos de modo quase uniforme. Também se observam fraturas lineares típicas de contração ou expansão diferenciais durante rápido ou desigual aquecimento. Colados na superfície da rocha encontra-se um material orgânico carbonizado e uma argila ou um hipotético fragmento de cerâmica. As dimensões da peça variam entre 5,262cm (altura máxima) e 5,109cm (largura máxima). A sua densidade é de 2,4kg/dm 3. Discussão: As arestas da peça são dentadas, quase em forma de arco, e ainda cortantes. A peça possui dimensões típicas de um micrólito e forma possível de raspador. Não é possível neste momento precisar se os retoques paralelos observados são ou não recentes dado que podem ter sido produto do aquecimento a que a peça foi submetida. Existe material orgânico carbonizado colado à sua superfície, que não foi possível classificar. A peça apresenta claramente iridescência. Conclusões/Recomendações: O número elevado de planos da peça e de fraturas concoidais aponta no sentido desta se tratar de um provável artefacto lítico. No entanto, a sua classificação como raspador antigo não está claramente definida uma vez que a consulta de um especialista em petrologia não permitiu clarificar se os retoques observados foram produzidos pelas elevadas temperaturas ou por choques mecânicos. Resulta deste trabalho a necessidade da peça ser analisada por especialistas da indústria microlítica ao vivo, bem como da realização de uma petrografia microscópica.
Contexto ou problema em estudo: Foi recolhida pela Universidade dos Açores, no interior de uma es... more Contexto ou problema em estudo: Foi recolhida pela Universidade dos Açores, no interior de uma estrutura semelhante a um forno atípico, durante uma sondagem arqueológica realizada pela DRAC na Caldeira das Lajes, Terceira, Açores, uma lasca de pedra ou artefacto lítico. A peça em análise encontrava-se no nível mais baixo do perfil, com cerca de 2m de profundidade, recoberta por solo misturado com pequenas pedras fraturadas não identificadas, quase em grão, pedra-pomes e materiais finos argilosos. Com esta lasca poder-se-ia furar, por esta possuir uma ponta extremamente afilada, raspar e cortar, mas essa última possibilidade não aparenta ser muito prática quer pela espessura do bordo da lâmina quer pelo manuseio da peça. Objetivos: Pretendeu-se analisar alguns aspetos físicos da hipotética peça lítica anteriormente referida, de modo a percebermos se se trata de uma lasca natural ou produzida pela intervenção do homem. Metodologia: Foram analisadas e medidas as fraturas concoidais da peça e a sua forma, com recurso a uma craveira. Avaliou-se a sua densidade e observou-se à lupa eletrónica pormenores dessa mesma peça. A tipologia e características da peça foram comparadas com as características gerais da indústria microlítica. A peça também foi observada ao vivo por um especialista em petrologia e através de fotografia por uma arqueóloga especialista. Resultados: A peça analisada possui uma densidade de 2,366kg/m 3 e um comprimento máximo de 5,6 cm. A parte pontiaguda da peça forma um triângulo escaleno de dimensões 3,8cmx4,1cmx4,8cm. Possui sinais claros de vitrificação, devido a exposição a altas temperaturas, tendo incorporado à sua superfície nesse processo, pequenos pedaços de materiais naturais diversos. Também se observa iridescência na sua superfície. A classificação tipológica efetuada colocá-la-ia na categoria de possível furador sobre lasca. Na ampliação da peça à lupa detetam-se sinais claros de retoques. Discussão: A peça estudada tem uma densidade semelhante à das rochas basálticas e as suas dimensões são compatíveis com as dos micrólitos. Possui retoque invasor na ponta. O retoque invasor referido parece-se um adelgaçamento intencional da peça através do talhe, com o propósito de facilitar a sua utilização ou/e permitir um bem-sucedido encabamento. O material vitrificado na superfície da peça tem uma coloração escura que indicia a incorporação de cinzas em fenocristais fundidos. A parte bicuda da peça furaria facilmente a pele humana sem se partir, dada a sua dureza. Conclusões/Recomendações: Há fortes evidências da peça em análise ser um artefacto, com probabilidade elevada de ser furador sobre lasca. Sugere-se a sua conservação e observação direta por especialistas da área da indústria microlítica. Palavras-chave: Possível artefacto lítico; possível furador sobre lasca, achado arqueológico,
Contexto ou problema em estudo: Foram encontrados na sondagem arqueológica que decorreu até meado... more Contexto ou problema em estudo: Foram encontrados na sondagem arqueológica que decorreu até meados de março de 2015, na Caldeira das Lajes, ilha Terceira, Açores, sob a responsabilidade de técnicos da DRAC, duas lascas delgadas de rocha vulcânica aparentemente trabalhadas. Após o final da prospeção, foram recolhidos pela Universidade dos Açores, nos locais de peneiração, com autorização da DRAC, outros hipotéticos artefactos líticos, também em forma de lasca delgada e com aparente intervenção humana. O hipotético artefacto lítico analisado neste estudo possui uma zona laminar, ainda cortante, e assemelha-se, à partida, a um micrólito.
Objetivos: Pretende-se com este trabalho contribuir para a clarificação da natureza da peça/artefacto lítico laminar encontrado, se de origem natural ou de origem antrópica.
Metodologia: Avaliaram-se as dimensões do objeto, com recurso a régua, esquadro e craveira, para a partir dessas medições determinar as curvaturas das suas formas concoidais.
Em lupa eletrónica foram fotografadas as partes mais significativas da peça/artefacto para clarificar a tipologia das fraturas, bem como identificar sinais que pudessem ser inequívocos de trabalho humano. A peça foi também analisada por um especialista em petrologia e uma especialista em indústria lítica.
Resultados: As dimensões da peça/artefacto lítico (4,3 cm x 5,2 cm x 3,9 cm x 3,5 cm) são compatíveis com as de um micrólito. As duas faces concoides que concorrem para produzir uma lâmina de 2 mm de espessura apresentam comportamentos parabólicos com coeficientes de correlação de 98% e 91%. A densidade da pedra é de 2,2kg/dm3, não comparável à densidade do sílex ou quartzite onde é comum termos objetos dessa natureza. Geologicamente, o material pode ser classificado como tufo vulcânico muito compactado ou ignimbrito.
Discussão: As imagens ampliadas da peça/artefacto lítico mostram com clareza um trabalho humano na peça, antigo, pela coloração da pátina das zonas fraturadas, e onde se observam ranhuras feitas com material perfurante e marcas de impactos, com retoques em ambas as faces. Por outro lado, a peça apresenta um talão típico diedro, com dimensões também elas típicas de um micrólito e com uma possível classificação tipológica como lasca delgada com retoque lateral bifacial.
O problema: Recolheu-se, em contexto arqueológico, na Caldeira das Lajes, Terceira, Açores, uma p... more O problema: Recolheu-se, em contexto arqueológico, na Caldeira das Lajes, Terceira, Açores, uma pedra-pomes, revestida com uma camada de material esbranquiçado desconhecido, que se pretendia caracterizar de modo a conhecer a sua génese, se natural se antrópica, tendo esse estudo evoluído para a observação das propriedades de um composto, produzido a partir dessa amostra, que parece induzir o aparecimento de cristais de Hopper. Pelo facto dos cristais de Hopper terem aplicações importantes na indústria farmacêutica, interessou conhecer os fatores que controlavam o seu crescimento. Objetivos: Numa primeira fase pretendeu-se indagar a origem de uma amostra desconhecida, depositada sobre uma pedra-pomes, todavia, tendo-se obtido em laboratório um precipitado a partir da neutralização da digestão ácida dessa amostra, pretendeu-se, numa segunda fase, investigar algumas das propriedades físicas e químicas do composto, nomeadamente, a sua utilidade na produção de cristais com elevada superfície específica. Metodologia: Solubilizou-se a amostra em ácido clorídrico e analisou-se a sua composição, com recurso a espectroscopia de absorção atómica de chama e a espectrofotometria de absorção molecular ultravioleta-visível. Obteve-se uma solução coloidal ao neutralizar a solução resultante da digestão ácida da rocha, tendo-se explorado algumas propriedades físicas do coloide produzido e da solução que o originou. Estudou-se a solubilidade do coloide, tentando dissolvê-lo em líquidos polares e apolares. Também se tentou usar esse material como núcleo de cristalização, especialmente para a formação de cristais de Hopper euédricos, pelo que se pretendeu verificar o efeito de algumas variáveis físicas e químicas no crescimento desses cristais. Resultados e Discussão: O Zn é considerado um marcador de atividades antrópicas pelo que os níveis desse elemento, na amostra, apontam para uma atividade humana associada ao precipitado branco que a pedra-pomes possuía. A solução de digestão ácida da amostra tem níveis mais elevados de Zn do que as soluções de digestão das outras amostras do local. Por outro lado, também a proporção ou rácio Zn/Mn é mais elevada na massa esbranquiçada do que noutras amostras do local. A neutralização da solução de digestão ácida dessa amostra conduziu ao aparecimento de um sólido de aspeto amorfo que é insolúvel a pH≥7. Quando se usou o coloide seco como superfície de cristalização, obtiveram-se cristais de Hopper. O aparecimento de cristais de Hopper, e o seu crescimento, pode ser explicado pelo efeito de Gibbs–Thomson. Neste trabalho não ficou clara qual era a composição química dos cristais, mas parece estar associada à solução de digestão e neutralização da amostra, com grande possibilidade de se tratar de KCl. Os fatores físicos identificados para o aparecimento e crescimento de cristais de Hopper foram a temperatura e a superfície de cristalização. Recomendações: Julga-se ser importante continuar com este estudo, uma vez que o composto produzido pode ter interesse tecnológico nas áreas do ambiente, da preservação do património ou da farmácia.
Contexto ou problema em estudo: A recente descoberta de três estruturas escavadas no tufo vulcâni... more Contexto ou problema em estudo: A recente descoberta de três estruturas escavadas no tufo vulcânico da Caldeira das Lajes, Terceira, Açores, levou à realização de uma sondagem arqueológica no local pelo Governo Regional. Numa dessas estruturas, semelhante a um pequeno túnel, foram encontrados na camada superficial de sedimentos, 134 pregos misturados com carvão e alguns ossos de animais carbonizados, entre outros materiais. Objetivos: Pretendeu-se perceber se a população de pregos encontrada, tendo em conta o seu comportamento estatístico modal ou multimodal, se poderia separar em grupos diferenciados. Perante as duas hipóteses de utilidade do espaço levantadas, a de cafua e a de forno, pretendeu-se perceber qual das duas hipóteses se aparenta mais robusta. Metodologia: Com recurso a uma régua, um transferidor e uma craveira mediram-se as dimensões dos pregos recolhidos, as suas angulações, as suas espessuras, as dimensões das suas cabeças, quando existiam, e o comprimento dos troços entre angulações. Avaliou-se a taxa de oxidação relativa de cada prego como uma função da razão entre a sua espessura mais fina e a sua espessura mais grossa. Resultados: Verificou-se que a população de pregos está dividida em vários grupos diferenciados consoante o critério de agrupamento utilizado. A taxa de oxidação relativa dos elementos da população estudada variou entre 3,6% e 95,8% (í µí±¥̅ = 52,7% ± 21,9%). Alguns pregos incorporavam pedaços visíveis de carvão. Discussão: As angulações encontradas em vários pregos (90º; n=25) quando relacionadas com o seu uso apontam para que estes tenham servido para pregar tábuas com uma espessura média de 1,7±0,88cm. O comprimento médio dos pregos encontrado significa que estes eram maiores do que as espessuras das tábuas que prendiam, daí que tenham sido dobrados na sua maioria aquando da construção de um ou vários trabalhos em madeira. Assim, a distribuição gaussiana do comprimento dos troços dos pregos medidos entre a cabeça e primeira angulação encontrada, indicia que foram utilizados em construções toscas. As taxas de oxidação relativas determinadas apontam para a possibilidade desses pregos terem sido remexidos várias vezes no local e várias vezes misturados com sedimentos e carvão. Conclusões: Perante as duas hipóteses interpretativas colocadas para a funcionalidade da estrutura: cafua ou forno, os resultados deste trabalho, cruzados com outras evidências encontradas no local, apontam na direção da segunda possibilidade ser a mais coerente. Palavras-chave: Taxa de oxidação relativa de pregos; distribuições estatísticas; artefactos arqueológicos; Caldeira das Lajes; Terceira; Açores.
O problema: Algumas bactérias de ambientes cavernícolas possuem potencialidades tecnológicas tant... more O problema: Algumas bactérias de ambientes cavernícolas possuem potencialidades tecnológicas tanto na área da nanotecnologia como na área da farmacologia. Sendo os ambientes cavernícolas geralmente pobres em matéria orgânica, relativamente aos solos que os cobrem, suspeita-se que algumas das bactérias que aí se encontram tenham uma alimentação associada à transformação de materiais inorgânicos. Neste trabalho usou-se uma bactéria isolada da Gruta Branca Opala, na ilha Terceira, Açores, Portugal, que pode ser considerada proveniente de um ambiente extremo, por não possuir matéria orgânica ou luz. Objetivos: Pretendeu-se estudar o comportamento de uma cultura de bactérias, designada por GBO15B, ainda não identificada, mas isolada de um ambiente cavernícola Açoriano, quando sobre ela se depositavam materiais inorgânicos, para perceber se ocorreria a formação de compostos específicos, mais concretamente, de compostos cristalinos, assumindo-se à partida que o conhecimento de um processo desta natureza poderá ter um elevado interesse em vários campos da tecnologia e ciência, como por exemplo nas áreas da medicina, farmácia e astrobiologia. Metodologia: Soluções de três rochas vulcânicas distintas obtidas após digestão ácida foram neutralizadas, tendo-se observado a formação de precipitados. Estes foram lavados e depositados sobre placas de Petri com PCA e calda de nitratos contendo a bactéria GBO15B. A composição das rochas foi avaliada com recurso a espetroscopia de absorção atómica de chama e a espectrometria de absorção molecular ultravioleta-visível (UV-V) de modo a perspetivar possíveis composições dos cristais formados pelas bactérias. Resultados: Na caixa de Petri, ao fim de oito dias, formaram-se mini-cristais em forma de lágrima, que resultaram claramente da digestão de materiais orgânicos (do agar e do caldo de nitratos) e/ou inorgânicos (de compostos metálicos) pela bactéria GBO15B. Apenas uma das amostras de pedra foi capaz de produzir esse tipo de cristais. Os cristais observados são pouco comuns em termos cristalográficos e pensa-se que constituem uma bioassinatura da bactéria GBO15B. Discussão: Comparando os resultados obtidos para as três amostras utilizadas, contendo Fe, Mn, Mg, Cu e P, para além de outros elementos não determinados, resulta muito provável que os cristais observados numa das amostras se formem pela digestão bacteriana simultânea de materiais orgânicos e inorgânicos. Os cristais não são solúveis em água, álcoois ou soluções básicas, sendo solúveis em soluções ácidas, pelo que se depreende que a sua formação ocorra apenas em meios neutros e alcalinos. O facto de serem solúveis em meios ácidos poderá significar que um ião orgânico possa ter um comportamento de base, ou seja, possa ser a base conjugada de um ácido constituinte do cristal. Conclusões/Recomendações: Os cristais em forma de lágrima são pouco comuns, sendo pertinente proceder-se à sua observação em microscópio eletrónico e a um estudo de difração de raios x para se perceber o seu sistema cristalográfico. A sua formação deverá ser investigada pois tais cristais têm também manifesto interesse nas áreas da medicina e astrobiologia.
Problema em estudo: Em 2012 foram descobertas diversas construções megalíticas na Grota do Medo, ... more Problema em estudo: Em 2012 foram descobertas diversas construções megalíticas na Grota do Medo, Terceira, Açores, Portugal, que continuam a provocar perplexidade. Centrando-nos apenas numa dessas estruturas, com semelhança aos " Wedge Tombs " irlandeses, procurou-se contribuir para a sua caracterização e perspetivar várias cronologias para a sua construção, caso estivesse relacionada com orientações ou representações astronómicas. Objetivos: Recorrendo à lógica dos estudos arqueoastronómicos, pretendeu-se estudar como a paisagem celestial do Norte, quando vista da Grota do Medo, variou ao longo de milénios, para que, a partir dela, se pudessem inferir possíveis cronologias bem como possíveis conteúdos culturais da estrutura em análise. As medições realizadas das dimensões da estrutura permitiu-nos compará-la com outras arquitetonicamente semelhantes, e descritas na bibliografia, de modo a aceitar ou rejeitar a hipótese de estarmos perante algo com funcionalidades semelhantes a um túmulo em cunha, que não são exclusivos da Irlanda. Metodologia: Recorrendo a um GPS, uma bússola de precisão, uma fita métrica e ao programa Stellarium, determinou-se a posição geográfica precisa da estrutura em estudo, as suas dimensões mais caraterísticas, a sua orientação, e modelou-se a paisagem celestial vista desse ponto ao longo de vários milénios. Compararam-se as dimensões da estrutura megalítica da Grota do Medo, com outras descritas na bibliografia. Resultados: A peça em estudo tem uma clara intervenção humana, e as suas dimensões são compatíveis com as dimensões das estruturas megalíticas designadas por " Wedge Tombs " na Irlanda. O estudo da paisagem celestial do lugar, quando voltados para Norte, parece indiciar que a orientação dessa estrutura se possa hipoteticamente relacionar com apenas uma das seguintes estrelas: A estrela Thuban (Kappa Draconis) ou a estrela designada em árabe por " A cabra " , a atual estrela Polar ou alfa UMi. Discussão: Há elementos distintivos na pedra gigante da Grota do Medo estudada quando a comparamos com alguns " Wedge Tombs " irlandeses: Uma pia sobre o chapéu do hipotético túmulo que escorre para Norte e a câmara interior não possui a tradicional orientação irlandesa Este-Oeste, mas sim Sul-Norte. A estrutura em estudo apresenta um número muito elevado de fossetas ou covinhas, que não são usuais nos " Wedge Tombs " irlandeses, mas muito comuns nas antas alentejanas. O estudo arqueoastronómico da orientação da estrutura da Grota do Medo não permite obter uma cronologia específica para a estrutura em apreço, mas contribui para dar alguma coerência à hipótese de que se trata de uma construção arcaica. Conclusões/Recomendações: A peça aqui estudada, apesar de ser claramente trabalhada pelo homem na superfície do chapéu, também tem clara intervenção humana na construção das suas paredes verticais. Não são só as características geométricas como a inclinação do chapéu que lhe conferem semelhanças com um túmulo megalítico, mas também toda a lógica astronómica que lhe parece estar subjacente. Torna-se assim importante que o estudo dessa estrutura seja aprofundado.
Problema em estudo: Durante o procedimento de análise da composição química de uma rocha vulcânic... more Problema em estudo: Durante o procedimento de análise da composição química de uma rocha vulcânica da ilha Terceira, Açores, Portugal, contendo uma aparente mancha de " ferrugem " , provavelmente de origem antrópica, ocorreu a formação de um material que exibiu propriedades magnéticas, químicas e/ou propriedades elétricas pouco usuais. Objetivos: Pretendeu-se investigar, em laboratório, as propriedades físico-químicas de um material produzido, bem como a sua possível composição, sujeitando-o a vários testes que permitissem de algum modo justificar as propriedades observadas. Metodologia: Digeriu-se uma amostra de rocha vulcânica contendo uma aparente mancha de óxido ou hidróxido de ferro na sua superfície, em ácido clorídrico, e analisou-se a sua composição com recurso a espetroscopia de absorção atómica de chama (FAAS) e a espectrofotometria de absorção molecular ultravioleta-visível (UV-Vis). A partir da solução de digestão da rocha produziu-se um precipitado coloidal, por neutralização, e testou-se o seu comportamento em meios ácidos, neutro e básico. Também se estudou a solubilidade do material tentando dissolvê-lo em líquidos polares e apolares. Sujeitou-se o material a campos magnéticos e elétricos, tendo-se registado o seu comportamento. Resultados: O material produzido possui propriedades físicas e químicas específicas, difíceis de as explicar teoricamente, nesta fase de investigação, nomeadamente o facto de possuir propriedades magnéticas ou ferrimagnéticas, bem como o facto de, em água, quando se aplica um campo elétrico à mistura (água-compósito) este aparentar ser repelido pelo elétrodo positivo sem ser atraído pelo elétrodo negativo. O material é solúvel em meio ácido e insolúvel em meios neutros ou básicos. Quando posto a sedimentar forma camadas com semelhança aos anéis de Liesegang. Discussão: As propriedades exibidas do material, dada a composição da rocha que o origina, (rica em ferro) resultam, numa interpretação preliminar, de partículas de magnetite revestidas por sílica amorfa, pois tal pressuposto explicaria a sua solubilidade em função do pH, o seu comportamento magnético e/ou elétrico. Todavia, há possibilidade do comportamento dito elétrico ser um comportamento químico, resultante da alteração da energia livre de um metal, possivelmente ferro, pelo oxigénio diatómico, libertado durante a eletrólise da água na mistura a que se aplicaram elétrodos. Neste caso, trata-se provavelmente do alótropo -Fe, e terá, certamente, uma origem antrópica, capaz de explicar a sua presença no contexto arqueológico em que a amostra foi recolhida. Recomendações: Para um esclarecimento ou explicação cabal dos comportamentos observados, há necessidade de proceder a análises mais exaustivas, das características físicas e químicas desse material, recorrendo a técnicas como a microscopia eletrónica, PIXE ou sonda de protões, sujeição da amostra a campos elétricos e magnéticos variados e proceder a vários ensaios químicos onde este possa ser utilizado como catalisador. Dadas as propriedades físicas observadas será interessante pensar-se nas suas diferentes aplicações tecnológicas.
Unlike other cart ruts found elsewhere in the world, the Azorean cart-ruts, engraved on volcanic ... more Unlike other cart ruts found elsewhere in the world, the Azorean cart-ruts, engraved on volcanic stone, at the middle of the Atlantic, raise many questions: How old are they? Who created them? Were they made during a short or long time? These mysteriously enigmatic parallel grooves are noticed on the hard volcanic rock of the nine Azorean Islands in several locations. Recent scientific evidences have provided some support to the hypothesis of human presence in the Azores Islands before Portuguese settlement during the 15 th century. Are the Azorean cart-ruts pre-Portuguese? Here we try to establish a chronology for the cart-ruts of Terceira Island, Azores, Portugal, using an historical approach, a geological approach and also a 14 C dating approach , the last one obtained by dating a placic horizon found in the grooves of the cart-ruts named " Passage of the Beasts " , which indicates the presence of human activity in the island at least during the 11 th century, or probably before. The date obtained is consistent with another date achieved through similar methods for a man-made basin in the same island and is also consistent with the historiographical records.
Descreve-se peça da coleção do Museu de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, Portugal, que c... more Descreve-se peça da coleção do Museu de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, Portugal, que corresponde a um atípico astrolábio árabe. Explicam-se as suas funcionalidades e as formas de distinguir os verdadeiros astrolábios construídos por Abd al- A'imma dos falsos que foram produzidos como elementos decorativos.
Introdução Em 2014 publicou-se a obra " Gibraltar Açoriano: Possíveis dimensões religiosas e musi... more Introdução Em 2014 publicou-se a obra " Gibraltar Açoriano: Possíveis dimensões religiosas e musicais, astrológicas e astronómicas, matemáticas e geométricas, cabalísticas e esotéricas do Castelo do Monte Brasil " (Rodrigues, 2014), onde se prova que a simbologia presente nas muralhas dessa fortaleza, em Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, Portugal, não corresponde a marcas de pedreiros. Trata-se de uma obra que investiga o conjunto dos símbolos com recurso à estatística, às regras da acústica física, às regras dos sistemas de numeração e às propriedades geométricas dos símbolos ou elementos que os compõem. Com esse trabalho pretendeu-se fazer, tal como propõe Kuhn (2012) para a construção de um novo corpo científico, uma síntese do vasto conjunto de símbolos, de modo a dar-lhe uma consistência de "teoria científica", entendida como o conjunto indissociável de dois subconjuntos: o subconjunto dos fatos, ou seja, das evidências necessariamente verificáveis, e do subconjunto de hipóteses científicas, adequadas à descrição desses mesmos fatos, ou de outro modo, das ideias necessariamente falseáveis e testáveis face às evidências e que dão corpo a esse conhecimento. Entendeu-se que " Gibraltar Açoriano " deveria ser a base de partida para a interpretação científica da simbologia da Fortaleza do Castelo de São João Baptista e de muita outra simbologia medieval que se encontra inscrita nas muralhas de fortalezas militares na Europa, por se constituir numa alteração de paradigma (a passagem da interpretação dos símbolos como sendo " marcas de pedreiros " para uma interpretação do símbolo como referência metafísica). De acordo com Khun (2012) quando uma teoria se substitui a outra, não é porque essa última funciona com mais sucesso, ou porque se constitui numa premissa que permite, a partir dela, efetuar um número razoável de deduções dentro do mesmo paradigma, mas porque responde a questões que a primeira teoria não responde. As mudanças de teoria ou de paradigma ocorrem porque uma teoria é mais robusta do que outra, e porque as questões a que dá resposta, são mais robustas e muito distintas daquelas que são dadas pelo paradigma anterior. Neste trabalho assume-se a base teórica de " Gibraltar Açoriano " , e investigam-se os significados de alguns símbolos inscritos na muralha do Castelo do Monte Brasil e as suas propriedades. Este artigo não é um resumo do trabalho anteriormente mencionado, mas a aplicação da teoria que aí é exposta, a símbolos que também aí são referidos, mas onde os seus significados não foram cabalmente explorados. A metodologia aplicada é a mesma que se adotou na referida obra, e centra-se em apenas oito desses símbolos. Cada símbolo do Castelo do Monte Brasil é multisignificativo e necessita de uma análise demorada e exaustiva. Esses símbolos, são datados como tendo sido inscritos na muralha em
Neste trabalho analisam-se as referências astronómicas encontradas em diversas obras de Camões, d... more Neste trabalho analisam-se as referências astronómicas encontradas em diversas obras de Camões, dando-se ênfase a "Os Lusíadas". São apresentados esquemas ilustrativos de algumas estrofes para melhor se entender o pensamento astronómico do poeta.
I'm only the reviewer of the paper.
The author has enhanced the original one dimensional semi-empirical atmosphere-ocean-biosphere mo... more The author has enhanced the original one dimensional semi-empirical atmosphere-ocean-biosphere model 1DAOBM based on the four-box presentation. The improved 1DAOBM-2 contains two major parameters, which have been tuned to adjust the total CO 2 net flux rate and the anthropogenic net flux rate from the surface ocean into the deep ocean based on the observed values. The surface ocean part is based on the known dissolution chemical equations according to Henry's law depending on the atmospheric CO 2 concentration and the surface ocean temperature. Simulations have been used to calculate the dynamic responses to the step changes from the actual fossil fuel rate to zero in 1964. The results show that the anthropogenic CO 2 decay rate follows very accurately the observed decay rate of radiocarbon 14 C having the residence time of 16 years. This is the expected result according to nature of anthropogenic CO 2 in the system of the atmosphere, the ocean and the biosphere. The decay rate of the total CO 2 in this system is much longer having the residence time of 55 years matching the adjustment time of 220 years. The simulations of the atmospheric net CO 2 rate by 1DAOBM-2 from 1960 to 2013 confirms the earlier results that the coefficient of determination r 2 = 0.75 (r 2 = 0.81 eliminating the Pinatubo eruption effects). The simulations also show that the present anthropogenic CO 2 fraction in the atmosphere is 8.0%, and it explains the observed δ 13 C value of-8.4‰ extremely well. The problem of the sink Original Research Article
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Papers by Félix Rodrigues
Objetivos: Pretende-se com este trabalho contribuir para a clarificação da natureza da peça/artefacto lítico laminar encontrado, se de origem natural ou de origem antrópica.
Metodologia: Avaliaram-se as dimensões do objeto, com recurso a régua, esquadro e craveira, para a partir dessas medições determinar as curvaturas das suas formas concoidais.
Em lupa eletrónica foram fotografadas as partes mais significativas da peça/artefacto para clarificar a tipologia das fraturas, bem como identificar sinais que pudessem ser inequívocos de trabalho humano. A peça foi também analisada por um especialista em petrologia e uma especialista em indústria lítica.
Resultados: As dimensões da peça/artefacto lítico (4,3 cm x 5,2 cm x 3,9 cm x 3,5 cm) são compatíveis com as de um micrólito. As duas faces concoides que concorrem para produzir uma lâmina de 2 mm de espessura apresentam comportamentos parabólicos com coeficientes de correlação de 98% e 91%. A densidade da pedra é de 2,2kg/dm3, não comparável à densidade do sílex ou quartzite onde é comum termos objetos dessa natureza. Geologicamente, o material pode ser classificado como tufo vulcânico muito compactado ou ignimbrito.
Discussão: As imagens ampliadas da peça/artefacto lítico mostram com clareza um trabalho humano na peça, antigo, pela coloração da pátina das zonas fraturadas, e onde se observam ranhuras feitas com material perfurante e marcas de impactos, com retoques em ambas as faces. Por outro lado, a peça apresenta um talão típico diedro, com dimensões também elas típicas de um micrólito e com uma possível classificação tipológica como lasca delgada com retoque lateral bifacial.
Objetivos: Pretende-se com este trabalho contribuir para a clarificação da natureza da peça/artefacto lítico laminar encontrado, se de origem natural ou de origem antrópica.
Metodologia: Avaliaram-se as dimensões do objeto, com recurso a régua, esquadro e craveira, para a partir dessas medições determinar as curvaturas das suas formas concoidais.
Em lupa eletrónica foram fotografadas as partes mais significativas da peça/artefacto para clarificar a tipologia das fraturas, bem como identificar sinais que pudessem ser inequívocos de trabalho humano. A peça foi também analisada por um especialista em petrologia e uma especialista em indústria lítica.
Resultados: As dimensões da peça/artefacto lítico (4,3 cm x 5,2 cm x 3,9 cm x 3,5 cm) são compatíveis com as de um micrólito. As duas faces concoides que concorrem para produzir uma lâmina de 2 mm de espessura apresentam comportamentos parabólicos com coeficientes de correlação de 98% e 91%. A densidade da pedra é de 2,2kg/dm3, não comparável à densidade do sílex ou quartzite onde é comum termos objetos dessa natureza. Geologicamente, o material pode ser classificado como tufo vulcânico muito compactado ou ignimbrito.
Discussão: As imagens ampliadas da peça/artefacto lítico mostram com clareza um trabalho humano na peça, antigo, pela coloração da pátina das zonas fraturadas, e onde se observam ranhuras feitas com material perfurante e marcas de impactos, com retoques em ambas as faces. Por outro lado, a peça apresenta um talão típico diedro, com dimensões também elas típicas de um micrólito e com uma possível classificação tipológica como lasca delgada com retoque lateral bifacial.
São apresentados resultados de alguns metais pesados encontrados na atmosfera da cidade, usando Sphagnum como biomonitor.
Trata-se de apresentação realizada nas comemorações do dia mundial do ambiente em 2022.