Visual Novels

Camille Matusaki
Tendências Digitais
3 min readMay 14, 2018

Games são definidos como uma atividade de lazer que ocorre por intermédio de um dispositivo digital — geralmente um controle ou um teclado — e se manifestam de diversas formas. Dentre os vários estilos que eles abrangem, há aqueles que são mais focados no enredo do que na jogabilidade em si, as famigeradas visual novels. Caracterizadas por serem jogos single player de múltipla escolha e com gráficos mais trabalhados em estilo anime, cuja história acontece por meio de textos, imagens e música, as visual novels propiciam uma interação que ocorre em um nível mais emocional, que prende o jogador à história e aos personagens, podendo gerar todo tipo de emoção para manter o entretenimento.

Esse tipo de jogo costuma oferecer múltiplos plots e mais de um final — sendo geralmente divididos em finais bons e ruins –, que será determinado de acordo com as escolhas do jogador ao longo do jogo, o que o motivará a jogar mais de uma vez para desbloquear os demais elementos contidos nos outros finais.

As visual novels costumam misturar dating sim, em que o romance passa a ser um elemento significativo para a história, o que corroborou para a ascensão de termos como “waifu” e “husbando” devido à idealização dos personagens, que possuem toda uma caracterização e história de fundo que os torna envolventes e faz com que as pessoas se apeguem a eles. Fora o roteiro e os elementos visuais, a sonorização é outra parte importante da composição de uma visual novel por colaborar para a ambientação e imersão do usuário, mas por conter poucos elementos com os quais este interage, muitas pessoas enxergam visual novels como livros interativos, que por possuírem uma narrativa forte, muitas chegam a inspirar produções de animes baseados nelas.

O foco das visual novels têm sido tentar dar maior autonomia ao usuário, para que ele sinta que suas ações alteram o rumo da história, para isso serve o sistema de múltipla escolha — que não exatamente supre essa necessidade, dado que as opções são respostas pré-programadas — e de diversos finais. Hoje, contudo, visual novels com inteligência artificial estão sendo desenvolvidas, nas quais os personagens interagem como se fossem chatterbots, possibilitando que o usuário converse com eles quando e o quanto ele quiser, cada vez mais aprimorando-se a experiência de imersão do usuário nas diversas facetas do mundo virtual e procurando torná-la mais real. Para citar de exemplo, a Cheritz é uma empresa sul coreana que trabalha nessa área e recentemente lançou um jogo chamado The Ssum, que utiliza essa mecânica de chatbot e ainda analisa o padrão de disponibilidade do usuário, para que o jogo se ajuste a sua rotina e não o jogador à rotina deste, como acontecia em trabalhos anteriores como Mystic Messenger, em que a história acontecia em horários pré-definidos em que o usuário deveria estar disponível para participar.

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