Alexandrita
Alexandrita (português brasileiro) ou alexandrite (português europeu) é uma variedade do mineral crisoberilo e uma pedra preciosa muito apreciada e de grande valor. Muda sua cor de acordo com a luz: à luz natural é geralmente verde-oliva, mas à luz incandescente, de lâmpadas de filamento e fogo, assume cor vermelha. Sua mudança de cor e relativa escassez é devido a uma combinação extremamente rara de minerais, incluindo titânio, ferro e cromo. O crisoberilo algumas vezes pode conter minúsculas inclusões em forma de agulhas, paralelas, que refletem uma luz prateada e ondulante (efeito de acatassolamento), quando lapidada em cabochão.
É uma das pedras mais caras, sendo encontrada nos Montes Urais na Rússia e no município de Antônio Dias em Minas Gerais.
Origem
[editar | editar código-fonte]O nome alexandrita devido ao aniversário de 12 anos de idade de Alexandre Nicolaievitch, o futuro czar Alexandre II, que coincidiu com o dia em que o explorador sueco Nils Nordenskiöld encontrou a pedra, pela primeira vez, nos montes Urais da Federação Russa. Nils Nordenskiöld percebeu que a variação de coloração da pedra encontrada, quando esta se apresentava sob a luz do sol e a luz incandescente, coincidiam com as cores do exército do czar: verde e vermelho. Devido s tal coincidência a Alexandrita passou a ser um símbolo nacional da Rússia.[1]
Produção
[editar | editar código-fonte]A Rússia foi o único produtor dessa variedade de crisoberilo por muito tempo, até que, entre 1960 e 1980, devido ao esgotamento de suas reservas, o Sri Lanka passou a ser o produtor mais importante.
Entre 1970 e 1980 o Brasil também se tornou um produtor de Alexandrita com extrações na Bahia, Espírito Santo e, principalmente Minas Gerais onde, inicialmente a alexandrita era extraída no município de Malacacheta.
Em 1986 descobriu-se grande quantidade dessa gema em hematita, no município de Antônio Dias, o que provocou o abandono dos demais garimpos. A jazida de hematita levou o Brasil à condição de maior produtor mundial.
Cristais Artificiais
[editar | editar código-fonte]Desde 1970 se produz Alexandrita sintética, e há também, no mercado, imitações feitas com espinélio sintético, ao qual se adicionou óxido de vanádio.As imitações são vendidas sob os nomes de Alexandrina, Alexandrita sintética ou simplesmente Alexandrita, o que pode provocar confusão na hora da compra.
Curiosidade
[editar | editar código-fonte]A maior Alexandrita já lapidada, com 65 quilates, foi encontrada no Sri Lanka e atualmente se encontra no Museu de História Natural de Washington nos Estados Unidos. Ainda no Sri Lanka encontrou-se uma Alexandrita que pesou 375g em seu estado bruto.
Foram descobertas três pedras no município de Antonio Dias em Minas Gerais. A menor pesando 388,74 gramas a segunda pesando 651,50 gramas e a maior pedra pesando 6.184,27 gramas. conforme laudo do GEMOLOGICAL LABORATORY HÉCLITON SANTINI HENRIQUES Registration Number: LT-390/11. todas em estado bruto.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Why does alexandrite appear to change color in sunlight and artificial light?». Consultado em 6 de junho de 2014. Cópia arquivada em 14 de julho de 2014