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Espodumena

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Espodumena
Espodumena
Walnut Hill Pegmatite Prospect, Huntington, Hampshire County, Massachusetts, U.S. (tamanho: 14.2 × 9.2 × 3.0 cm)
Categoria Inossilicato
Cor Muito variável: branco, incolor, cinzento, rosa, lilás, violeta, amarelo e verde, podendo ser bicolor; verde-esmeralda - hiddenite; lilás - kunzite; amarelo - trifano
Fórmula química silicato de lítio e alumínio, LiAl(SiO3)2
Propriedades cristalográficas
Sistema cristalino Monoclínico
Hábito cristalino prismático, geralmente achatado e alongado, estriado paralelamente a {100}, geralmente maciço
Classe de simetria Prismático (2/m)
(mesmo H-M symbol)
Propriedades físicas
Dureza 6.5–7
Fusibilidade 3.5
Solubilidade insolúvel
Clivagem Prismático perfeito, duas direcções {110} ∧ {110} a 87°
Fratura Desigual a subconcoidal
Tenacidade quebradiço
Risca branca
Outras Tenebrescência, catoiância
Referências [1][2][3][4]
Um cristal de kunzite quase incolor (acima à esquerda), uma kunzite rosa pálida cortada (acima à direita) e um cristal de hiddenite esverdeada (abaixo) (escala desconhecida).

Espodumena (também espodumênio ou espoduménio) é um mineral do grupo das piroxenas constituído por inossilicato de lítio e alumínio (LiAl(SiO3)2), com durezaMohs. Foi reconhecido como uma espécie mineral distinta em 1800, descrita pelo mineralogista brasileiro, e também político e poeta, José Bonifácio de Andrada e Silva, sendo presentemente uma importante fonte comercial do metal lítio (Li). É ocasionalmente encontrado como cristais enormes em diques pegmatíticos.[5] Apresenta três variedades: trifano (branco, cinzento, amarelado); hiddenite (verde); e kunzite (rosa a púrpura).[6] Cristais simples de 14,3 m de comprimento foram encontrados nas Black Hills do Dakota do Sul, Estados Unidos.[7]

A espodumena é um mineral do grupo das piroxenas composto por silicato de lítio e alumínio, com fórmula geral LiAl(SiO3)2, e é uma fonte comercialmente importante de lítio. Apresenta-se maioritariamente sob a forma de kunzite incolor a amarelada, arroxeada ou lilás (ver abaixo), ou de hiddenite verde-amarelada ou verde-esmeralda, em cristais prismáticos, frequentemente de grandes dimensões.

A forma de ocurrência natural α-espodumena, de baixa temperatura, cristaliza no sistema monoclínico, enquanto a β-espodumena, de alta temperatura, cristaliza no sistema tetragonal. A α-espodumena converte-se em β-espodumena a temperaturas acima de 900 °C.[4] Os cristais são tipicamente fortemente estriados paralelamente ao eixo principal. As faces dos cristais são muitas vezes gravadas e esburacadas com marcas triangulares.

Descoberta e ocorrência

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Ver artigo principal: Mineração do lítio

A espodumena foi descrita pela primeira vez em 1800 para uma ocorrência na localidade tipo de Utö, Södermanland, Suécia. Foi descoberto pelo naturalista brasileiro José Bonifácio de Andrada e Silva. O nome deriva do grego spodumenos (σποδούμενος), que significa queimado até às cinzas, devido ao aspeto cinza opaco do material refinado para utilização na indústria.[1]

A espodumena ocorre em granitos pegmatíticos e em aplitos ricos em lítio. Os minerais associados incluem o quartzo, a albite, a petalite, a eucriptite, a lepidolite e o berilo.[2]

As variedades transparentes são utilizado desde há muito tempo como pedras preciosas, sendo as variedades kunzite e hiddenite conhecidas pelo seu forte pleocroísmo. As localidades de origem incluem a República Democrática do Congo, o Afeganistão, a Austrália, o Brasil, Madagáscar, o Paquistão, Québec no Canadá e Carolina do Norte e Califórnia nos EUA

Hiddenite de Araçuaí, Minas Gerais, Brasil.

A hiddenite é uma variedade de gema pálida, de cor verde-esmeralda, relatada pela primeira vez no Condado de Alexander, Carolina do Norte, EUA.[8] Foi assim designada em honra de William Earl Hidden (16 de fevereiro de 1853 — 12 de junho de 1918), engenheiro de minas, colecionador e comerciante de gemas e minerais.[9]

Esta variedade verde-esmeralda do espodumena é corada por cromo, tal como acontece com as esmeraldas. Algumas espodumenas verdes são coloridas com outras substâncias que não o crómio. Essas pedras, que tendem a ter uma cor mais clara, não são verdadeiras hiddenites.

Kunzite, Nuristan, Afganistão.

A kunzite (ou kunzita) é uma importante variedade de espodumena de cor rosa, utilizada como gema, assim como a hiddenita, outra variedade gemológica. A cor é proveniente de quantidades mínimas ou vestigiais de manganês. A exposição à luz solar pode desvanecer a cor.[9]

A kunzite foi descoberta em 1902 e recebeu o nome em homenagem a George Frederick Kunz, o principal joalheiro da Tiffany & Co na altura e um mineralogista notável.[9] Foi encontrada no Brasil, nos EUA, no Canadá, na Rússia, no México, na Suécia, na Austrália Ocidental, no Afeganistão e no Paquistão.[9][10]

Trifano é a designação utilizada para as variedades amareladas de espodumeno.[11]

  1. a b Spodumene, Mindat.org
  2. a b Anthony, John W., Bideaux, Richard A., Bladh, Kenneth W., and Nichols, Monte C. (1990). Handbook of Mineralogy. Mineral Data Publishing, Tucson, Arizona
  3. Hurlbut, Cornelius S.; Klein, Cornelis, 1985, Manual of Mineralogy, 20th ed., ISBN 0-471-80580-7
  4. a b Deer, Howie and Zussman, Rock Forming Minerals, v. 2 Chain Silicates, Wiley, 1963 pp. 92–98
  5. Robert Louis Bonewitz, 2005, Rock and Gem, London, Dorling Kindersley
  6. Webster, R. (2000). Gems: Their Sources, Descriptions and Identification (5th ed.), pp. 186–190. Great Britain: Butterworth-Heinemann.
  7. Schwartz, G. (1928). «The Black Hills Mineral Region». American Mineralogist. 13: 56–63 
  8. Smith, John Lawrence. "Hiddenite, an emerald-green variety of spodumene." American Journal of Science 3.122 (1881): 128–130.
  9. a b c d Cook, Robert B. (1 setembro 1997). «Connoisseur's Choice: Spodumene var. Kunzite, Nuristan, Afghanistan». Rocks & Minerals. 72 (5): 340–343. Bibcode:1997RoMin..72..340C. ISSN 0035-7529. doi:10.1080/00357529709605063 
  10. «Kunzite Gemstone | Kunzite Stone – GIA». www.gia.edu. Consultado em 1 de março de 2023 
  11. Brooks, Kent (2020). «Lithium minerals». Geology Today. 36 (5): 192–197. Bibcode:2020GeolT..36..192B. ISSN 1365-2451. doi:10.1111/gto.12326 
  • Kunz, George Frederick (1892). Gems and Precious Stones of North America. New York: The Scientific Publishing Company.
  • Palache, C., Davidson, S. C., and Goranson, E. A. (1930). "The Hiddenite deposit in Alexander County, N. Carolina". American Mineralogist Vol. 15 No. 8 p. 280
  • Webster, R. (2000). Gems: Their Sources, Descriptions and Identification (5th ed.), pp. 186–190. Great Britain: Butterworth-Heinemann.
  • The key players in Quebec lithium Arquivado em 2013-01-30 na Archive.today, "Daily News", The Northern Miner, 11 August 2010.

Ligações externas

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