Fábrica de Porcelanas Allach
A Porzellanmanufaktur Allach foi uma fábrica de porcelanas sediada em Munique-Allach e pertencente à Schutzstaffel que funcionou de 1936 a 1945.
História
[editar | editar código-fonte]A fábrica foi fundada em 1935 - como empresa privada - e foi adquirida pela Schutzstaffel no ano seguinte. Sob os auspícios da SS, a direção do empreendimento foi entregue ao professor Karl Diebitsch, supervisor do Departamento de Pesquisa Cultural do Reich.[1] Ele também contou com o auxílio dos mais estimados artistas da Alemanha nazista, tais como Josef Thorak, Theodor Kärner, Bruno Galke e Franz Nagy.[2]
Em 1937 uma fábrica secundária foi instalada no campo de concentração de Dachau para explorar a mão-de-obra dos prisioneiros.
A principal loja das porcelanas localizava-se na Hermann Göringstraße, em Berlim, e os itens estavam disponíveis para todos os consumidores do Reich, inclusive nos territórios ocupados.
Himmler queria "arte em todas as residências alemãs, mas primeiro para os membros da SS",[1][2] ademais esperava que as porcelanas estabelecessem uma nova moda no Terceiro Reich. Ele temia a degeneração causada pela "arte barata" (Verkitschung) e, portanto, incentivou a produção daquilo que ele considerava "artisticamente valioso" (Künstlerisch wertvolle). Mais da metade das porcelanas foram produzidas sob ordens diretas de Himmler para presentear os membros da SS. A fábrica era uma espécie de projeto particular do Reichsführer[3] e perdeu mais de 90% do capital investido (45.000 Reichsmarks) no primeiro ano de funcionamento.[2]
Referências
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Petropoulos, Jonathan. Art as politics in the Third Reich. UNC Press, 1999. ISBN 0807848093
- Allen, Michael Thad. The business of genocide: the SS, slave labor, and the concentration camps. UNC Press, 2002. ISBN 0807826774
- Kopleck, Maik. Pastfinder Munich 1933-45: Traces of German History - A Guidebook. Links Verlag, 2006. ISBN 386153410X